O assunto da neurociência aplicada aos processos organizacionais está tomando direcionamentos interessantes. Parece que as empresas estão começando a entender que tem barreiras neurológicas que precisam ser endereçadas para a INOVAÇÃO acontecer.
Em Julho/Agosto de 2013 a Harvard Business Review publicou um artigo interessante sobre neurociência aplicada para o ambiente organizacional escrito Adam Waytz e Malia Mason. Adam é professor de gestão e organização da Kellog School of Northwestern University, e Malia Mason é diretora de pesquisas cognitivas da Columbia Business School. Ambos doutores e pesquisadores discutiram vários aspectos da neurociência no processo de inovação e criatividade. Extrai alguns trechos do artigo e neste especificamente vou falar do Default Network. Complementei com descobertas mais recents, pois já se passaram cerca de 7 a 8 anos desde a publicação do artigo e a tecnologia tem avançado rapidamente.
As novas ferramentas e descobertas já indicam com um nível de precisão bem melhor de como a neurobiologia do cérebro pode ser usada para gerar pensamento criativo; entender o processo de recompensa; o papel da emoção na tomada de decisão e as oportunidades e armadilhas da multitarefa.
Uma das descobertas mais emocionantes da neurociência
na última década foi saber que o cérebro nunca descansa. Trabalha dia e noite. Durante períodos de vigília, quando o cérebro não está focado em qualquer pensamento específico (quando você está divagando… por exemplo), uma rede distinta de regiões cerebrais ainda continua ativada. Este sistema é conhecido por Default Network. A simples descoberta desta rede já é uma inovação, pois agora se sabe que o cérebro gasta um tempo considerável processando conhecimento existente. Anteriormente, se pensava que o processamento era destinado apenas para as informações novas captadas pelos cinco sentidos.
O Default Network também é responsável por uma das nossas habilidades mais valorizadas: transcendência. Que é a capacidade de
imaginar. Imaginar como é estar em um lugar diferente, estar em uma hora diferente, pensar com a cabeça de uma pessoa diferente. Durante a transcendência, o cérebro das pessoas “se desloca” do ambiente externo, pára de processar estímulos externos e se internaliza para processar os conhecimentos já existentes na memória de longo-prazo.
As pesquisas dos últimos 20 anos do Instituto HeartMath do qual sou certificada e parceira, mostram que as pessoas que atingem a coerência cardíaca, que é o equilíbrio entre o sistema parassimpático e o simpático, conseguem equilibrar simultaneamente todos os sistemas do corpo: emocional, fisiológico, mental e espiritual. No estado de coerência qualquer pessoas pode acessar o que é chamado de intuição implícita. O termo intuição também pode ser entendido como insight.
Quando temos um problema e não conseguimos resolver imediatamente, o cérebro inconsciente se debruça sobre o problema. É comum quando estamos no banho, andando em um parque, fazendo caminhadas ou praticando um esporte, a solução do problema surge inesperadamente na nossa mente. Este tipo de processo implícito que aciona o Default Network envolve um período de gestação – às vezes longo – seguido de ativação neurológica para solução do problema antes de repentinamente algo surgir na sua cabeça. Quando se entra em coerência cardíaca que leva ao equilíbrio de todos os sistemas neurológicos e fisiológicos do corpo, a solução do problema aciona o que o HeartMath chama de conhecimento implícita ou insight ou intuição implícita e a solução vem imediatamente a sua mente.
Em artigos anteriores e também no meu livro Desconstruindo o Mindset e Construindo Inovação menciono que captamos através do nossos 5 sentidos algo em torno de 11 bilhões de bits de informações inconscientemente. Deste volume de informações, somente 15 a 50 bits se torna consciente. Grande parte destas informações permanecem armazenadas no longo-prazo, porém, esta matemática já nos mostra que temos muito mais informações armazenadas inconscientes do que consciente. Portanto, quando voce acessa e entra no período de incubação, que ativa o seu Default Network, voce ativa o acesso a esta rede infinita de conhecimento armazenada que você nem sabe que sabe. Por esta razão, a incubação, o ócio criativo é importante para o processo de inovação. A ressalva que é importante ser feita é que para estar em coerência e acessar o Default network precisa de intencionalidade. O que é isto? Não basta simplesmente se desligar, é preciso ter a vontade de entrar em coerência como também se focar na tarefa de se interiorizar. É preciso ter foco, vontade, disciplina e intencionalidade. Para começar é preciso sair de perto do computador, laptops, desligar o celular, desligar o telefone e se conectar internamente por um determinado período. Por exemplo, durante 15 a 20 minutos. A meditação também é uma ferramenta eficaz para ativar o Default Network.
Dicas para ativar o seu Default Network e entrar em coerência:
busque um lugar tranquilo e sem interrupções e se desconecte do trabalho, equipamentos e qualquer interrupções
Em uma posição relaxada comece a inspirar e expirar pausadamente no seu tempo, tentando a cada respiração aprofundar e se internalizar
Foque a sua atenção na parte central do peito como se a sua respiração estivesse saindo desta região
Fique neste estado pelo menos uns 5 a 10 minutos
Faça mentalmente uma pergunta e observe os insights que virão como resposta para a sua pergunta
Nao julgue, so anote mentalmente
Nos próximos artigos vamos trazer novas abordagens do artigo da Harvard Business Review e como as descobertas da neurociência podem ajudar você e sua empresa a inovarem.
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-03-05 14:03:522020-03-05 14:03:52IMAGINAR NEWSLETTER: Como funciona o seu cérebro (1)
Depois de 23 anos ou mais atuando como CEO, consultora ou professora da disciplina de inovação, posso dizer que existe uma grande gap entre os que os executivos entendem por inovação e o que inovação realmente É!!! Bom… então o que é inovação? Existe um falso entendimento de que a inovação é simplesmente criar algo novo. Existe uma escala de criatividade para criar algo novo. No primeiro nível desta escala voce cria algo novo em cima de algo que já existe. Isto é incremental. No segundo nível você pode criar algo novo ou usando uma alavanca de tecnologia nova ou criando um novo modelo de negócio. A ultima etapa desta escala é quando se cria algo totalmente novo, sem precedentes anteriores.
A trajetória de desenvolvimento da inovação provou repetidas vezes que este tipo inovação conhecida por inovação transformacional não é simplesmente fazer algo novo, é destruir a ordem existente das coisas e pensar em um novo mercado, com uma nova solução. É por isso que quase todas as organizações estabelecidas falam de inovação incremental ou de modelo de negócio mas, são avessas à inovação transformacional. Este tipo de inovação é uma ameaça existencial para os gestores, incluindo os próprios inovadores. E o pior… é que ela nasce primordialmente FORA da empresa líder de mercado. Ela é oriunda de um MINDSET totalmente diferente do MINDSET atual da empresa.
A inovação transformacional que aconteceu no setor de papel que digitalizou os documentos que eram copiados não foi antecipada pela liderança da Xerox, certamente não na rápida escala de tempo da revolução digital. Se tivesse sido prevista, provavelmente a “empresa de documentos” já teria entrado há muito mais tempo na tecnologia digital.
Quando vejo as empresas pensarem em inovação e falando em inovação disruptiva, na minha experiência, as empresas estão pensando em usar novas tecnologias para aumentar a performance do que já existe, ou mesmo criando uma nova linha de negócios… para o mesmo mercado. Veja por exemplo o caso do agronegócio. Estão investindo em tecnologias para transformar o trator em autônomo. Aumenta performance, cria um novo tipo de valor. Desloca o operador do trator do mercado reduzindo custo e aumentando performance…. porém, a tecnologia está trazendo as fazendas verticais. O que são fazendas verticais? São galpões reformados usando tecnologia LED para crescer folhagens orgânicas dentro dos grandes centros, economizando água, diminuindo a emissão de carbono porque a logística reduz drasticamente. Fazendas verticais são inovações transformacionais. Provavelmente tornará obsoleta alguma outra linha de negócios dos fabricantes de tratores!!!
Por que as empresas têm dificuldade com a inovação transformacionais?
É extremamente difícil criar ou entregar algo radicalmente novo sem adotar mudanças organizacionais profundas ao longo do caminho e sacrificar alguns de seus investimentos ou oportunidades existentes. Rejeitar a inovação é sempre mais fácil do que adotá-la. Aceitar a inovação transformacional gera estresse organizacional e requer fundamentalmente estratégia, processo e cultura. Além da necessidade de alocar recursos que provavelmente será capital de risco!!!
Na verdade, em qualquer organização madura, a inovação tem um custo significativo, e esses custos estão aumentando. Afinal para transformar voce precisa criar ou inventar algo novo. Ou seja, com recursos escassos você precisa dispor de algo – jogar fora algo – processos, canais, produtos ou linhas de produtos, equipamentos de capital ou, no mínimo, tempo e dinheiro que poderiam ser dedicados a outra coisa – para apostar em algo NOVO não comprovado.
Infelizmente, às vezes somos pressionados a inovar por medo, ou tropeçamos em uma nova maneira de fazer as coisas sem pensar nisso, ou corremos para adotar algo novo porque nos apaixonamos por uma ideia ou uma tecnologia. Independentemente da causa, seja por medo ou falta de noção ou exuberância irracional, podemos nos ver mergulhando adiante com um plano incompleto, ou com nenhum plano. Isso normalmente não termina bem. Isto sem mencionar o desafio do MINDSET que permeia por todos os aspectos da inovação independente de ser incremental ou transformacional.
Quando se fala de estratégia para inovação que irá delinear o processo e formar a cultura no médio e longo prazo, pode-se dizer que a empresa pode ser ofensiva ou defensiva. A estratégia defensiva acontece porque algo está indo mal. As vendas caindo, os distribuidores reclamando, o nível de reclamação aumentando… Já a estratégia ofensiva você sai na frente de onde você e o resto do mercado ou setor estão. Ela cria mercados inteiramente novos, que molda o futuro das indústrias ou cria novos mercados. E embora a nova tecnologia muitas vezes contribua para a inovação ofensiva bem-sucedida, ela normalmente não é a principal. As inovações em design, engenharia de sistemas, marketing, mudança regulatória ou modelo de negócios são pelo menos tão propensas a impulsionar a inovação quanto a inovação tecnológica em inovações ofensivas bem-sucedidas. Como é o caso do Ipad. Aos olhos de muitos o mercado de tablets foi “inventado” pela Apple . Porém, antes do iPad, havia o Newton que foi malsucedido e antes do Newton era o Psion Organizer verdadeiramente revolucionário – uma maravilha técnica dos anos 80 que não conseguiu ganhar força no mercado. A Apple conseguiu integrar os recursos técnicos e funcionais existentes ao design e marketing que criaram um produto atraente com apelo de massa. Ou seja, a principal inovação do iPad foi engenharia de sistemas, design e marketing, não tecnologia.
Quando não existe uma estratégia de inovação clara ela pode acontecer acidentalmente ou ser simplesmente ser algo reativo. Se a Kodak tivesse realmente pensado nas implicações da fotografia digital para os negócios de filmes, eles poderiam ter matado o projeto ou se antecipado às tendências que destruiriam seus negócios principais. O que estrategicamente leva a uma reflexão de que a inovação pode ser algo que destrói para construir longevidade ou algo que melhora e se transforma em novos mercados. Porém, no segundo caso, o tempo pode ser crítico e os avanços tecnológicos devastadores.
Afinal o que é inovação para você e sua empresa? incremental, de modelo de negócio ou transformacional? Ou as três simultaneamente?
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-02-20 18:39:442020-02-20 18:39:44IMAGINAR NEWSLETTER: Inovação não é o que se imagina!
A convergência tecnológica está impulsionando a criação de NOVOS MODELOS de NEGÓCIOS.
Na década de 1920, existiam os modelos “isca e anzol”, em que os clientes eram atraídos com um produto inicial de baixo custo (a isca: uma aparelho de barbear grátis) e depois instigados a comprar continuamente as recargas (o gancho: recargas de lâminas).
Na década de 1950, surgiram os “modelos de franquia” como McDonald’s, Burger King, Kentucky Fried Chicken, etc.. Seguidos na década de 1960, pelos “hipermercados” como o Walmart, Target, etc..
Com a chegada da internet nos anos 90, a reinvenção do modelo de negócios entrou em um período de crescimento radical. Em aproximadamente 20 anos surgiram novas plataformas, o bitcoin e o blockchain e o crowdfunding com o financiamento coletivo. O acesso ao capital está acelerando e impulsionando a convergência tecnológica.
Os novos modelos de negócio estão sinalizando uma grande mudança na estrutura do negócio. A desmaterialização aliada a democratização estão criando uma maneira revolucionária de criar valor. Elimina os ativos, uso a propriedade de terceiros barateando a estrutura de negócio com eliminação de estoque e em alguns casos reduzindo a logística com a entrega feita por meio de uma rede de parceiros. Isto barateia o produto final possibilitando a democratização de produtos e serviços.
1 – A economia da massa (crowd economy) – modelos de crowdsourcing, crowdfunding, ICO’s (initial coin offering – oferta inicial de moeda), ativos alavancados e equipe sob demanda – este modelos de negócio são desenvolvimentos que alavancam os bilhões de pessoas que já estão online.
Todos revolucionaram a maneira como fazemos negócios. Basta considerar os ativos alavancados, como os veículos da Uber e os imóveis do Airbnb, que permitiram que as empresas aumentassem a velocidade de transação alavancando negócios com a propriedade de terceiros. Esses modelos se apoiam na equipe sob demanda, que fornece à empresa a agilidade necessária para se adaptar a um ambiente em rápida mudança. Desde trabalhadores em micro-tarefas por trás do Mechanical Turk da Amazon até os serviços sob demanda dos cientistas de dados da Kaggle são formados usando o conceito de equipe sob demanda. Equipe sob demanda permite que uma organização tenha velocidade, funcionalidade e flexibilidade em um mundo em constante mudança. Um fato inexorável é que não importa quão talentosos os seus colaboradores seja hoje… na convergência tecnológica eles se tornam rapidamente obsoletos se não cultivarem o MINDSET de crescimento e se atualizarem constantemente!!! Plataformas como a Kaggel, Gigwalk, oDesk, Roamler, Elance, TaskRabbit e mechanical Turk da Amazon estão crescendo aceleradamente.
Exemplo: o Airbnb se tornou a maior “cadeia de hotéis” do mundo, mas não possui um único quarto de hotel. Em vez disso, aproveita (ou seja, aluga) os ativos (quartos de reposição) da multidão, com mais de 6 milhões de quartos, apartamentos e casas em mais de 81.000 cidades em todo o mundo.
2 -A economia de Dados: Esta é a versão do modelo “isca e anzol”, o cliente tem acesso gratuito a um nível de serviço e se quiser explorar ou usar mais capacidade ou funcionalidades o modelo se torna pago. Os dados coletados dos usuários que entram para “experimentar” o gratuito gera informações valiosas que permitem entender a micro-demografia do usuário.
Exemplo: Facebook, Google, Twitter – As consultas de pesquisa do Google por dia aumentaram de 500.000 em 1999, para 200 milhões em 2004, para 3 bilhões em 2011, para 5,6 bilhões hoje. Enquanto mais usuários estão se conscientizando dos valiosos dados que trocam em troca do serviço de busca “gratuito” do Google, esse modelo testado provavelmente continuará tendo sucesso na década de 2020.
(3) A economia da inteligência: no final de 1800, se você queria uma boa idéia para um novo negócio, tudo o que você precisava era usar uma ferramenta existente adicionar eletricidade e o equipamento se transformava em uma furadeira.
Nos anos 2020, conforme Peter Diamandis em seu livro The future is faster than you think a IA será a eletricidade. Em outras palavras, pegue qualquer ferramenta existente e adicione uma camada dados para gerar inteligência. Então, os telefones celulares se tornaram smartphones e os alto-falantes se tornarão os carros e veículos autônomos.
Exemplo: Conforme a National Venture Capital Association surgem em média 965 empresas baseadas em IA nos EUA e que nos primeiros 9 meses de 2019, absorveram US $ 13,5 bilhões em capital de risco. Hoje , por exemplo, a startup mais valorizada segundo a NVCA é a NURO, um serviço de entrega de supermercado sem motorista no valor de US $ 2,7 bilhões. IA continuará transformando a maioria dos negócios na década de 2020.
A tecnologia está acelerando exponencialmente.Tecnologias como robótica, biologia sintética, VR e IA estão aumentando capacidade e desempenho enquanto diminuem em custo. Porém, o fenômeno da exponencialidade não está vindo sozinho, AGORA as tecnologias estão começando a CONVERGIR umas com as outras. O que isto significa? Uma modificação profunda nas aplicações e o resultado terá um impacto gigantesco na transformação dos negócios!!!
Neste artigo selecionei algumas aplicações de convergência entre realidade virtual e inteligência artificial que já estão acontecendo no mercado de SAúDE
1 – Realidade Virtual com Inteligência artificial
As salas de cirurgia estão convergindo a Realidade Virtual e Inteligência Artificial. Estudo recente da Frost &Sullivan projetou que 35% a 45% destas salas em todo o mundo utilizarão tecnologias inteligentes para melhorar a precisão e previsibilidade dos serviços cirúrgicos oferecidos, nos próximos quatro anos. os cirurgiões entrarão em uma sala de cirurgia com informações de toda a saúde do paciente, assim como terá à disposições o conhecimento de cirurgias e casos semelhantes disponíveis na hora da cirurgia para serem consultados. Além de estarem conectados com médicos de várias partes do planeta que estarão assistindo ou conduzindo virtualmente a cirurgia.
Dr. Shafi Ahmed conduziu a primeira cirurgia de Realidade Virtual em 2016, em conjunto com Professor Shailesh Shrikhande, cirurgião de oncologia do Tata Memorial Hospital em Mumbai (Índia) e com Mr Hitesh Patel, cirurgião de colorectal do BMI The London Independent Hospital. A cirurgia foi transmitida online em tempo real. Outro ponto adicional nesta convergência é que cirurgiões aspirantes podem acompanhar uma cirurgia ou até mesmo outros cirurgiões façam parte da equipe médica estando em outra localidade.
2 – Realidade Virtual e a holografia
Dr. Brennan Spiegel, Diretor do Centro Cedars-Sinai Pesquisa e Educação em Resultados (CS-CORE) usa tecnologias exponenciais como biossensores vestíveis, aplicativos para smartphones, realidade virtual e mídias sociais para melhorar resultados e economizar dinheiro do paciente dentro dos centros de saúde. Na sua palestra na conferência no #MedEd ele já usou a realidade virtual com a holografia para fazer sua apresentação.
Além de apresentações em simpósios, Dr Speigel tem conduzido pesquisas usando a realidade virtual para reduzir o impacto da ansiedade e o estresse. Dr. Spiegel explicou que a Realidade Virtual tem capacidade de neutralizar a mente ruminante podendo dissolver temporariamente as memórias de longo- prazo ou crenças existentes, permitindo insights que normalmente não receberiam espaço mental.
Dr. Speigel mencionou que recentemente, teve uma paciente hospitalizada com dor e ansiedade abdominal. Ela havia feito todos os exames: endoscopia, tomografia computadorizada, exame de sangue … E tudo estava normal… quando foi feita a experiência em VR do Wild Dolphin, depois de quatro minutos ela disse … – Acho que sei por que sinto essa dor. É meu irmão. Ele tinha câncer de estômago e morreu. E tenho certeza que vou morrer como ele. ”E eu disse:“ mas nós examinamos o seu estômago, você não tem câncer de estômago. ”E ela disse:“ Eu sei disso, mas não estou disposta a aceitar isso. Esses golfinhos estão me dizendo que eu preciso aceitar esta realidade.
Cientificamente já se tem comprovação que estes métodos são realmente eficazes. Em um estudo publicado em novembro passado, os pesquisadores descobriram que, após a terapia de RV, as crianças com paralisia cerebral experimentaram uma melhora significativa em sua mobilidade. Os autores deste estudo pediram ainda a adição deste método às técnicas de reabilitação convencionais, a fim de melhorar os resultados.
Equipamentos como Microsoft HoloLens e o Magic Leap podem oferecer experiências mais interativas com seus fones de realidade mista, mas esses dispositivos são relativamente novos e caros. Por outro lado, o acesso aos fones de ouvido VR agora já custam US $ 5 com o Google Cardboard. No entanto, para que a tecnologia seja mais amplamente adotada no ambiente da saúde, é necessário mudar o MINDSET. Para que isso aconteça, médicos e pacientes precisam estar abertos à tecnologia. Assim que isso for alcançado, a convergência da RV com IA tornará a assistência médica mais agradável e com transformações ainda mais profundas em toda a cadeia da saúde com uma melhoria tanto da qualidade de vida quanto da recuperação e prevenção de doenças.
Imagine que a sua tarefa fosse projetar uma empresa que barrasse todo e qualquer tipo de INOVAÇÃO, desencorajando qualquer tipo de iniciativa que pudesse levar a uma transformação inovadora. Já imaginou o tipo de empresa? Como seriam os processos, valores e os recursos nesta empresa?
Pois é, foi nessa viagem imaginativa que resolvi simular quais seriam as principais iniciativas e prioridades desta empresa fictícia. Veja se alguns… ou todos os itens fariam parte da sua escolha….
1 – Ter uma estratégia focada no modelo de negócio atual e com muita ênfase nos produtos e soluções atuais
2 – Foco excessivo no curto prazo desprezando o futuro
3 – Colocar foco excessivo em produtos em detrimento do foco no consumidor
4 – Colocar o planejamento estratégico como ferramenta central da estratégia
5 – KPI’s por departamento focado em resultado a curto prazo
6 – Reforçar a cultura de silos funcionais com baixo nível de colaboração entre departamentos
7 – Reduzir o orçamento para projetos de risco e aumentar o orçamento para a operação atual, dando prioridade para a manutenção do status quo em detrimento dos projetos de média e longa duração
8 – Criar processos burocráticos com vários níveis de aprovação para as novas ideias
9 – A aprovação dos projetos de inovação está vinculada ao resultado no curto prazo
10 – Centralizar a inovação a um único departamento
11 – Valorizar o conceito de time que está ganhando não se mexe….
12 – Reforçar a cultura do MINDSET FIXO para obter resultados rápidos e melhores em detrimento do MINDSET DE CRESCIMENTO que busca novos aprendizados para a recriar continuamente o negócio.
Esta lista tem alguma coisa parecida com a sua empresa atual?
Por que tantas empresas desejam criar culturas inovadoras e, de alguma forma, acabam criando o oposto do que pretendem?
Achei interessante um artigo que li recentemente do Jake Wilder que coloca as barreiras da inovação centradas nos GESTORES!!! E alguns dos fatores que o Jake Wilder menciona são:
1 – Bons gestores estão focados nos consumidores ATUAIS. O LEMA DOS BONS GESTORES É : Para obter resultados é preciso ter foco nas necessidade dos clientes. Porém, Clientes ATUAIS!!! Antes dos gestores decidirem investir em uma nova tecnologia ou uma nova solução, eles consideram em primeiro lugar seus consumidores e perguntam: Será que eles querem isso? Será que será rentável? Qual é o tamanho do mercado potencial? Quanto mais perguntas desta natureza os gestores fizerem, maior o alinhamento com os os interesses e necessidades dos consumidores ATUAIS. E as pesquisas e resultados demonstram que dedicar só alinhado com o negócio atual maior a probabilidade de pensar somente nas melhorias incrementais. Elas são importantes!! Ninguém está dizendo que não são! Mas as melhorias já não são suficientes para levar a empresa para o próxima patamar de longevidade.
Para pensar em inovações – do tipo 10x – transformacionais – é preciso incentivar e gerar perspectivas completamente novas. É preciso dar mais gás no mindset de crescimento. Não é focando somente nas necessidade dos clientes atuais que a empresa inova. Ou seja, parafraseando Henry Ford….
Os processos organizacionais que mantêm os negócios funcionando são projetados especificamente para alinhar processos às necessidades atuais do cliente. Como se o negócio atual tivesse chances de permanecer lucrativo e crescendo por mais cem anos do mesmo jeito que ele está hoje!!
A mudança de MINDSET organizacional é fundamental para mudar o entendimento das mudanças que estão acontecendo do lado de fora da empresa e que estão mudando rapidamente a natureza de qualquer tipo de negócio. Inovação transformacional nem sempre é lucrativa no curto prazo, porém, se ela não existir não haverá futuro para o negócio. Outro ponto que precisa ser revisto é entender que os clientes no futuro poderão ser diferentes ou poderão ter outras necessidades. É preciso antecipar… antever o futuro. E entender que os clientes de hoje poderão não existir amanhã!
E para fazer isso, você precisa separar isso dos negócios tradicionais Criar o que se chama de ambidestria organizacional. Ter equipes que gerem o dia-a-dia e que continuam focados nos clientes atuais e ter equipes – separadas, menores, dedicadas – a pensarem na inovação transformacional. Estas equipes dedicadas na maioria das vezes são pessoas que trabalham preferencialmente com um mindset de crescimento. Correm risco, sabem ligar informações e conhecimentos de universos e campos diferentes para gerar novas soluções. Trabalham em redes e envolvem o eco-sistema na busca de soluções totalmente novas para desafios que irão acontecer.
Gestores tradicionais – sem julgamento de valor – estão habituados a tomarem decisões importantes para obterem resultados para o negócio atual. Por exemplo, se perguntasse para um gestor tradicional qual seria a escolha estratégica entre estas duas opções abaixo, o que você imagina que seria a resposta?
Opção A: Resultado de um milhão de dólares no final do ano sem risco.
Opção B: Resultado de bilhão de dólares com risco de um em cem.
O Dr. Astro Teller, Capitão da Moonshots (CEO) da fábrica de moonshot da Alphabet, fez esta mesma pergunta aos seus colaboradores. A maioria dos colaboradores escolheu arriscar e buscar o resultado de um bilhão de dólares. No entanto, quando a mesma pergunta foi feita para os gestores, a maioria deles disse que não – pois preferem resultados seguros.
Uma conclusão e uma pergunta. Será que as pessoas querem correr riscos? Querem que a inovação aconteça em larga escala? Eu acredito que sim!!! Ter empregabilidade em todos os níveis está associado com a inovação. Mas então por que somente os gestores estão restringindo a inovação nas empresas?
Enquanto as empresas não mudarem o seu MINDSET e entenderem que futuro é sinônimo de sobrevivência e ele só irá acontecer quando todos estiverem sintonizados com o aprendizado contínuo e a transformação contínua. Se não houver agilidade, colaboração e inovação em todos os níveis da empresa não haverá o futuro. A primeira ação necessária e imprescindível é a mudança de MINDSET que começa com o gestor. Só então a INOVAÇÃO poderá florescer. Leia mais
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-01-28 21:09:492020-01-28 21:09:49IMAGINAR NEWSLETTER: Como barrar a INOVAÇÃO na empresa?
O estresse é a soma de desgastes físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) ou internos, que ocorrem como respostas do ser humano quando expostos a desafios do meio ambiente. Alguns médicos têm definido o estresse como o mal do século XXI. As mudanças ambientais cada vez mais aceleradas, as incertezas decorrentes da mudança no mercado e no ambiente de trabalho, a pressão por resultados que não têm acontecido, são alguns dos fatores que têm impulsionado o aumento de estresse na população global.
As estatísticas são alarmantes. O LinkedIn fez uma pesquisa em 2019, e revelou que quase metade dos brasileiros entrevistados sofre atualmente com stress no ambiente de trabalho. A pesquisa foi feita com mais de 2,8 mil trabalhadores do mundo inteiro. O Brasil inclusive, atingiu o mesmo percentual que o nível global, junto de Alemanha e Austrália (49%). A Espanha foi o país com maior nível índice registrado, com 57% dos respondentes. Já o Japão foi o menor, com 38%.
Em relação à faixa etária, os que mais sofrem com o estresse foi a a Geração X, que compreende aos nascidos entre 1966 e 1980, com 54% dos entrevistados. Em seguida estão os Baby Boomers, faixa acima de 53 anos, com 48%, e os Millennials (24 a 38 anos), com 46%. O estudo mostrou ainda que diferente do que muitos poderiam pensar, quanto maior a senioridade do cargo, maior o nível de estresse na organização. Foram 61% executivos que responderam ter estresse no trabalho, seguidos pelos gestores intermediários (56%) e os analistas e cargos técnicos que não ocupam posição de gestão (48%).
A compilação dos efeitos do estresse feita pelo Instituto HeartMath (EUA) no mercado americano mostrou algumas informações alarmantes:
60 a 80% das visitas feitas aos médicos nos EUA são relativas ao estresse
Estudo feito com 5716 pessoas de meia idade que desenvolveram habilidades de auto-regulação (coerência cardíaca) tiveram 50 vezes mais chances de permanecerem vivos sem doenças crônicas durante 15 anos quando comparados com aqueles com baixa capacidade de auto-regulação.
Estudo feito pela escola de medicina da Harvard Medical School com 1623 sobreviventes de ataque do coração mostrou que quando os pesquisados ficavam nervosos durante conflitos emocionais, o risco de um ataque do coração subsequente irá duas vezes maior do que aqueles que permaneciam calmos.
Uma revisão de 225 estudos científicos concluiu que as emoções positivas promovem e aumentam a sociabilidade, energia, altruísmos, corpos mais saudáveis com melhor capacidade de resolver conflitos, obter mais sucesso e se desenvolver.
Estudo com 1200 pessoas com alto risco de perder a saúde, indicou que aqueles que aprenderam a alterar o estado mental e emocional por meio do treino da auto-regulação obtiveram quatro vezes mais chances de estarem vivos 13 anos em relação àqueles que que nada fizeram no grupo de controle.
Três estudos longitudinais de 10 anos concluíram que o estresse emocional era mais preditivo de morte de cancer e doenças cardiovasculares do que fumar.
As pesquisas realizadas pelo Instituto HeartMath têm trazido informações e metodologias importantes para o controle do estresse e o aprendizado da auto-regulação emocional. O nível de alinhamento entre o cérebro e as emoções pode variar consideravelmente. Quando os sistema nervoso autônomo está desbalanceado, com o simpático comandando mais intensamente que o parassimpático, estamos em incoerência. neste estado aumentamos a probabilidade de desregularmos toda a engrenagem que chamamos de SAúDE. Neste estado, nos sentimos confusos, ansiosos, irritados e com dificuldade de tomar decisões. Por outro lado, quando balanceamos o nosso sistema nervoso, estamos em coerência. nestes estado nos sentimos mais seguros, mais confiantes e com plena capacidade de tomar decisões por mais difíceis que ela possa parecer.
As pesquisas científicas já comprovaram que as emoções têm uma enorme impacto nas funções cognitivas. Atuando nos níveis emocionais é a forma mais eficaz de fazer mudanças nos processos e padrões mentais.
A minha pesquisa em 2020 tem como objetivo avaliar o impacto do nível de estresse no resultado da inovação. Duas empresas de tecnologia se voluntariaram para serem avaliadas. Uma em Brasília e outra em Belo Horizonte. Ambas trabalham com tecnologias exponenciais e têm um time de inovação bem motivado e preparado. Foram formados dois grupos: um de pesquisa e outro de controle. Em parceria com o Instituto HeartMath, os participantes é avaliados o nível de estresse de cada participante. O assessment é fornecido pelo Instituto HeartMath. Ambos os grupos são expostos a um desafio para criação de uma solução inovadora.
O grupo de pesquisa na 1a intervenção é capacitado com práticas respiratórias para obtenção e coerência cardíaca, que deverão ser praticada todos os dias, pelos participantes do grupo de pesquisa. Depois de 6 semanas, que é a 2a intervenção presencial, novamente o procedimento se repetirá.
Além das duas empresas de tecnologia farão parte do grupo de pesquisa uma hospital e uma indústria.
Se houverem empresas interessadas em entenderem como a pesquisa será conduzida e os benefícios que serão aferidos ao final do processo podem procurar diretamente a Imaginar Solutions – Solange Mata Machado – enviando mensagem pelo site ou pelo LinkedIN
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-01-19 22:18:332020-01-19 22:18:33IMAGINAR NEWSLETTER: ESTRESSE a doença do século XXI
(11) O setor de seguros se transforma de “recuperação após risco” em “prevenção de risco”. Hoje, o seguro contra incêndio paga após a queima de sua casa; o seguro de vida paga seus familiares depois que você morre; e o seguro de saúde (que é realmente seguro de doença) paga somente depois que você fica doente. Na próxima década, uma nova geração de provedores de seguros alavancará a convergência de aprendizado de máquina, sensores onipresentes, sequenciamento de genoma de baixo custo e robótica para detectar riscos, evitar desastres e garantir a segurança antes que ocorram custos.
(12) Veículos autônomos e carros voadores redefinirão as viagens humanas (em breve será muito mais rápido e mais barato): veículos totalmente autônomos, frotas de carros como serviço e compartilhamento de viagens aéreas (carros voadores) estarão totalmente operacionais na maioria das grandes cidades metropolitanas na próxima década. O custo do transporte cairá 3-4X, transformando imóveis, finanças, seguros, economia de materiais e planejamento urbano. Onde você mora e trabalha, e como gasta seu tempo, todos serão fundamentalmente remodelados por esse futuro das viagens humanas. Seus filhos e pais idosos nunca mais dirigirão. Essa metatendência será impulsionada pela convergência de: aprendizado de máquina, sensores, ciência de materiais, melhorias no armazenamento de baterias e conexões onipresentes de gigabits.
(13) A produção sob demanda e a entrega sob demanda darão origem a uma “economia instantânea das coisas”: os moradores urbanos aprenderão a esperar o “cumprimento instantâneo” de seus pedidos de varejo, à medida que os serviços de entrega da última milha será feita por drone e robótica que transportarão produtos dos depósitos locais diretamente à sua porta. Além disso, surgirão a fabricação digital regional sob demanda (fazendas de impressão 3D), produtos individualizados podem ser obtidos em poucas horas, em qualquer lugar, a qualquer hora. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: redes, impressão 3D, robótica e inteligência artificial.
(14) Capacidade de sentir e saber qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar: estamos nos aproximando rapidamente da era em que 100 bilhões de sensores (a Internet de Tudo) estará monitorando e sentindo (imagens, escutas, medições) todas as facetas de nossos ambientes, o tempo todo. Satélites globais de imagem, drones, LIDARs de carros autônomos e câmeras de realidade aumentada (AR) voltadas para o futuro fazem parte de uma matriz global de sensores, permitindo que saibamos qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: sensores terrestres, atmosféricos e espaciais, vastas redes de dados e aprendizado de máquina. Neste futuro, não é “o que você sabe”, mas “a qualidade das perguntas que você faz” que será mais importante.
(15) Interrupção da publicidade: à medida que a IA se torna cada vez mais incorporada à vida cotidiana, sua IA personalizada logo entenderá o que você deseja, melhor do que você!!! Portanto, começaremos a confiar e a depender das nossas IAs para a maior parte de nossas decisões de compra. Sua IA pode fazer compras com base em seus desejos passados, necessidade atual, conversas que você permitiu que a IA escutasse ou rastrear onde seus seguidores se concentram em uma interface virtual (ou seja, o que chama sua atenção). Como resultado, o setor de publicidade – que normalmente compete por sua atenção (seja no Superbowl ou nos mecanismos de busca) – terá muita dificuldade em influenciar sua IA. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: aprendizado de máquina, sensores, realidade aumentada e redes 5G.
16) A agricultura celular muda do laboratório para as cidades do interior, fornecendo proteínas de alta qualidade, mais baratas e saudáveis: nesta próxima década testemunharemos o nascimento do sistema de produção de proteínas mais ético, nutritivo e ambientalmente sustentável desenvolvido pela humanidade. A ‘agricultura celular’ baseada em células-tronco permitirá a produção de carne bovina, frango e peixe em qualquer lugar, sob demanda, com conteúdo nutricional muito mais alto e uma pegada ambiental muito menor do que as opções tradicionais de gado. Essa metatendência é possibilitada pela convergência de: biotecnologia, ciência de materiais, aprendizado de máquina e AgTech.
(17) As interfaces cérebro-computador (BCI) de banda larga serão disponibilizadas para uso público: o tecnólogo e futurista Ray Kurzweil previu que, em meados da década de 2030, começaremos a conectar o neocórtex humano à nuvem. Nesta próxima década, haverá um tremendo progresso nessa direção, atendendo primeiro as pessoas com lesões na medula espinhal, nas quais os pacientes recuperarão a capacidade sensorial e o controle motor. Além de ajudar as pessoas com perda de função motora, vários pioneiros da BCI estão agora tentando suplementar suas habilidades cognitivas básicas, com pesquisas que visam aumentar a base sensórial, memória e até inteligência. Essa metatendência é alimentada pela convergência de: ciência dos materiais, aprendizado de máquina e robótica.
(18) A Realidade Virtual (RV) de alta resolução transformará as compras no varejo e no setor imobiliário: os fones de ouvido de realidade virtual leves e de alta resolução permitirão que as pessoas em casa comprem tudo, de roupas a imóveis, a partir da conveniência de sua sala de estar. Precisa de uma roupa nova? Sua IA conhece suas medidas corporais detalhadas e pode criar um desfile de moda com seu avatar usando os últimos 20 modelos na passarela. Deseja ver como seus móveis podem ficar dentro de uma casa que você está vendo on-line? Sem problemas! Sua IA pode preencher a propriedade com seu inventário virtualizado e fazer um tour guiado. Essa metatendência é ativada pela convergência de: VR, aprendizado de máquina e redes de alta largura de banda.
(19) Maior foco na sustentabilidade e no meio ambiente: um aumento da conscientização ambiental global e a preocupação com o aquecimento global levarão as empresas a investir em sustentabilidade, tanto do ponto de vista da necessidade quanto para fins de marketing. Os avanços na ciência dos materiais, possibilitados pela IA, permitirão que as empresas conduzam tremendas reduções no desperdício e na contaminação ambiental. O desperdício de uma empresa se tornará o centro de lucro de outra empresa. Essa metatendência é possibilitada pela convergência de: ciência dos materiais, inteligência artificial e redes de banda larga.
(20) O CRISPR e as terapias gênicas minimizarão as doenças: hoje, uma grande variedade de doenças infecciosas, que variam da AIDS ao Ebola, já é curável. Além disso, as tecnologias de edição de genes continuam avançando em precisão e facilidade de uso, permitindo que as famílias tratem e, finalmente, curem centenas de doenças genéticas hereditárias. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: várias biotecnologias (CRISPR, terapia gênica), seqüenciamento de genoma e inteligência artificial.
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-01-12 20:30:212020-01-12 20:30:21IMAGINAR NEWSLETTER: 20 metatendências da Singularity University (2)
A Universidade da Singularidade (Peter Diamandis) lançou as 20 principais metatendências para a década que se inicia… neste artigo serão listadas as 10 primeiras meta-tendências. As outras seguirão no artigo que se seguirá!!
(1) Aumento da abundância global: O número de indivíduos em extrema pobreza continua a cair, à medida que a população de renda média continua a aumentar. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de comunicação de banda larga com custos cada vez menores, Inteligência Artificial (IA) onipresente na nuvem, crescente acesso à educação auxiliada por IA e assistência médica orientada por IA. Bens e serviços cotidianos (finanças, seguros, educação e entretenimento) estão sendo digitalizados e totalmente desmonetizados, disponíveis para o crescente bilhão em dispositivos móveis.
(2) A conectividade global de 5G (gigabite) conectará tudo e todos, em qualquer lugar, a um custo ultra baixo: a implantação de 5G licenciados e não licenciados, além do lançamento de uma infinidade de redes globais de satélites (OneWeb, Starlink, etc.), permite comunicações onipresentes e de baixo custo para todos, em todos os lugares – sem mencionar a conexão de trilhões de dispositivos. O aumento disparado da conectividade está trazendo on-line mais 3 bilhões de indivíduos, direcionando dezenas de trilhões de dólares para a economia global. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: lançamentos espaciais de baixo custo, avanços de hardware, redes 5G, inteligência artificial, ciência de materiais e capacidade computacional crescente.
(3) A duração média da saúde humana aumentará em mais de 10 anos: uma dúzia de soluções biotecnológicas e farmacêuticas inovadoras (atualmente nas fases 1, 2 ou 3 de ensaios clínicos) chegarão aos consumidores nesta década, adicionando 10 anos adicionais à duração da saúde humana. As tecnologias incluem restauração do crescimento de células-tronco, manipulação de vias sem tratamento, medicamentos senolíticos, uma nova geração de vacinas Endo, GDF-11, suplementação de NMD / NAD +, entre várias outras. E, à medida que o aprendizado de máquina continua a amadurecer, a IA deve liberar inúmeros novos candidatos a medicamentos, prontos para testes clínicos. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: sequenciamento de genoma, tecnologias CRISPR, IA, computação quântica e medicina celular.
(4) Uma era de abundância de capital verá um acesso crescente ao capital em todos os lugares: de 2016 a 2018 (e provavelmente em 2019), a humanidade atingiu o nível mais alto de todos os tempos no fluxo global de seed money, capital de risco e investimentos em fundos soberanos. Embora essa tendência testemunhe alguns altos e baixos na sequência de recessões futuras, espera-se que continue sua trajetória ascendente geral. A abundância de capital leva ao financiamento e ao teste de idéias empreendedoras ‘loucas’, que por sua vez aceleram a inovação. Já são previstos US $ 300 bilhões em crowdfunding até 2025, democratizando o acesso ao capital para empreendedores em todo o mundo. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: conectividade global, desmaterialização, desmonetização e democratização.
(5) Realidade Aumentada e a Web Espacial alcançarão uma implantação onipresente: A combinação de Realidade Aumentada (produzindo a Web 3.0 ou a Web Espacial) e redes 5G (oferecendo velocidades de conexão de 100Mb / s – 10Gb / s) transformarão a maneira como vivemos nossa vida cotidiana, impactando todos os setores, desde varejo e publicidade até educação e entretenimento. Os consumidores brincam, aprendem e compram ao longo do dia em um mundo recém inteligente e virtualmente conectado. Essa meta-tendência será impulsionada pela convergência de: avanços de hardware, redes 5G, inteligência artificial, ciência de materiais e poder computacional crescente.
(6) Tudo é inteligente e embasados com tecnologia inteligente: o preço dos chips de aprendizado de máquina especializados está caindo rapidamente com o aumento da demanda global. Combinado com a explosão de sensores microscópicos de baixo custo e a implantação de redes de banda muito larga, impulsiona para uma década em que cada dispositivo se tornará inteligente. O brinquedo do seu filho lembrará o rosto e o nome dele. O drone de seus filhos seguirá com segurança e diligência e filmará todas as crianças na festa de aniversário. Os aparelhos responderão a comandos de voz e anteciparão suas necessidades.
(7) A IA alcançará o nível humano de inteligência: como previsto pelo tecnólogo e futurista Ray Kurzweil, a inteligência artificial atingirá o desempenho no nível humano nesta década (até 2030). Nos anos 2020, os algoritmos de IA e as ferramentas de aprendizado de máquina serão cada vez mais abertos, disponíveis na nuvem, permitindo que qualquer pessoa com conexão à Internet complemente sua capacidade cognitiva, aumente sua capacidade de resolução de problemas e construa novos empreendimentos por uma fração do custo atual. Essa metatendência será impulsionada pela convergência de: conectividade global de alta largura de banda, redes neurais e computação em nuvem. Todos os setores, abrangendo design industrial, saúde, educação e entretenimento, serão impactados.
(8) A colaboração AI-Humana disparará em todas as profissões: a ascensão das plataformas “AI como serviço” (AIaaS) permitirá que os humanos façam parceria com a IA em todos os aspectos de seu trabalho, em todos os níveis, em todos os setores. As IAs se tornarão parte das operações comerciais diárias, servindo como colaboradores cognitivos para os funcionários – apoiando tarefas criativas, gerando novas idéias e combatendo inovações anteriormente inatingíveis. Em alguns campos, a parceria com a IA se tornará um requisito imprescindível. Por exemplo: no futuro, fazer certos diagnósticos sem a consulta da IA poderá ser considerado negligência.
(9) A maioria das pessoas se adaptará a um tipo de JARVIS “shell de software” para melhorar sua qualidade de vida: à medida que serviços como Alexa, Google Home e Apple Homepod se expandem em funcionalidade, esses serviços acabam migrando para fora de casa e se tornando sua prótese cognitiva 24/7 . Imagine um shell de software tipo JARVIS seguro, que você dê permissão para ouvir todas as suas conversas, ler seus e-mails, monitorar sua biologia química no sangue, etc. Com acesso a esses dados, esses shells de software habilitados para IA aprenderão suas preferências, anteciparão suas necessidades e comportamento, fará suas compras , monitorará sua saúde e ajudará a resolver problemas em apoio às suas metas e desejos de médio e longo prazo.
(10) Energia renovável barata e abundante em todo o mundo: os contínuos avanços nas redes solar, eólica, geotérmica, hidrelétrica, nuclear e localizada conduzirão a humanidade a energia renovável barata, abundante e onipresente. O preço por quilowatt-hora cairá abaixo de 1 centavo por quilowatt-hora para as energias renováveis, assim como o armazenamento cairá abaixo de 3 centavos de dólar por quilowatt-hora, resultando em um profundo deslocamento dos combustíveis fósseis no mundo. Como os países mais pobres do mundo também são os mais ensolarados, a democratização das tecnologias de armazenamento novas e tradicionais garantirá abundância de energia para aqueles que já estão banhados pela luz solar.
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-01-12 15:42:512020-01-12 15:42:51IMAGINAR NEWSLETTER: 20 metatendências da Singularity University
Falar de inovação é sempre muito mais fácil do que torná-la um processo sistêmico na empresa. Os modelos tradicionais que vieram do século passado eram lineares, centrados em pequenas equipes (P&D) e eram uni-direcionais. Ou seja, a empresa criava o que ela achava que o consumidor queria e empurrava para o mercado o seu produto, serviço, tecnologia ou processo. Com a virada do século, este processo foi catapultado com a conectividade. Hoje, quem decido o que usar, quando e onde comprar é o consumidor. As empresas para sobreviverem estão tendo que criar novos processos para endereçar rapidamente a constante e intensa mudança de hábito dos consumidores. Que são muito mais exigentes, mais demandantes e compram experiência pelo menor preço e de qualquer lugar o planeta.
Nem sempre esta tarefa de inovar é fácil! Existe um glamour na palavra e no processo. Mas o que de fato acontece é um grande desafio na hora de fazer a inovação acontecer. Algumas empresas chegam até mesmo a desistir e alegam que inovação é feita em laboratórios e não em times multifuncionais. Outras empresas se gabam de estarem inovando, porém o que se percebe é que elas estão só melhorando aquilo que sempre fizeram. Mas a tarefa mais complicada fica para aqueles rebeldes inovadores que entram nas empresas tradicionais com a intenção de fazer a mudança, e descobrem que o desafio é mais difícil do que imaginam. Este artigo está endereçado principalmente para aqueles que querem achar um caminho para fazer a inovação acontecer….
Antes de entrar na discussão de estratégicas de como fazer , é bom listar alguns gargalos ainda presentes na maioria das organizações pelas quais tenho prestado consultoria nos últimos 5 anos.
1- Dificuldade de se entender problemas complexos. O mindset da organização ainda busca a solução de problemas identificando as suas causas como se elas fossem lineares ( todo efeito tem uma causa). A maior parte dos desafios atuais são complexos. Podem ter mais de uma causa, e normalmente estão interligadas.
2 – Falta de informações relevantes sobre o mercado. Normalmente é a ponta da cadeia de valor que detêm as informações sobre consumo. Para inovar é necessário entender o que está acontecendo no mercado, identificar gaps, testar soluções e co-criar. O desafio é como obter os dados sobre o mercado de consumo rapidamente.
3 – A linearidade dos processo operacionais. A departamentalização e as hierarquias são inibidoras de inovação. Os silos funcionais reforçam a homogeneidade dos times. Todos estes fatores precisam ser endereçados para que times multifuncionais com mais autonomia possam ter espaço para inovar.
4 – A mensuração de resultados dos desafios que para serem resolvidos precisam envolver mais de um departamento ou mais de uma unidade de negócio.
Talvez você até ache que INOVAÇÃO não deve fazer parte dos objetivos da sua empresa. Ou, até pode concluir que o design thinking ou SCRUM como metodologias para criar ou desenvolver não funcionam na sua organização ou setor. E, a inovação que parecia divertida, não é nada daquilo que se fala . Antes de desistir… quem sabe você poderia testar algumas das iniciativas abaixo.
1 – Mais execução e menos falação!
No mundo executivo “vender” uma ideia é um pr.ocesso que pode ser burocrático, demorado, e que requer inúmeros power-points e KPI’s. No mundo da inovação, mais importante é testar com o seu consumidor um protótipo (simples) para engajá-lo na co-criação. Começa com ideias que estejam dentro do seu escopo e do seu departamento. À medida que voce for ganhando confiança, vai expandindo a atuação, envolvendo times diferentes e departamentos ou unidades de negócio diferentes. Execute rápido para aprender rápido.
Os neurocientistas descobriram que prática é a melhor maneira de mudar o mindset de alguém. Mostre iniciativa conversando com os clientes, discutindo para parceiros e contrate talentos externos para acelerar o desenvolvimento. Você provavelmente ainda precisa produzir um power point, porém com dados e feedbacks mais tangíveis do comportamento dos clientes.
2 – Ganhe MOMENTUM
Momentum na física quando dois objetos colidem existe a troca de momentum de um objeto para outro. Ou seja, o objeto que sofre a colisão muda a sua rota. E a definição de momentum é a multiplicação da massa do objeto pela velocidade. Em uma organização, quando alguém gera momentum, ou um impulso este momentum acaba sendo transferido para outras pessoas.
Nas grandes organizações o segredo é evitar a analysis-paralysis. Comece com novas ideias dentro da sua área de responsabilidade. Cada nova ideia implantada gere momentum para a sua equipe. Os pequenos ganhos (small wins) segundo Teresa Amabile geram o princípio do progresso. A inovação corporativa nao precisa de um grande laboratório, ou de grandes investimentos. Precisa de um sucesso para você pode usar essa vitória para ampliar e ajudar mais equipes.
3 – Seja um Rebelde com causa!!!
No processo de desafiar o status-quo, a palavra NÃO será ouvida inúmeras vezes. A negativa não é pessoal. Faz parte da cultura e dos processos que são lentos na mudança e pouco flexíveis.
Você precisará a aprender a jogar nos dois lados: entender as limitações ao mesmo tempo que identifica caminhos para empurrar novas ideias. Isso significa entender os valores, seguir os principais comportamentos, cuidar dos KPIs, hierarquia e política, ao mesmo tempo que identifica os gaps e os possíveis apoiadores da sua ideia. Seja curioso, faça perguntas e aprenda como a organização opera. Por que estamos fazendo coisas assim? Poderia haver outra maneira melhor? Desafie constantemente como as coisas funcionam, sem o medo de parecer burro, experimente seu caminho para o sucesso. Ao experimentar e aprender a inovar na organização, você pode criar um conjunto de práticas personalizadas para a cultura da sua organização. Seja um rebelde COM CAUSA!!!
4 – Ache um patrocinador
Sem o apoio de alguém que está hierarquicamente acima do seu nível você terá muitas barreiras. Ganhe momentum encontrando o seu primeiro patrocinador – que precisará ter credibilidade organizacional suficiente para ser levado a sério; caso contrário, você estará remando contra a maré e limitando o seu potencial para para futuros investimentos / iniciativas. O patrocinador certo poderá vender a a sua ideia, mostrar o caminho e remover impedimentos.
O segredo é alinhar o seu problema e a solução proposta com os desafios do patrocinador. Talvez a primeira pergunta que você deve fazer é identificar quem sofre os maiores impactos com o problema que você quer resolver?
5 – Forme um time diverso e comprometido
Você precisa de um time de mindset de crescimento que seja capaz de tomar decisões rápidas e inteligentes. Treine para uma mentalidade ágil e enxuta. Dê autonomia e mensure os resultados do progresso no aprendizado, na construção da solução e da colaboração.
Se você não possui recursos internos ou competências suficientes, contrate fora. Seu time não precisa conhecer todas as ferramentas, telas, etc., mas deve ter o mindset de crescimento para solucionar obstáculos, não desistir, questionar o status quo, a falhar, aprender e solucionar rapidamente e pelo menor custo. Considere contratar um coaching por um período para ajudar a sua equipe na processo de ambidestria: desenvolver o novo enquanto entrega as atividade de performance da sua área.
resumo: Ação + Momentum + Patrocinador = inovação
Algumas ideias deste artigo foram extraídas do blog The startup
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-01-05 22:11:172020-01-05 22:11:17IMAGINAR NEWSLETTER: Fazendo a INOVAÇÃO acontecer
2020 é o começo de uma nova década. É difícil pensar na próxima década sem refletir quais as rupturas que estão a caminho. Algumas delas já estão dando sinais de profundas mudanças como a evolução/transformação do capitalismo, mudança climática, regulamentação e migração humana. A tecnologia está desmaterializando, desmonetizando e democratizando produtos, serviços e negócios. Os modelos organizacionais e os processos de colaboração formal ou informal poderão se tornar mais líquidos e fluídos. Mudando drasticamente o que conhecemos por emprego. Por isso, 2020 não será apenas o próximo ano, mas uma nova década. Onde a interseção entre tecnologia, ciência, saúde, negócios e governo poderá mudar de forma muito rápida. Haverão muitos riscos e muitas oportunidades. Qual o MINDSET que você irá entrar em 2020?
Enfrentar com coragem esta nova realidade é nossa única responsabilidade. Temos que ter consciência que se não fizermos NADA, o nosso cérebro com certeza fará o que ele mais sabe fazer: usar o conhecimento do passado para enfrentar o futuro que é volátil, incerto, complexo e ambíguo. Será que vai funcionar? Claro que não!!! Então o melhor é começarmos a planejar o futuro, montando o quebra-cabeça dos sinais que já estão no horizonte para nos ajudar a criar uma VISÃO do que teremos pela frente !!! Lembrando que a antecipação, permite planejamento, desenvolvimento e execução. Então, MÃOS À OBRA!!!
Geralmente cometemos erros quando tomamos decisões estratégicas sobre o futuro: ou subestimamos ou superestimamos a mudança. A razão? Os nossos viéses cognitivos. A incerteza e a ambiguidade são desconfortáveis, por isso, tomamos decisões rápidas, ao invés de avaliar estrategicamente o impacto de cada nova variável que possa surgir no horizonte. Não podemos resolver incertezas futuras, mas podemos nos preparar para pensar criticamente sobre sinais e impacto – e avaliar os cenários de possibilidade que podem impactar o futuro.
Segundo a Singularity University veremos na próxima década a aceleração da aceleração com oito grande áreas de transformação:
1 – Um computador com a capacidade de processamento equivalente ao processamento humano. Em 2025, com US $ 1.000 se poderá comprar um computador capaz de calcular 10.000 trilhões de ciclos por segundo, a velocidade de processamento equivalente do cérebro humano
2 – IoE (Internet of Everything) A conexão entre equipamentos, pessoas, processos e dados excederá 100 bilhões de equipamentos conectados, cada um deles com pelo menos mais 12 sensores conectados coletando dados. Isto significará uma revolução nos negócios além da nossa capacidade de imaginar. Cisco recentemente estimou que na próxima década haverá oportunidades equivalentes a $ 19 trilhões de novas receitas.
3 – Conhecimento Just in Time (JIT). Com um trilhão de sensores coletando dados em todos os lugares (carros autônomos, satélites, drones, sensores vestíveis, câmeras) o conhecimento será acessível em qualquer lugar, em qualquer momento para respostas, informações e insights JIT.
4 – 8 bilhões de pessoas conectadas com a velocidade superior a 1 megabit por segundo pelos milhares sistemas de satélites; Facebook (Athena), ElonMusk (SpaceX) Softbank e Qualcomm(OneWeb) e Google (Loom). Em uma década, 5 bilhões de novos cérebros entrarão no mercado global. Serão dezenas de trilhões de dólares fluindo na economia global. Os novos entrantes não entrarão no mundo digital como entramos há 30 anos atrás. Eles estarão conectados a uma velocidade de 1Mbps e acessarão Google, impressão 3D., os serviços online da Amazon Web Service (AWS), terão a inteligência artificial do Watson, crowdfunding, crowdsourcing, e muito, muito mais….
5 – Saúde uma nova realidade. Novos modelos de negocio para saúde estão surgindo. Saúde está migrando para a prevenção à medida que a neurociência, a biologia e a nanotecnologia estão desbravando o corpo humano. Milhares de startups, assim como Google, Apple, Microsoft, SAP, IBM, etc., estão investindo neste mercado de U$ 3.8 trilhões com modelos de negócios que estão desmaterializando, desmonetizando e democratizando um sistema caro, ineficiente e baseado na doença e não na saúde.
Os sensores (wearables) combinados com a Inteligência Artificial (IA) nos permitirá sermos gestores da nossa própria saúde. O sequenciamento em larga-escala dos genomas aliado ao aprendizado de máquina permitirá buscar a causa das doenças autoimunes, do câncer, os problemas cardíacos e indicará caminhos para a cura ou prevenção. Os cirurgiões robóticos poderão fazer cirurgias com precisões perfeitas, sem falhas por um custo irrisório (centavos de dólares). Nesta década poderemos refazer/imprimir com células tronca os nossos órgãos como coração, fígado, pulmões ou rins sempre que for necessário.
6 – Realidade virtual e aumentada. Bilhões de dólares estão sendo investidos para criar uma nova geração de telas e interfaces com o usuário por empresas como Facebook (Oculus), Google (Magic Leap), Microsoft (Hololens), Sony, Qualcomm, HTC.
A tela como a conhecemos – no telefone, no computador e na TV – desaparecerá e será substituída outros dispositivos como o óculos, ou lentes.O resultado será uma enorme interrupção em vários setores, que vão do varejo ao consumidor, imobiliário, educação, viagens, entretenimento e as formas fundamentais pelas quais operamos como seres humanos.
7 – A aceleração da Inteligência Artificial. Se você acha que a Siri (Iphone) é útil agora, a geração da Siri da próxima década será muito mais parecida com o JARVIS do Iron Man. Com recursos expandidos para entender e responder. Empresas como IBM Watson, DeepMind e Vicarious continuam desenvolvendo sistemas de IA de próxima geração. Em uma década, será normal você dar acesso à sua IA para ouvir todas as suas conversas, ler seus e-mails e digitalizar seus dados biométricos, porque a vantagem e a conveniência serão imensas.
8 – Blockchain. Você deve ter ouvido falar em bitcoin, que é a criptomoeda descentralizada (global), democratizada e altamente segura com base no blockchain. Mas a verdadeira inovação é o próprio blockchain, um protocolo que permite transferências digitais seguras, diretas (sem intermediárias), digitais de valor e ativos (pense em dinheiro, contratos, ações, IP). Investidores como Marc Andreesen investiram dezenas de milhões no desenvolvimento e acreditam que essa é uma oportunidade tão importante quanto a criação da própria Internet.
Resumo da Ópera: estamos entrando em uma década cuja única constante é a mudança, e a velocidade da mudança está se acelerando.… se o seu mindset for de crescimento, você deve estar vibrando com as infinitas possibilidades que terá pela frente…. porém, para que você consiga PERCEBER as mudanças e criar a SUA VISÃO de futuro é preciso que seu cérebro/corpo estejam atentos e focados.
5 Dicas para trabalhar o seu MINDSET em 2020:
1 – Crie a sua VISÃO e determine os seus objetivos. Se você imaginar claramente o que deseja alcançar e experimentar os sentimentos de prazer e recompensa associados a essa conquista você estará acionando sistemas neurológicos internos, produzindo química que ativa seu sistema de recompensa e ativando seu sistema de atenção que provavelmente irá te auxiliar na conquista dos seus objetivos. Patricia Peyton autora do livro Physical Intelligence acredita que o ato de visualizar objetivos “Aumenta nossa determinação, porque somos atraídos para essa recompensa futura”. “A visualização não apenas ajuda a garantir o sucesso, mas também a criar ritmo – e tira nossa mente do desconforto, dificuldade ou dor associada ao trabalho em direção à meta.”
2 – Crie um novo MINDSET. Faça de 2020 o ano em que você irá romper com o status quo e a zona de conforto. Se arrisque mais, aprenda mais, colabore mais, interaja mais, se inspire mais, se abra mais, erre mais. Seja modelo para seus colaborados inspirando-os, delegando, motivando, engajando e criando mais confiança e conexões entre você e o seu time. Começa se perguntando o que você gostaria de fazer diferente no seu trabalho que fale por você ou para você? E até mesmo, se pergunte: E se eu não fizer nada… quais seriam as consequências?
3 – Se comprometa com VOCÊ. Seu corpo e sua mente são um único sistema interligado. Para ter sucesso profissional você precisa ter saúde mental e física. Estar estressado inibe sua capacidade física de INOVAR. Você se torna prisioneiro do passado. Sendo controlado pelo seu sistema automático que está sempre simulando que tem um tigre correndo para te devorar. Neste modus operandi seu cérebro não pensa. Usa as memórias do passado para te dar sobrevivência. Além de ter dificuldade para inovar você tem baixa cognição. E, baixo nível de percepção. 5 dicas para você implementar na sua rotina: 1) sono de 7 a 8 horas por dia, durma antes da meia-noite. O sono profundo é que restabelece a nossa fisiologia. 2)Se alimente de coisas frescas, naturais e se possível orgânicas. Evite comidas processadas. 3) Exercite seu corpo. Cientificamente 10 mil passos por dia são suficientes para te dar saúde. 4) Aprenda a respirar pausadamente durante todo o dia. Use as respirações de coerência cardíaca pelo menos 5 vezes por dia, ou invista em mindfulness, ou meditação. Cientificamente todas estas técnicas aliviam o estresse. 5) Aprenda a se desconectar todas as noites. Tenha mais compaixão de si mesmo e dos outros. Seja grata pelas pequenas e pelas grandes conquistas. Pesquisas recentes mostram que gratidão e a compaixão gera coerência cardíaca que diminui o estresse, aumenta a viabilidade e equilibra o seu sistema imunológico.
4 – Repense o significado de poder e sucesso.
Muitas organizações estão se achatando e acabando com a hierarquia. Os comportamentos relacionados com comando-controle estão se desmaterializando. Autonomia e empatia são estados neurológicos que inspiram as pessoas a usarem o seu potencial criativo, a resolver problemas, a entender melhor os desafios e a inovarem. Sucesso em um mundo cada vez mais complexo só é obtido quando executado pela coletividade. O time será sempre melhor do que o indivíduo. Os caminhos estão cada vez mais ambíguos. Por isto, ter perceptivas diferentes, entendimentos diferentes ajudam a decifrar este quebra-cabeça cada vez mais desafiador. O poder e sucesso estão no time e não em você!
Sucesso no século XXI segundo Noal Yuval Harari é ser humilde, agradecido e fazer o melhor de si que se refletirá na coletividade. E, sem dúvida, aprender continuamente.
5 – Aumente as experiências positivas. Assim como saímos de um mundo linear para um mundo não-linear estamos prestes a ver uma mudança muito mais rápida e radical na maneira como ambientes centrados nas pessoas impulsionam exponencialmente o crescimento dos negócios. Novas tecnologias aliadas às ciências mostrarão os benefícios de se criar experiências positivas tanto no trabalho como nas vida pessoal. Busque ter experiências que te façam mais pleno, relaxado e em paz. Aprenda a compartilhar e a colaborar. Viva e crie experiências positivas para si mesmo e para os outros.
Nos ambientes corporativos uma reflexão importante. Empresas com culturas que instigam o mindset de crescimento (Desconstruindo o Mindset e Construindo Inovação) tendem a gerar mais inovação transformacional. Enquanto, empresas que criam ambientes com mindsets fixos tendem a gerar a inovação incremental que já não é suficiente para a longevidade dos negócios no século XXI. O líder é fundamental na geração do mindset organizacional. Abra espaço, aceite e seja modelo para cada colaborador criar suas próprias experiências positivas!!
VIVA 2020!!!
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2020-01-02 22:57:552020-01-02 23:17:09IMAGINAR NEWSLETTER: 2020 o início de uma década!!!
Os avanços da tecnologia começam a consolidar conhecimentos que já são lugar comum no cotidiano das pessoas que são fissurados com o esporte. Exercitar faz MUITO BEM! Se o exercício fosse uma droga, diríamos que seus benefícios eram bons demais para ser verdade. Não apenas nos mantém saudáveis e nos ajuda a viver mais, como também nos torna mais inteligentes e felizes. O treino pode melhorar a memória, a cognição, o tempo de reação, melhorar a atenção e aliviar a depressão. Pode até evitar doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer e Parkinson.
Na última década, os cientistas começaram a descobrir que o exercício aumenta os níveis de hormônios e neurotransmissores que ajudam a aumentar as sinapses cerebrais e a produzir neurogêneses (formação de novos neurônios) na área subcortical do cérebro conhecida como hipocampo – parte do cérebro que codifica e recupera memórias.
Segundo o pesquisador Fernando Gomez-Pinilla, professor do Departamento de Biologia Integrativa e Fisiologia da UCLA, toda vez que você se exercita, seus músculos, células adiposas e fígado liberam moléculas na corrente sanguínea que circulam pelo corpo e viajam até o cérebro. Dentro do cérebro estas moléculas desencadeiam uma cascata de mudanças benéficas. A mais importante é a liberação do hormônio do crescimento chamado fator neurotrófico derivado do cérebro, ou BDNF.
O BDNF é um membro da família de proteína homólogas conhecidas como neurotrofinas, e tem um papel central no desenvolvimento, fisiologia e patologia do sistema nervoso; como também em processos relacionados à plasticidade cerebral como a memória e o aprendizado” (Yamada et al., 2002).O BDNF ajuda o cérebro a construir novas conexões, ou sinapses, entre neurônios – um processo chamado plasticidade sináptica que, acredita-se, é a base do aprendizado. As células se comunicam através dessas conexões, tanto dentro como através das áreas do cérebro. Por exemplo, neurônios no hipocampo criam sinapses com células no córtex pré-frontal, outra região que se beneficia significativamente do exercício. É no córtex pré-frontal que muitas das nossas funções executivas – tomada de decisão, planejamento, criatividade, inovação se originam.
O efeito mais notável do BDNF induzido pelo exercício desencadeia o crescimento de novas células cerebrais no hipocampo, um processo chamado neurogênese. Este processo aumenta a função das células-tronco no cérebro, preenchendo o hipocampo com novas células saudáveis que aumentam o poder do cérebro. Isto quer dizer mais INOVAÇÃO!!!!
Fazer exercício eleva neurotransmissores como serotonina, dopamina e opióides endógenos (conhecidos como endorfinas), que são críticos para regular o humor, a motivação e ativar o sistema de recompensa no nosso cérebro. Qual o melhor tipo de exercício é melhor para o seu cérebro? As pesquisas realizadas têm sido realizadas utilizando a prática de exercícios aeróbicos moderados como corrida, mas evidências recentes sugerem que o levantamento de peso e o treinamento intervalado de alta intensidade também são bons para você. Julia Basso, pesquisadora associada do Departamento de Nutrição Humana, Alimentos e Exercícios da Virginia Tech, sugere que exercícios de maior intensidade proporcionam benefícios cognitivos mais intensos. Porém, o aumento de humor ocorre independentemente da intensidade da atividade. “Quanto mais você aumenta sua frequência cardíaca, mais benefícios cognitivos de longo prazo você terá”.
Dica: times de inovação deveriam incorporar a prática do esporte nas suas rotinas diárias. O esporte produz o BDNF que gera uma série de hormônios benéficos que neutralizam o cortisol no sangue. Este procedimento aumenta cognição. Como mensurar se de fato o time está preparado para inovar? A neurociência indica dois caminhos: mensurar a coerência cardíaca do time para se medir o nível de estresse ou fazer um teste de saliva para determinar o nível de cortisol antes de se iniciar um processo de geração de idéias. O Instituo HeartMath desenvolveu sensores que permitem que a coerência cardíaca seja facilmente aplicada no ambiente corporativo. Os sensores colocados no lóbulo da orelha ou no dedo medem a variabilidade cardíaca. A variabilidade cardíaca cientificamente representa se o sistema nervoso autônomo (SNA) esta em estado de equilíbrio (coerência) ou em desequilíbrio (incoerência). No caso da incoerência, exercícios respiratórios podem ser usados nas reuniões de design thinking para aumentar a capacidade cognitiva da equipe. Com o SNA equilibrado, o acesso a área pré-frontal é facilitada para se gerar novas conexões e gerar INOVAÇÃO.
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2019-12-15 14:23:252019-12-15 14:23:25IMAGINAR NEWSLETTER: exercício ajuda a INOVAR?
Este é o segundo post sobre o tema da diversidade. Neste post, vamos aprofundar o tema da diversidade trazendo indicadores e resultados de pesquisas realizadas nos últimos anos que comprovam que a homogeneidade das empresa pode ser uma grande barreira para os desafios do mundo VUCA. Século passado tínhamos problemas, que eram resolvidos com agilidade, inteligência de mercado, análise, benchmarking, gestão de processos, etc… para minimizar os impactos da incerteza e da volatilidade. Agora, os desafios são na verdade paradoxos, para os quais as soluções aparentemente são o oposto do que alguém pensa ser a verdade”. O mais desafiador é que os problemas e os paradoxos se confundem e se entrelaçam dentro do ambiente organizacional. Quem define e dá a palavra final é a percepção do gestor. Que pode ser enviesada em função do seu MINDSET. Mindset fixo são sempre gestores mais resistentes e com mais dificuldade de olhar o novo como uma oportunidade de aprendizado Portanto, estes gestores têm mais dificuldades de lidar com os paradoxos organizacionais. Enquanto os gestores de mindset de crescimento estão mais preparados para perceber que existem possibilidades diferentes para se resolver desafios novos. Estes gestores têm uma percepção mais ampliada do desafio e portanto maior capacidade de perceber a diferença entre um problema e um paradoxo. O primeiro grande desafio atual do gestor é : como distinguir um problema de um paradoxo?
Barry Johnson autor da gestão de paradoxo define paradoxo como elementos contraditórios, inter-relacionados que co-existem dentro de uma organização simultaneamente e resistem ao longo do tempo. As tensões paradoxais são formadas por meio de diferentes fontes , entre elas as mensagens ambíguas, os ciclos recursivos e as contradições do sistema. São forças que coexistem ao mesmo tempo como por exemplo: eficiência e inovação; controle e autonomia; qualidade e custo; incremental e radical; curto prazo e longo-prazo. As reações a essas tensões podem causar ciclos viciosos de resistências que decorrem de forças organizacionais como inércia, mindset que geram estresse e ansiedade. Estes ciclos viciosos prejudicam desempenho e a INOVAÇÃO. Por outro lado, quando a empresa aprende a lidar com os paradoxos as respostas se tornam mais efetivas e possibilitam desencadear a criatividade, o aprendizado contínuo, a colaboração que levam ao crescimento e a prosperidade organizacional.
Diversidade tem sido apontada como um mecanismo eficaz para lidar com os paradoxos do mundo VUCA. Pois, os times diversos cientificamente tem correlação positiva com o resultado da INOVAÇÃO. O Boston Consulting Group – BCG – entrevistou mais de 1700 empresas em oito países diferentes como (Austria, Brasil, China, França, Alemanha, India, Suíça, e os EUA) em vários setores industriais diferentes em 2017, examinando a diversidade em seis dimensões—gênero, idade, nacionalidade, carreira, experiência profissional em determinada indústrias e educação. Para avaliar a inovação foi identificado o percentual de receita de novos produtos e serviços nos últimos três anos. As empresas que tiveram o nível de diversidade do seu nível de gestores acima da média tiveram a receita de inovação 19 pontos percentuais acima das outras empresas que tiveram o nível de diversidade abaixo da média ( 45% do percentual de receitas de novos produtos em comparação com 26% do receitas). Das seis dimensões analisadas as que menos impactaram o nível de inovação foram idade e educação.
A pesquisa realizada pela McKinsey com 366 empresas públicas (2015 McKinsey report) mostrou que as empresas que privilegiavam a etnia e a diversidade racial no seu quadro de gestores tinham 35% mais probabilidade de apresentar resultados financeiros acima da média da indústria. Além disso, um outro estudo realizado pelo BCG (study) em parceria com a Technical University of Munich mostrou que as empresas que apresentam 20% de mulheres nos níveis de gestão apresentam 10% a mais de receitas de inovação. Estas pesquisas reforçam que a diversidade amplia a percepção dos gestores aumentando a capacidade organizacional de solução de problemas e principalmente, aumenta a resiliência organizacional para conviver com os paradoxos do século XXI.
Por outro lado, a entrega de valor para o consumidor requer um profundo entendimento da jornada do cliente para possibilitar uma experiência diferenciada da solução em relação à concorrência. A menos que a base de consumidores da empresa seja homogênea, a diversidade aumenta a habilidade de enxergar as perspectivas do consumidor com perspectivas totalmente diferentes. Aumentando a possibilidade de maximizar a jornada do consumidor. Se no time de inovação não tiver um representante do mercado a ser atendido, ou que tenha o mesmo background, ou formação, ou interesse ou necessidades semelhantes, muito provável que o time de inovação tenha um ponto cego para identificar as necessidades não-atendidas.
Frans Johansson, em seu livro o Efeito Médici, descreve o fenômeno do renascimento como resultado do investimento feito pela família de Médica ao trazer de toda a Europa para a região de Florença, escultores, pintores, filósofos, inventores e arquitetos. Juntos todas estas mentes desencadearam uma explosão de ideias – uma das eras mais criativas da história da Europa.
Howard Gardner, professor de cognição e educação da Havard Business School, define diversidade em tipos de mindset que serão importantes para construir uma organização bem-sucedida. O primeiro é o mindset disciplinado. Alguém mestre em história, matemática, ciências, direito, medicina, administração ou qualquer outra disciplina, e pela sua dedicação e disciplina atingiu o auge da formação e conhecimento. O segundo é o mindset sintetizador. Alguém adequado para adaptar e melhorar. Avalia e processa informações de uma maneira que faça sentido para todos. O terceiro é o mindset criador. Aquele que abre novos caminhos para o seu negócio. Oferecem novas formas de pensar que impulsionam a produção criativa do seu negócio. O quarto é o mindset social. Aquele com uma sociabilidade intrínseca aprendida com seus pais, amigos e na escola. Alguém que pode ter sido exposto a várias culturas desde tenra idade. Essa pessoa é a cola que mantém o local de trabalho unido e permite que todos trabalhem efetivamente entre si, interna e externamente. Por fim, o quinto é o mindset ético. O altruísta. Diferente da mente respeitosa, o mindset ético é “o espectador imparcial da equipe”. Seu foco está na comunidade. A maioria das pessoas não diria nada se visse um gerente fazendo algo errado ou injusto, porque se preocuparia com a segurança de seu trabalho, certo? Esse tipo de mindset garante que o gerente pague pelas consequências. Ele ou ela age eticamente, independentemente de seu relacionamento com uma pessoa. Você precisa dessa pessoa para manter seus negócios em um estado saudável, equilibrado e justo.
É importante observar que esses mindsets podem ter qualquer tipo de função. Você pode encontrar um contador que tenha um mindset criador ou um gerente de operações que tenha uma mente ética. O tipo de mindset não se aplica apenas ao tipo de função. Do mesmo modo, a diversidade não se aplica apenas às cores da pele, raça, gênero ou formação. O modo como nos desenvolvemos mentalmente tem muito a ver com as experiências e como formamos as nossas memórias que são os filtros que usamos para criar as nossas realidades.
Cinco competências essenciais o mindset do mundo VUCA:
Auto- conhecimento: invista tempo para perceber como VOCÊ pensa. Perceba em que momentos as suas emoções são mais fortes ou quando as suas emoções te impulsionam para reações impulsivas.
Auto-controle – escute mais e seja paciente. Controle a sua vontade de dar uma opinião precipitada. Respire fundo antes de emitir uma opinião que seja emocional.
Curiosidade – interesse pelo diferente, desigual e novo. Abertura a diferentes perspectivas e experiências.
Humildade – reconhecer que existem maneira diferentes de ver o mundo e que todas têm pontos positivos e lições a serem aprendidas.
Resiliência – Errar, aprender e recomeçar continuamente. Saber lidar com o desconforto, conflitos, dilemas e paradoxos que surgem do mundo VUCA.
https://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.png00solangehttps://imaginarsolutions.com.br/wp-content/uploads/2015/02/logo-wide.pngsolange2019-12-08 20:41:202019-12-08 20:41:20IMAGINAR NEWSLETTER: Diversidade e Inovação (2)
IMAGINAR NEWSLETTER: Como funciona o seu cérebro (1)
O assunto da neurociência aplicada aos processos organizacionais está tomando direcionamentos interessantes. Parece que as empresas estão começando a entender que tem barreiras neurológicas que precisam ser endereçadas para a INOVAÇÃO acontecer.
Em Julho/Agosto de 2013 a Harvard Business Review publicou um artigo interessante sobre neurociência aplicada para o ambiente organizacional escrito Adam Waytz e Malia Mason. Adam é professor de gestão e organização da Kellog School of Northwestern University, e Malia Mason é diretora de pesquisas cognitivas da Columbia Business School. Ambos doutores e pesquisadores discutiram vários aspectos da neurociência no processo de inovação e criatividade. Extrai alguns trechos do artigo e neste especificamente vou falar do Default Network. Complementei com descobertas mais recents, pois já se passaram cerca de 7 a 8 anos desde a publicação do artigo e a tecnologia tem avançado rapidamente.
As novas ferramentas e descobertas já indicam com um nível de precisão bem melhor de como a neurobiologia do cérebro pode ser usada para gerar pensamento criativo; entender o processo de recompensa; o papel da emoção na tomada de decisão e as oportunidades e armadilhas da multitarefa.
Uma das descobertas mais emocionantes da neurociência
na última década foi saber que o cérebro nunca descansa. Trabalha dia e noite. Durante períodos de vigília, quando o cérebro não está focado em qualquer pensamento específico (quando você está divagando… por exemplo), uma rede distinta de regiões cerebrais ainda continua ativada. Este sistema é conhecido por Default Network. A simples descoberta desta rede já é uma inovação, pois agora se sabe que o cérebro gasta um tempo considerável processando conhecimento existente. Anteriormente, se pensava que o processamento era destinado apenas para as informações novas captadas pelos cinco sentidos.
O Default Network também é responsável por uma das nossas habilidades mais valorizadas: transcendência. Que é a capacidade de
imaginar. Imaginar como é estar em um lugar diferente, estar em uma hora diferente, pensar com a cabeça de uma pessoa diferente. Durante a transcendência, o cérebro das pessoas “se desloca” do ambiente externo, pára de processar estímulos externos e se internaliza para processar os conhecimentos já existentes na memória de longo-prazo.
As pesquisas dos últimos 20 anos do Instituto HeartMath do qual sou certificada e parceira, mostram que as pessoas que atingem a coerência cardíaca, que é o equilíbrio entre o sistema parassimpático e o simpático, conseguem equilibrar simultaneamente todos os sistemas do corpo: emocional, fisiológico, mental e espiritual. No estado de coerência qualquer pessoas pode acessar o que é chamado de intuição implícita. O termo intuição também pode ser entendido como insight.
Quando temos um problema e não conseguimos resolver imediatamente, o cérebro inconsciente se debruça sobre o problema. É comum quando estamos no banho, andando em um parque, fazendo caminhadas ou praticando um esporte, a solução do problema surge inesperadamente na nossa mente. Este tipo de processo implícito que aciona o Default Network envolve um período de gestação – às vezes longo – seguido de ativação neurológica para solução do problema antes de repentinamente algo surgir na sua cabeça. Quando se entra em coerência cardíaca que leva ao equilíbrio de todos os sistemas neurológicos e fisiológicos do corpo, a solução do problema aciona o que o HeartMath chama de conhecimento implícita ou insight ou intuição implícita e a solução vem imediatamente a sua mente.
Em artigos anteriores e também no meu livro Desconstruindo o Mindset e Construindo Inovação menciono que captamos através do nossos 5 sentidos algo em torno de 11 bilhões de bits de informações inconscientemente. Deste volume de informações, somente 15 a 50 bits se torna consciente. Grande parte destas informações permanecem armazenadas no longo-prazo, porém, esta matemática já nos mostra que temos muito mais informações armazenadas inconscientes do que consciente. Portanto, quando voce acessa e entra no período de incubação, que ativa o seu Default Network, voce ativa o acesso a esta rede infinita de conhecimento armazenada que você nem sabe que sabe. Por esta razão, a incubação, o ócio criativo é importante para o processo de inovação. A ressalva que é importante ser feita é que para estar em coerência e acessar o Default network precisa de intencionalidade. O que é isto? Não basta simplesmente se desligar, é preciso ter a vontade de entrar em coerência como também se focar na tarefa de se interiorizar. É preciso ter foco, vontade, disciplina e intencionalidade. Para começar é preciso sair de perto do computador, laptops, desligar o celular, desligar o telefone e se conectar internamente por um determinado período. Por exemplo, durante 15 a 20 minutos. A meditação também é uma ferramenta eficaz para ativar o Default Network.
Dicas para ativar o seu Default Network e entrar em coerência:
Nos próximos artigos vamos trazer novas abordagens do artigo da Harvard Business Review e como as descobertas da neurociência podem ajudar você e sua empresa a inovarem.
IMAGINAR NEWSLETTER: Inovação não é o que se imagina!
Depois de 23 anos ou mais atuando como CEO, consultora ou professora da disciplina de inovação, posso dizer que existe uma grande gap entre os que os executivos entendem por inovação e o que inovação realmente É!!! Bom… então o que é inovação? Existe um falso entendimento de que a inovação é simplesmente criar algo novo. Existe uma escala de criatividade para criar algo novo. No primeiro nível desta escala voce cria algo novo em cima de algo que já existe. Isto é incremental. No segundo nível você pode criar algo novo ou usando uma alavanca de tecnologia nova ou criando um novo modelo de negócio. A ultima etapa desta escala é quando se cria algo totalmente novo, sem precedentes anteriores.
A trajetória de desenvolvimento da inovação provou repetidas vezes que este tipo inovação conhecida por inovação transformacional não é simplesmente fazer algo novo, é destruir a ordem existente das coisas e pensar em um novo mercado, com uma nova solução. É por isso que quase todas as organizações estabelecidas falam de inovação incremental ou de modelo de negócio mas, são avessas à inovação transformacional. Este tipo de inovação é uma ameaça existencial para os gestores, incluindo os próprios inovadores. E o pior… é que ela nasce primordialmente FORA da empresa líder de mercado. Ela é oriunda de um MINDSET totalmente diferente do MINDSET atual da empresa.
A inovação transformacional que aconteceu no setor de papel que digitalizou os documentos que eram copiados não foi antecipada pela liderança da Xerox, certamente não na rápida escala de tempo da revolução digital. Se tivesse sido prevista, provavelmente a “empresa de documentos” já teria entrado há muito mais tempo na tecnologia digital.
Quando vejo as empresas pensarem em inovação e falando em inovação disruptiva, na minha experiência, as empresas estão pensando em usar novas tecnologias para aumentar a performance do que já existe, ou mesmo criando uma nova linha de negócios… para o mesmo mercado. Veja por exemplo o caso do agronegócio. Estão investindo em tecnologias para transformar o trator em autônomo. Aumenta performance, cria um novo tipo de valor. Desloca o operador do trator do mercado reduzindo custo e aumentando performance…. porém, a tecnologia está trazendo as fazendas verticais. O que são fazendas verticais? São galpões reformados usando tecnologia LED para crescer folhagens orgânicas dentro dos grandes centros, economizando água, diminuindo a emissão de carbono porque a logística reduz drasticamente. Fazendas verticais são inovações transformacionais. Provavelmente tornará obsoleta alguma outra linha de negócios dos fabricantes de tratores!!!
Por que as empresas têm dificuldade com a inovação transformacionais?
É extremamente difícil criar ou entregar algo radicalmente novo sem adotar mudanças organizacionais profundas ao longo do caminho e sacrificar alguns de seus investimentos ou oportunidades existentes. Rejeitar a inovação é sempre mais fácil do que adotá-la. Aceitar a inovação transformacional gera estresse organizacional e requer fundamentalmente estratégia, processo e cultura. Além da necessidade de alocar recursos que provavelmente será capital de risco!!!
Na verdade, em qualquer organização madura, a inovação tem um custo significativo, e esses custos estão aumentando. Afinal para transformar voce precisa criar ou inventar algo novo. Ou seja, com recursos escassos você precisa dispor de algo – jogar fora algo – processos, canais, produtos ou linhas de produtos, equipamentos de capital ou, no mínimo, tempo e dinheiro que poderiam ser dedicados a outra coisa – para apostar em algo NOVO não comprovado.
Infelizmente, às vezes somos pressionados a inovar por medo, ou tropeçamos em uma nova maneira de fazer as coisas sem pensar nisso, ou corremos para adotar algo novo porque nos apaixonamos por uma ideia ou uma tecnologia. Independentemente da causa, seja por medo ou falta de noção ou exuberância irracional, podemos nos ver mergulhando adiante com um plano incompleto, ou com nenhum plano. Isso normalmente não termina bem. Isto sem mencionar o desafio do MINDSET que permeia por todos os aspectos da inovação independente de ser incremental ou transformacional.
Quando se fala de estratégia para inovação que irá delinear o processo e formar a cultura no médio e longo prazo, pode-se dizer que a empresa pode ser ofensiva ou defensiva. A estratégia defensiva acontece porque algo está indo mal. As vendas caindo, os distribuidores reclamando, o nível de reclamação aumentando… Já a estratégia ofensiva você sai na frente de onde você e o resto do mercado ou setor estão. Ela cria mercados inteiramente novos, que molda o futuro das indústrias ou cria novos mercados. E embora a nova tecnologia muitas vezes contribua para a inovação ofensiva bem-sucedida, ela normalmente não é a principal. As inovações em design, engenharia de sistemas, marketing, mudança regulatória ou modelo de negócios são pelo menos tão propensas a impulsionar a inovação quanto a inovação tecnológica em inovações ofensivas bem-sucedidas. Como é o caso do Ipad. Aos olhos de muitos o mercado de tablets foi “inventado” pela Apple . Porém, antes do iPad, havia o Newton que foi malsucedido e antes do Newton era o Psion Organizer verdadeiramente revolucionário – uma maravilha técnica dos anos 80 que não conseguiu ganhar força no mercado. A Apple conseguiu integrar os recursos técnicos e funcionais existentes ao design e marketing que criaram um produto atraente com apelo de massa. Ou seja, a principal inovação do iPad foi engenharia de sistemas, design e marketing, não tecnologia.
Quando não existe uma estratégia de inovação clara ela pode acontecer acidentalmente ou ser simplesmente ser algo reativo. Se a Kodak tivesse realmente pensado nas implicações da fotografia digital para os negócios de filmes, eles poderiam ter matado o projeto ou se antecipado às tendências que destruiriam seus negócios principais. O que estrategicamente leva a uma reflexão de que a inovação pode ser algo que destrói para construir longevidade ou algo que melhora e se transforma em novos mercados. Porém, no segundo caso, o tempo pode ser crítico e os avanços tecnológicos devastadores.
Afinal o que é inovação para você e sua empresa? incremental, de modelo de negócio ou transformacional? Ou as três simultaneamente?
IMAGINAR NEWSLETTER: CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA (2)
A convergência tecnológica está impulsionando a criação de NOVOS MODELOS de NEGÓCIOS.
Os novos modelos de negócio estão sinalizando uma grande mudança na estrutura do negócio. A desmaterialização aliada a democratização estão criando uma maneira revolucionária de criar valor. Elimina os ativos, uso a propriedade de terceiros barateando a estrutura de negócio com eliminação de estoque e em alguns casos reduzindo a logística com a entrega feita por meio de uma rede de parceiros. Isto barateia o produto final possibilitando a democratização de produtos e serviços.
1 – A economia da massa (crowd economy) – modelos de crowdsourcing, crowdfunding, ICO’s (initial coin offering – oferta inicial de moeda), ativos alavancados e equipe sob demanda – este modelos de negócio são desenvolvimentos que alavancam os bilhões de pessoas que já estão online.
Todos revolucionaram a maneira como fazemos negócios. Basta considerar os ativos alavancados, como os veículos da Uber e os imóveis do Airbnb, que permitiram que as empresas aumentassem a velocidade de transação alavancando negócios com a propriedade de terceiros. Esses modelos se apoiam na equipe sob demanda, que fornece à empresa a agilidade necessária para se adaptar a um ambiente em rápida mudança. Desde trabalhadores em micro-tarefas por trás do Mechanical Turk da Amazon até os serviços sob demanda dos cientistas de dados da Kaggle são formados usando o conceito de equipe sob demanda. Equipe sob demanda permite que uma organização tenha velocidade, funcionalidade e flexibilidade em um mundo em constante mudança. Um fato inexorável é que não importa quão talentosos os seus colaboradores seja hoje… na convergência tecnológica eles se tornam rapidamente obsoletos se não cultivarem o MINDSET de crescimento e se atualizarem constantemente!!! Plataformas como a Kaggel, Gigwalk, oDesk, Roamler, Elance, TaskRabbit e mechanical Turk da Amazon estão crescendo aceleradamente.
Exemplo: o Airbnb se tornou a maior “cadeia de hotéis” do mundo, mas não possui um único quarto de hotel. Em vez disso, aproveita (ou seja, aluga) os ativos (quartos de reposição) da multidão, com mais de 6 milhões de quartos, apartamentos e casas em mais de 81.000 cidades em todo o mundo.
2 -A economia de Dados: Esta é a versão do modelo “isca e anzol”, o cliente tem acesso gratuito a um nível de serviço e se quiser explorar ou usar mais capacidade ou funcionalidades o modelo se torna pago. Os dados coletados dos usuários que entram para “experimentar” o gratuito gera informações valiosas que permitem entender a micro-demografia do usuário.
Exemplo: Facebook, Google, Twitter – As consultas de pesquisa do Google por dia aumentaram de 500.000 em 1999, para 200 milhões em 2004, para 3 bilhões em 2011, para 5,6 bilhões hoje. Enquanto mais usuários estão se conscientizando dos valiosos dados que trocam em troca do serviço de busca “gratuito” do Google, esse modelo testado provavelmente continuará tendo sucesso na década de 2020.
(3) A economia da inteligência: no final de 1800, se você queria uma boa idéia para um novo negócio, tudo o que você precisava era usar uma ferramenta existente adicionar eletricidade e o equipamento se transformava em uma furadeira.
Nos anos 2020, conforme Peter Diamandis em seu livro The future is faster than you think a IA será a eletricidade. Em outras palavras, pegue qualquer ferramenta existente e adicione uma camada dados para gerar inteligência. Então, os telefones celulares se tornaram smartphones e os alto-falantes se tornarão os carros e veículos autônomos.
Exemplo: Conforme a National Venture Capital Association surgem em média 965 empresas baseadas em IA nos EUA e que nos primeiros 9 meses de 2019, absorveram US $ 13,5 bilhões em capital de risco. Hoje , por exemplo, a startup mais valorizada segundo a NVCA é a NURO, um serviço de entrega de supermercado sem motorista no valor de US $ 2,7 bilhões. IA continuará transformando a maioria dos negócios na década de 2020.
IMAGINAR NEWSLETTER: CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA (1)
A tecnologia está acelerando exponencialmente.Tecnologias como robótica, biologia sintética, VR e IA estão aumentando capacidade e desempenho enquanto diminuem em custo. Porém, o fenômeno da exponencialidade não está vindo sozinho, AGORA as tecnologias estão começando a CONVERGIR umas com as outras. O que isto significa? Uma modificação profunda nas aplicações e o resultado terá um impacto gigantesco na transformação dos negócios!!!
Neste artigo selecionei algumas aplicações de convergência entre realidade virtual e inteligência artificial que já estão acontecendo no mercado de SAúDE
1 – Realidade Virtual com Inteligência artificial
As salas de cirurgia estão convergindo a Realidade Virtual e Inteligência Artificial. Estudo recente da Frost &Sullivan projetou que 35% a 45% destas salas em todo o mundo utilizarão tecnologias inteligentes para melhorar a precisão e previsibilidade dos serviços cirúrgicos oferecidos, nos próximos quatro anos. os cirurgiões entrarão em uma sala de cirurgia com informações de toda a saúde do paciente, assim como terá à disposições o conhecimento de cirurgias e casos semelhantes disponíveis na hora da cirurgia para serem consultados. Além de estarem conectados com médicos de várias partes do planeta que estarão assistindo ou conduzindo virtualmente a cirurgia.
Dr. Shafi Ahmed conduziu a primeira cirurgia de Realidade Virtual em 2016, em conjunto com Professor Shailesh Shrikhande, cirurgião de oncologia do Tata Memorial Hospital em Mumbai (Índia) e com Mr Hitesh Patel, cirurgião de colorectal do BMI The London Independent Hospital. A cirurgia foi transmitida online em tempo real. Outro ponto adicional nesta convergência é que cirurgiões aspirantes podem acompanhar uma cirurgia ou até mesmo outros cirurgiões façam parte da equipe médica estando em outra localidade.
2 – Realidade Virtual e a holografia
Dr. Brennan Spiegel, Diretor do Centro Cedars-Sinai Pesquisa e Educação em Resultados (CS-CORE) usa tecnologias exponenciais como biossensores vestíveis, aplicativos para smartphones, realidade virtual e mídias sociais para melhorar resultados e economizar dinheiro do paciente dentro dos centros de saúde. Na sua palestra na conferência no #MedEd ele já usou a realidade virtual com a holografia para fazer sua apresentação.
Além de apresentações em simpósios, Dr Speigel tem conduzido pesquisas usando a realidade virtual para reduzir o impacto da ansiedade e o estresse. Dr. Spiegel explicou que a Realidade Virtual tem capacidade de neutralizar a mente ruminante podendo dissolver temporariamente as memórias de longo- prazo ou crenças existentes, permitindo insights que normalmente não receberiam espaço mental.
Dr. Speigel mencionou que recentemente, teve uma paciente hospitalizada com dor e ansiedade abdominal. Ela havia feito todos os exames: endoscopia, tomografia computadorizada, exame de sangue … E tudo estava normal… quando foi feita a experiência em VR do Wild Dolphin, depois de quatro minutos ela disse … – Acho que sei por que sinto essa dor. É meu irmão. Ele tinha câncer de estômago e morreu. E tenho certeza que vou morrer como ele. ”E eu disse:“ mas nós examinamos o seu estômago, você não tem câncer de estômago. ”E ela disse:“ Eu sei disso, mas não estou disposta a aceitar isso. Esses golfinhos estão me dizendo que eu preciso aceitar esta realidade.
Cientificamente já se tem comprovação que estes métodos são realmente eficazes. Em um estudo publicado em novembro passado, os pesquisadores descobriram que, após a terapia de RV, as crianças com paralisia cerebral experimentaram uma melhora significativa em sua mobilidade. Os autores deste estudo pediram ainda a adição deste método às técnicas de reabilitação convencionais, a fim de melhorar os resultados.
Equipamentos como Microsoft HoloLens e o Magic Leap podem oferecer experiências mais interativas com seus fones de realidade mista, mas esses dispositivos são relativamente novos e caros. Por outro lado, o acesso aos fones de ouvido VR agora já custam US $ 5 com o Google Cardboard. No entanto, para que a tecnologia seja mais amplamente adotada no ambiente da saúde, é necessário mudar o MINDSET. Para que isso aconteça, médicos e pacientes precisam estar abertos à tecnologia. Assim que isso for alcançado, a convergência da RV com IA tornará a assistência médica mais agradável e com transformações ainda mais profundas em toda a cadeia da saúde com uma melhoria tanto da qualidade de vida quanto da recuperação e prevenção de doenças.
IMAGINAR NEWSLETTER: Como barrar a INOVAÇÃO na empresa?
Imagine que a sua tarefa fosse projetar uma empresa que barrasse todo e qualquer tipo de INOVAÇÃO, desencorajando qualquer tipo de iniciativa que pudesse levar a uma transformação inovadora. Já imaginou o tipo de empresa? Como seriam os processos, valores e os recursos nesta empresa?
Pois é, foi nessa viagem imaginativa que resolvi simular quais seriam as principais iniciativas e prioridades desta empresa fictícia. Veja se alguns… ou todos os itens fariam parte da sua escolha….
1 – Ter uma estratégia focada no modelo de negócio atual e com muita ênfase nos produtos e soluções atuais
2 – Foco excessivo no curto prazo desprezando o futuro
3 – Colocar foco excessivo em produtos em detrimento do foco no consumidor
4 – Colocar o planejamento estratégico como ferramenta central da estratégia
5 – KPI’s por departamento focado em resultado a curto prazo
6 – Reforçar a cultura de silos funcionais com baixo nível de colaboração entre departamentos
7 – Reduzir o orçamento para projetos de risco e aumentar o orçamento para a operação atual, dando prioridade para a manutenção do status quo em detrimento dos projetos de média e longa duração
8 – Criar processos burocráticos com vários níveis de aprovação para as novas ideias
9 – A aprovação dos projetos de inovação está vinculada ao resultado no curto prazo
10 – Centralizar a inovação a um único departamento
11 – Valorizar o conceito de time que está ganhando não se mexe….
12 – Reforçar a cultura do MINDSET FIXO para obter resultados rápidos e melhores em detrimento do MINDSET DE CRESCIMENTO que busca novos aprendizados para a recriar continuamente o negócio.
Esta lista tem alguma coisa parecida com a sua empresa atual?
Por que tantas empresas desejam criar culturas inovadoras e, de alguma forma, acabam criando o oposto do que pretendem?
Achei interessante um artigo que li recentemente do Jake Wilder que coloca as barreiras da inovação centradas nos GESTORES!!! E alguns dos fatores que o Jake Wilder menciona são:
1 – Bons gestores estão focados nos consumidores ATUAIS. O LEMA DOS BONS GESTORES É : Para obter resultados é preciso ter foco nas necessidade dos clientes. Porém, Clientes ATUAIS!!! Antes dos gestores decidirem investir em uma nova tecnologia ou uma nova solução, eles consideram em primeiro lugar seus consumidores e perguntam: Será que eles querem isso? Será que será rentável? Qual é o tamanho do mercado potencial? Quanto mais perguntas desta natureza os gestores fizerem, maior o alinhamento com os os interesses e necessidades dos consumidores ATUAIS. E as pesquisas e resultados demonstram que dedicar só alinhado com o negócio atual maior a probabilidade de pensar somente nas melhorias incrementais. Elas são importantes!! Ninguém está dizendo que não são! Mas as melhorias já não são suficientes para levar a empresa para o próxima patamar de longevidade.
Para pensar em inovações – do tipo 10x – transformacionais – é preciso incentivar e gerar perspectivas completamente novas. É preciso dar mais gás no mindset de crescimento. Não é focando somente nas necessidade dos clientes atuais que a empresa inova. Ou seja, parafraseando Henry Ford….
Os processos organizacionais que mantêm os negócios funcionando são projetados especificamente para alinhar processos às necessidades atuais do cliente. Como se o negócio atual tivesse chances de permanecer lucrativo e crescendo por mais cem anos do mesmo jeito que ele está hoje!!
A mudança de MINDSET organizacional é fundamental para mudar o entendimento das mudanças que estão acontecendo do lado de fora da empresa e que estão mudando rapidamente a natureza de qualquer tipo de negócio. Inovação transformacional nem sempre é lucrativa no curto prazo, porém, se ela não existir não haverá futuro para o negócio. Outro ponto que precisa ser revisto é entender que os clientes no futuro poderão ser diferentes ou poderão ter outras necessidades. É preciso antecipar… antever o futuro. E entender que os clientes de hoje poderão não existir amanhã!
E para fazer isso, você precisa separar isso dos negócios tradicionais Criar o que se chama de ambidestria organizacional. Ter equipes que gerem o dia-a-dia e que continuam focados nos clientes atuais e ter equipes – separadas, menores, dedicadas – a pensarem na inovação transformacional. Estas equipes dedicadas na maioria das vezes são pessoas que trabalham preferencialmente com um mindset de crescimento. Correm risco, sabem ligar informações e conhecimentos de universos e campos diferentes para gerar novas soluções. Trabalham em redes e envolvem o eco-sistema na busca de soluções totalmente novas para desafios que irão acontecer.
Gestores tradicionais – sem julgamento de valor – estão habituados a tomarem decisões importantes para obterem resultados para o negócio atual. Por exemplo, se perguntasse para um gestor tradicional qual seria a escolha estratégica entre estas duas opções abaixo, o que você imagina que seria a resposta?
Opção A: Resultado de um milhão de dólares no final do ano sem risco.
Opção B: Resultado de bilhão de dólares com risco de um em cem.
O Dr. Astro Teller, Capitão da Moonshots (CEO) da fábrica de moonshot da Alphabet, fez esta mesma pergunta aos seus colaboradores. A maioria dos colaboradores escolheu arriscar e buscar o resultado de um bilhão de dólares. No entanto, quando a mesma pergunta foi feita para os gestores, a maioria deles disse que não – pois preferem resultados seguros.
Uma conclusão e uma pergunta. Será que as pessoas querem correr riscos? Querem que a inovação aconteça em larga escala? Eu acredito que sim!!! Ter empregabilidade em todos os níveis está associado com a inovação. Mas então por que somente os gestores estão restringindo a inovação nas empresas?
Enquanto as empresas não mudarem o seu MINDSET e entenderem que futuro é sinônimo de sobrevivência e ele só irá acontecer quando todos estiverem sintonizados com o aprendizado contínuo e a transformação contínua. Se não houver agilidade, colaboração e inovação em todos os níveis da empresa não haverá o futuro. A primeira ação necessária e imprescindível é a mudança de MINDSET que começa com o gestor. Só então a INOVAÇÃO poderá florescer. Leia mais
IMAGINAR NEWSLETTER: ESTRESSE a doença do século XXI
O estresse é a soma de desgastes físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) ou internos, que ocorrem como respostas do ser humano quando expostos a desafios do meio ambiente. Alguns médicos têm definido o estresse como o mal do século XXI. As mudanças ambientais cada vez mais aceleradas, as incertezas decorrentes da mudança no mercado e no ambiente de trabalho, a pressão por resultados que não têm acontecido, são alguns dos fatores que têm impulsionado o aumento de estresse na população global.
As estatísticas são alarmantes. O LinkedIn fez uma pesquisa em 2019, e revelou que quase metade dos brasileiros entrevistados sofre atualmente com stress no ambiente de trabalho. A pesquisa foi feita com mais de 2,8 mil trabalhadores do mundo inteiro. O Brasil inclusive, atingiu o mesmo percentual que o nível global, junto de Alemanha e Austrália (49%). A Espanha foi o país com maior nível índice registrado, com 57% dos respondentes. Já o Japão foi o menor, com 38%.
Em relação à faixa etária, os que mais sofrem com o estresse foi a a Geração X, que compreende aos nascidos entre 1966 e 1980, com 54% dos entrevistados. Em seguida estão os Baby Boomers, faixa acima de 53 anos, com 48%, e os Millennials (24 a 38 anos), com 46%. O estudo mostrou ainda que diferente do que muitos poderiam pensar, quanto maior a senioridade do cargo, maior o nível de estresse na organização. Foram 61% executivos que responderam ter estresse no trabalho, seguidos pelos gestores intermediários (56%) e os analistas e cargos técnicos que não ocupam posição de gestão (48%).
A compilação dos efeitos do estresse feita pelo Instituto HeartMath (EUA) no mercado americano mostrou algumas informações alarmantes:
As pesquisas realizadas pelo Instituto HeartMath têm trazido informações e metodologias importantes para o controle do estresse e o aprendizado da auto-regulação emocional. O nível de alinhamento entre o cérebro e as emoções pode variar consideravelmente. Quando os sistema nervoso autônomo está desbalanceado, com o simpático comandando mais intensamente que o parassimpático, estamos em incoerência. neste estado aumentamos a probabilidade de desregularmos toda a engrenagem que chamamos de SAúDE. Neste estado, nos sentimos confusos, ansiosos, irritados e com dificuldade de tomar decisões. Por outro lado, quando balanceamos o nosso sistema nervoso, estamos em coerência. nestes estado nos sentimos mais seguros, mais confiantes e com plena capacidade de tomar decisões por mais difíceis que ela possa parecer.
As pesquisas científicas já comprovaram que as emoções têm uma enorme impacto nas funções cognitivas. Atuando nos níveis emocionais é a forma mais eficaz de fazer mudanças nos processos e padrões mentais.
A minha pesquisa em 2020 tem como objetivo avaliar o impacto do nível de estresse no resultado da inovação. Duas empresas de tecnologia se voluntariaram para serem avaliadas. Uma em Brasília e outra em Belo Horizonte. Ambas trabalham com tecnologias exponenciais e têm um time de inovação bem motivado e preparado. Foram formados dois grupos: um de pesquisa e outro de controle. Em parceria com o Instituto HeartMath, os participantes é avaliados o nível de estresse de cada participante. O assessment é fornecido pelo Instituto HeartMath. Ambos os grupos são expostos a um desafio para criação de uma solução inovadora.
O grupo de pesquisa na 1a intervenção é capacitado com práticas respiratórias para obtenção e coerência cardíaca, que deverão ser praticada todos os dias, pelos participantes do grupo de pesquisa. Depois de 6 semanas, que é a 2a intervenção presencial, novamente o procedimento se repetirá.
Além das duas empresas de tecnologia farão parte do grupo de pesquisa uma hospital e uma indústria.
Se houverem empresas interessadas em entenderem como a pesquisa será conduzida e os benefícios que serão aferidos ao final do processo podem procurar diretamente a Imaginar Solutions – Solange Mata Machado – enviando mensagem pelo site ou pelo LinkedIN
IMAGINAR NEWSLETTER: 20 metatendências da Singularity University (2)
Continuando as metatências da Universidade da Singularidade (Peter Diamandis) para a década que se inicia…
(11) O setor de seguros se transforma de “recuperação após risco” em “prevenção de risco”. Hoje, o seguro contra incêndio paga após a queima de sua casa; o seguro de vida paga seus familiares depois que você morre; e o seguro de saúde (que é realmente seguro de doença) paga somente depois que você fica doente. Na próxima década, uma nova geração de provedores de seguros alavancará a convergência de aprendizado de máquina, sensores onipresentes, sequenciamento de genoma de baixo custo e robótica para detectar riscos, evitar desastres e garantir a segurança antes que ocorram custos.
(12) Veículos autônomos e carros voadores redefinirão as viagens humanas (em breve será muito mais rápido e mais barato): veículos totalmente autônomos, frotas de carros como serviço e compartilhamento de viagens aéreas (carros voadores) estarão totalmente operacionais na maioria das grandes cidades metropolitanas na próxima década. O custo do transporte cairá 3-4X, transformando imóveis, finanças, seguros, economia de materiais e planejamento urbano. Onde você mora e trabalha, e como gasta seu tempo, todos serão fundamentalmente remodelados por esse futuro das viagens humanas. Seus filhos e pais idosos nunca mais dirigirão. Essa metatendência será impulsionada pela convergência de: aprendizado de máquina, sensores, ciência de materiais, melhorias no armazenamento de baterias e conexões onipresentes de gigabits.
(13) A produção sob demanda e a entrega sob demanda darão origem a uma “economia instantânea das coisas”: os moradores urbanos aprenderão a esperar o “cumprimento instantâneo” de seus pedidos de varejo, à medida que os serviços de entrega da última milha será feita por drone e robótica que transportarão produtos dos depósitos locais diretamente à sua porta. Além disso, surgirão a fabricação digital regional sob demanda (fazendas de impressão 3D), produtos individualizados podem ser obtidos em poucas horas, em qualquer lugar, a qualquer hora. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: redes, impressão 3D, robótica e inteligência artificial.
(14) Capacidade de sentir e saber qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar: estamos nos aproximando rapidamente da era em que 100 bilhões de sensores (a Internet de Tudo) estará monitorando e sentindo (imagens, escutas, medições) todas as facetas de nossos ambientes, o tempo todo. Satélites globais de imagem, drones, LIDARs de carros autônomos e câmeras de realidade aumentada (AR) voltadas para o futuro fazem parte de uma matriz global de sensores, permitindo que saibamos qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: sensores terrestres, atmosféricos e espaciais, vastas redes de dados e aprendizado de máquina. Neste futuro, não é “o que você sabe”, mas “a qualidade das perguntas que você faz” que será mais importante.
(15) Interrupção da publicidade: à medida que a IA se torna cada vez mais incorporada à vida cotidiana, sua IA personalizada logo entenderá o que você deseja, melhor do que você!!! Portanto, começaremos a confiar e a depender das nossas IAs para a maior parte de nossas decisões de compra. Sua IA pode fazer compras com base em seus desejos passados, necessidade atual, conversas que você permitiu que a IA escutasse ou rastrear onde seus seguidores se concentram em uma interface virtual (ou seja, o que chama sua atenção). Como resultado, o setor de publicidade – que normalmente compete por sua atenção (seja no Superbowl ou nos mecanismos de busca) – terá muita dificuldade em influenciar sua IA. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: aprendizado de máquina, sensores, realidade aumentada e redes 5G.
16) A agricultura celular muda do laboratório para as cidades do interior, fornecendo proteínas de alta qualidade, mais baratas e saudáveis: nesta próxima década testemunharemos o nascimento do sistema de produção de proteínas mais ético, nutritivo e ambientalmente sustentável desenvolvido pela humanidade. A ‘agricultura celular’ baseada em células-tronco permitirá a produção de carne bovina, frango e peixe em qualquer lugar, sob demanda, com conteúdo nutricional muito mais alto e uma pegada ambiental muito menor do que as opções tradicionais de gado. Essa metatendência é possibilitada pela convergência de: biotecnologia, ciência de materiais, aprendizado de máquina e AgTech.
(17) As interfaces cérebro-computador (BCI) de banda larga serão disponibilizadas para uso público: o tecnólogo e futurista Ray Kurzweil previu que, em meados da década de 2030, começaremos a conectar o neocórtex humano à nuvem. Nesta próxima década, haverá um tremendo progresso nessa direção, atendendo primeiro as pessoas com lesões na medula espinhal, nas quais os pacientes recuperarão a capacidade sensorial e o controle motor. Além de ajudar as pessoas com perda de função motora, vários pioneiros da BCI estão agora tentando suplementar suas habilidades cognitivas básicas, com pesquisas que visam aumentar a base sensórial, memória e até inteligência. Essa metatendência é alimentada pela convergência de: ciência dos materiais, aprendizado de máquina e robótica.
(18) A Realidade Virtual (RV) de alta resolução transformará as compras no varejo e no setor imobiliário: os fones de ouvido de realidade virtual leves e de alta resolução permitirão que as pessoas em casa comprem tudo, de roupas a imóveis, a partir da conveniência de sua sala de estar. Precisa de uma roupa nova? Sua IA conhece suas medidas corporais detalhadas e pode criar um desfile de moda com seu avatar usando os últimos 20 modelos na passarela. Deseja ver como seus móveis podem ficar dentro de uma casa que você está vendo on-line? Sem problemas! Sua IA pode preencher a propriedade com seu inventário virtualizado e fazer um tour guiado. Essa metatendência é ativada pela convergência de: VR, aprendizado de máquina e redes de alta largura de banda.
(19) Maior foco na sustentabilidade e no meio ambiente: um aumento da conscientização ambiental global e a preocupação com o aquecimento global levarão as empresas a investir em sustentabilidade, tanto do ponto de vista da necessidade quanto para fins de marketing. Os avanços na ciência dos materiais, possibilitados pela IA, permitirão que as empresas conduzam tremendas reduções no desperdício e na contaminação ambiental. O desperdício de uma empresa se tornará o centro de lucro de outra empresa. Essa metatendência é possibilitada pela convergência de: ciência dos materiais, inteligência artificial e redes de banda larga.
(20) O CRISPR e as terapias gênicas minimizarão as doenças: hoje, uma grande variedade de doenças infecciosas, que variam da AIDS ao Ebola, já é curável. Além disso, as tecnologias de edição de genes continuam avançando em precisão e facilidade de uso, permitindo que as famílias tratem e, finalmente, curem centenas de doenças genéticas hereditárias. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: várias biotecnologias (CRISPR, terapia gênica), seqüenciamento de genoma e inteligência artificial.
IMAGINAR NEWSLETTER: 20 metatendências da Singularity University
A Universidade da Singularidade (Peter Diamandis) lançou as 20 principais metatendências para a década que se inicia… neste artigo serão listadas as 10 primeiras meta-tendências. As outras seguirão no artigo que se seguirá!!
(1) Aumento da abundância global: O número de indivíduos em extrema pobreza continua a cair, à medida que a população de renda média continua a aumentar. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de comunicação de banda larga com custos cada vez menores, Inteligência Artificial (IA) onipresente na nuvem, crescente acesso à educação auxiliada por IA e assistência médica orientada por IA. Bens e serviços cotidianos (finanças, seguros, educação e entretenimento) estão sendo digitalizados e totalmente desmonetizados, disponíveis para o crescente bilhão em dispositivos móveis.
(2) A conectividade global de 5G (gigabite) conectará tudo e todos, em qualquer lugar, a um custo ultra baixo: a implantação de 5G licenciados e não licenciados, além do lançamento de uma infinidade de redes globais de satélites (OneWeb, Starlink, etc.), permite comunicações onipresentes e de baixo custo para todos, em todos os lugares – sem mencionar a conexão de trilhões de dispositivos. O aumento disparado da conectividade está trazendo on-line mais 3 bilhões de indivíduos, direcionando dezenas de trilhões de dólares para a economia global. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: lançamentos espaciais de baixo custo, avanços de hardware, redes 5G, inteligência artificial, ciência de materiais e capacidade computacional crescente.
(3) A duração média da saúde humana aumentará em mais de 10 anos: uma dúzia de soluções biotecnológicas e farmacêuticas inovadoras (atualmente nas fases 1, 2 ou 3 de ensaios clínicos) chegarão aos consumidores nesta década, adicionando 10 anos adicionais à duração da saúde humana. As tecnologias incluem restauração do crescimento de células-tronco, manipulação de vias sem tratamento, medicamentos senolíticos, uma nova geração de vacinas Endo, GDF-11, suplementação de NMD / NAD +, entre várias outras. E, à medida que o aprendizado de máquina continua a amadurecer, a IA deve liberar inúmeros novos candidatos a medicamentos, prontos para testes clínicos. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: sequenciamento de genoma, tecnologias CRISPR, IA, computação quântica e medicina celular.
(4) Uma era de abundância de capital verá um acesso crescente ao capital em todos os lugares: de 2016 a 2018 (e provavelmente em 2019), a humanidade atingiu o nível mais alto de todos os tempos no fluxo global de seed money, capital de risco e investimentos em fundos soberanos. Embora essa tendência testemunhe alguns altos e baixos na sequência de recessões futuras, espera-se que continue sua trajetória ascendente geral. A abundância de capital leva ao financiamento e ao teste de idéias empreendedoras ‘loucas’, que por sua vez aceleram a inovação. Já são previstos US $ 300 bilhões em crowdfunding até 2025, democratizando o acesso ao capital para empreendedores em todo o mundo. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: conectividade global, desmaterialização, desmonetização e democratização.
(5) Realidade Aumentada e a Web Espacial alcançarão uma implantação onipresente: A combinação de Realidade Aumentada (produzindo a Web 3.0 ou a Web Espacial) e redes 5G (oferecendo velocidades de conexão de 100Mb / s – 10Gb / s) transformarão a maneira como vivemos nossa vida cotidiana, impactando todos os setores, desde varejo e publicidade até educação e entretenimento. Os consumidores brincam, aprendem e compram ao longo do dia em um mundo recém inteligente e virtualmente conectado. Essa meta-tendência será impulsionada pela convergência de: avanços de hardware, redes 5G, inteligência artificial, ciência de materiais e poder computacional crescente.
(6) Tudo é inteligente e embasados com tecnologia inteligente: o preço dos chips de aprendizado de máquina especializados está caindo rapidamente com o aumento da demanda global. Combinado com a explosão de sensores microscópicos de baixo custo e a implantação de redes de banda muito larga, impulsiona para uma década em que cada dispositivo se tornará inteligente. O brinquedo do seu filho lembrará o rosto e o nome dele. O drone de seus filhos seguirá com segurança e diligência e filmará todas as crianças na festa de aniversário. Os aparelhos responderão a comandos de voz e anteciparão suas necessidades.
(7) A IA alcançará o nível humano de inteligência: como previsto pelo tecnólogo e futurista Ray Kurzweil, a inteligência artificial atingirá o desempenho no nível humano nesta década (até 2030). Nos anos 2020, os algoritmos de IA e as ferramentas de aprendizado de máquina serão cada vez mais abertos, disponíveis na nuvem, permitindo que qualquer pessoa com conexão à Internet complemente sua capacidade cognitiva, aumente sua capacidade de resolução de problemas e construa novos empreendimentos por uma fração do custo atual. Essa metatendência será impulsionada pela convergência de: conectividade global de alta largura de banda, redes neurais e computação em nuvem. Todos os setores, abrangendo design industrial, saúde, educação e entretenimento, serão impactados.
(8) A colaboração AI-Humana disparará em todas as profissões: a ascensão das plataformas “AI como serviço” (AIaaS) permitirá que os humanos façam parceria com a IA em todos os aspectos de seu trabalho, em todos os níveis, em todos os setores. As IAs se tornarão parte das operações comerciais diárias, servindo como colaboradores cognitivos para os funcionários – apoiando tarefas criativas, gerando novas idéias e combatendo inovações anteriormente inatingíveis. Em alguns campos, a parceria com a IA se tornará um requisito imprescindível. Por exemplo: no futuro, fazer certos diagnósticos sem a consulta da IA poderá ser considerado negligência.
(9) A maioria das pessoas se adaptará a um tipo de JARVIS “shell de software” para melhorar sua qualidade de vida: à medida que serviços como Alexa, Google Home e Apple Homepod se expandem em funcionalidade, esses serviços acabam migrando para fora de casa e se tornando sua prótese cognitiva 24/7 . Imagine um shell de software tipo JARVIS seguro, que você dê permissão para ouvir todas as suas conversas, ler seus e-mails, monitorar sua biologia química no sangue, etc. Com acesso a esses dados, esses shells de software habilitados para IA aprenderão suas preferências, anteciparão suas necessidades e comportamento, fará suas compras , monitorará sua saúde e ajudará a resolver problemas em apoio às suas metas e desejos de médio e longo prazo.
(10) Energia renovável barata e abundante em todo o mundo: os contínuos avanços nas redes solar, eólica, geotérmica, hidrelétrica, nuclear e localizada conduzirão a humanidade a energia renovável barata, abundante e onipresente. O preço por quilowatt-hora cairá abaixo de 1 centavo por quilowatt-hora para as energias renováveis, assim como o armazenamento cairá abaixo de 3 centavos de dólar por quilowatt-hora, resultando em um profundo deslocamento dos combustíveis fósseis no mundo. Como os países mais pobres do mundo também são os mais ensolarados, a democratização das tecnologias de armazenamento novas e tradicionais garantirá abundância de energia para aqueles que já estão banhados pela luz solar.
IMAGINAR NEWSLETTER: Fazendo a INOVAÇÃO acontecer
Falar de inovação é sempre muito mais fácil do que torná-la um processo sistêmico na empresa. Os modelos tradicionais que vieram do século passado eram lineares, centrados em pequenas equipes (P&D) e eram uni-direcionais. Ou seja, a empresa criava o que ela achava que o consumidor queria e empurrava para o mercado o seu produto, serviço, tecnologia ou processo. Com a virada do século, este processo foi catapultado com a conectividade. Hoje, quem decido o que usar, quando e onde comprar é o consumidor. As empresas para sobreviverem estão tendo que criar novos processos para endereçar rapidamente a constante e intensa mudança de hábito dos consumidores. Que são muito mais exigentes, mais demandantes e compram experiência pelo menor preço e de qualquer lugar o planeta.
Nem sempre esta tarefa de inovar é fácil! Existe um glamour na palavra e no processo. Mas o que de fato acontece é um grande desafio na hora de fazer a inovação acontecer. Algumas empresas chegam até mesmo a desistir e alegam que inovação é feita em laboratórios e não em times multifuncionais. Outras empresas se gabam de estarem inovando, porém o que se percebe é que elas estão só melhorando aquilo que sempre fizeram. Mas a tarefa mais complicada fica para aqueles rebeldes inovadores que entram nas empresas tradicionais com a intenção de fazer a mudança, e descobrem que o desafio é mais difícil do que imaginam. Este artigo está endereçado principalmente para aqueles que querem achar um caminho para fazer a inovação acontecer….
Antes de entrar na discussão de estratégicas de como fazer , é bom listar alguns gargalos ainda presentes na maioria das organizações pelas quais tenho prestado consultoria nos últimos 5 anos.
1- Dificuldade de se entender problemas complexos. O mindset da organização ainda busca a solução de problemas identificando as suas causas como se elas fossem lineares ( todo efeito tem uma causa). A maior parte dos desafios atuais são complexos. Podem ter mais de uma causa, e normalmente estão interligadas.
2 – Falta de informações relevantes sobre o mercado. Normalmente é a ponta da cadeia de valor que detêm as informações sobre consumo. Para inovar é necessário entender o que está acontecendo no mercado, identificar gaps, testar soluções e co-criar. O desafio é como obter os dados sobre o mercado de consumo rapidamente.
3 – A linearidade dos processo operacionais. A departamentalização e as hierarquias são inibidoras de inovação. Os silos funcionais reforçam a homogeneidade dos times. Todos estes fatores precisam ser endereçados para que times multifuncionais com mais autonomia possam ter espaço para inovar.
4 – A mensuração de resultados dos desafios que para serem resolvidos precisam envolver mais de um departamento ou mais de uma unidade de negócio.
Talvez você até ache que INOVAÇÃO não deve fazer parte dos objetivos da sua empresa. Ou, até pode concluir que o design thinking ou SCRUM como metodologias para criar ou desenvolver não funcionam na sua organização ou setor. E, a inovação que parecia divertida, não é nada daquilo que se fala . Antes de desistir… quem sabe você poderia testar algumas das iniciativas abaixo.
1 – Mais execução e menos falação!
No mundo executivo “vender” uma ideia é um pr.ocesso que pode ser burocrático, demorado, e que requer inúmeros power-points e KPI’s. No mundo da inovação, mais importante é testar com o seu consumidor um protótipo (simples) para engajá-lo na co-criação. Começa com ideias que estejam dentro do seu escopo e do seu departamento. À medida que voce for ganhando confiança, vai expandindo a atuação, envolvendo times diferentes e departamentos ou unidades de negócio diferentes. Execute rápido para aprender rápido.
Os neurocientistas descobriram que prática é a melhor maneira de mudar o mindset de alguém. Mostre iniciativa conversando com os clientes, discutindo para parceiros e contrate talentos externos para acelerar o desenvolvimento. Você provavelmente ainda precisa produzir um power point, porém com dados e feedbacks mais tangíveis do comportamento dos clientes.
2 – Ganhe MOMENTUM
Momentum na física quando dois objetos colidem existe a troca de momentum de um objeto para outro. Ou seja, o objeto que sofre a colisão muda a sua rota. E a definição de momentum é a multiplicação da massa do objeto pela velocidade. Em uma organização, quando alguém gera momentum, ou um impulso este momentum acaba sendo transferido para outras pessoas.
Nas grandes organizações o segredo é evitar a analysis-paralysis. Comece com novas ideias dentro da sua área de responsabilidade. Cada nova ideia implantada gere momentum para a sua equipe. Os pequenos ganhos (small wins) segundo Teresa Amabile geram o princípio do progresso. A inovação corporativa nao precisa de um grande laboratório, ou de grandes investimentos. Precisa de um sucesso para você pode usar essa vitória para ampliar e ajudar mais equipes.
3 – Seja um Rebelde com causa!!!
No processo de desafiar o status-quo, a palavra NÃO será ouvida inúmeras vezes. A negativa não é pessoal. Faz parte da cultura e dos processos que são lentos na mudança e pouco flexíveis.
Você precisará a aprender a jogar nos dois lados: entender as limitações ao mesmo tempo que identifica caminhos para empurrar novas ideias. Isso significa entender os valores, seguir os principais comportamentos, cuidar dos KPIs, hierarquia e política, ao mesmo tempo que identifica os gaps e os possíveis apoiadores da sua ideia. Seja curioso, faça perguntas e aprenda como a organização opera. Por que estamos fazendo coisas assim? Poderia haver outra maneira melhor? Desafie constantemente como as coisas funcionam, sem o medo de parecer burro, experimente seu caminho para o sucesso. Ao experimentar e aprender a inovar na organização, você pode criar um conjunto de práticas personalizadas para a cultura da sua organização. Seja um rebelde COM CAUSA!!!
4 – Ache um patrocinador
Sem o apoio de alguém que está hierarquicamente acima do seu nível você terá muitas barreiras. Ganhe momentum encontrando o seu primeiro patrocinador – que precisará ter credibilidade organizacional suficiente para ser levado a sério; caso contrário, você estará remando contra a maré e limitando o seu potencial para para futuros investimentos / iniciativas. O patrocinador certo poderá vender a a sua ideia, mostrar o caminho e remover impedimentos.
O segredo é alinhar o seu problema e a solução proposta com os desafios do patrocinador. Talvez a primeira pergunta que você deve fazer é identificar quem sofre os maiores impactos com o problema que você quer resolver?
5 – Forme um time diverso e comprometido
Você precisa de um time de mindset de crescimento que seja capaz de tomar decisões rápidas e inteligentes. Treine para uma mentalidade ágil e enxuta. Dê autonomia e mensure os resultados do progresso no aprendizado, na construção da solução e da colaboração.
Se você não possui recursos internos ou competências suficientes, contrate fora. Seu time não precisa conhecer todas as ferramentas, telas, etc., mas deve ter o mindset de crescimento para solucionar obstáculos, não desistir, questionar o status quo, a falhar, aprender e solucionar rapidamente e pelo menor custo. Considere contratar um coaching por um período para ajudar a sua equipe na processo de ambidestria: desenvolver o novo enquanto entrega as atividade de performance da sua área.
resumo: Ação + Momentum + Patrocinador = inovação
Algumas ideias deste artigo foram extraídas do blog The startup
IMAGINAR NEWSLETTER: 2020 o início de uma década!!!
2020 é o começo de uma nova década. É difícil pensar na próxima década sem refletir quais as rupturas que estão a caminho. Algumas delas já estão dando sinais de profundas mudanças como a evolução/transformação do capitalismo, mudança climática, regulamentação e migração humana. A tecnologia está desmaterializando, desmonetizando e democratizando produtos, serviços e negócios. Os modelos organizacionais e os processos de colaboração formal ou informal poderão se tornar mais líquidos e fluídos. Mudando drasticamente o que conhecemos por emprego. Por isso, 2020 não será apenas o próximo ano, mas uma nova década. Onde a interseção entre tecnologia, ciência, saúde, negócios e governo poderá mudar de forma muito rápida. Haverão muitos riscos e muitas oportunidades. Qual o MINDSET que você irá entrar em 2020?
Enfrentar com coragem esta nova realidade é nossa única responsabilidade. Temos que ter consciência que se não fizermos NADA, o nosso cérebro com certeza fará o que ele mais sabe fazer: usar o conhecimento do passado para enfrentar o futuro que é volátil, incerto, complexo e ambíguo. Será que vai funcionar? Claro que não!!! Então o melhor é começarmos a planejar o futuro, montando o quebra-cabeça dos sinais que já estão no horizonte para nos ajudar a criar uma VISÃO do que teremos pela frente !!! Lembrando que a antecipação, permite planejamento, desenvolvimento e execução. Então, MÃOS À OBRA!!!
Geralmente cometemos erros quando tomamos decisões estratégicas sobre o futuro: ou subestimamos ou superestimamos a mudança. A razão? Os nossos viéses cognitivos. A incerteza e a ambiguidade são desconfortáveis, por isso, tomamos decisões rápidas, ao invés de avaliar estrategicamente o impacto de cada nova variável que possa surgir no horizonte. Não podemos resolver incertezas futuras, mas podemos nos preparar para pensar criticamente sobre sinais e impacto – e avaliar os cenários de possibilidade que podem impactar o futuro.
Segundo a Singularity University veremos na próxima década a aceleração da aceleração com oito grande áreas de transformação:
1 – Um computador com a capacidade de processamento equivalente ao processamento humano. Em 2025, com US $ 1.000 se poderá comprar um computador capaz de calcular 10.000 trilhões de ciclos por segundo, a velocidade de processamento equivalente do cérebro humano
2 – IoE (Internet of Everything) A conexão entre equipamentos, pessoas, processos e dados excederá 100 bilhões de equipamentos conectados, cada um deles com pelo menos mais 12 sensores conectados coletando dados. Isto significará uma revolução nos negócios além da nossa capacidade de imaginar. Cisco recentemente estimou que na próxima década haverá oportunidades equivalentes a $ 19 trilhões de novas receitas.
3 – Conhecimento Just in Time (JIT). Com um trilhão de sensores coletando dados em todos os lugares (carros autônomos, satélites, drones, sensores vestíveis, câmeras) o conhecimento será acessível em qualquer lugar, em qualquer momento para respostas, informações e insights JIT.
4 – 8 bilhões de pessoas conectadas com a velocidade superior a 1 megabit por segundo pelos milhares sistemas de satélites; Facebook (Athena), ElonMusk (SpaceX) Softbank e Qualcomm(OneWeb) e Google (Loom). Em uma década, 5 bilhões de novos cérebros entrarão no mercado global. Serão dezenas de trilhões de dólares fluindo na economia global. Os novos entrantes não entrarão no mundo digital como entramos há 30 anos atrás. Eles estarão conectados a uma velocidade de 1Mbps e acessarão Google, impressão 3D., os serviços online da Amazon Web Service (AWS), terão a inteligência artificial do Watson, crowdfunding, crowdsourcing, e muito, muito mais….
5 – Saúde uma nova realidade. Novos modelos de negocio para saúde estão surgindo. Saúde está migrando para a prevenção à medida que a neurociência, a biologia e a nanotecnologia estão desbravando o corpo humano. Milhares de startups, assim como Google, Apple, Microsoft, SAP, IBM, etc., estão investindo neste mercado de U$ 3.8 trilhões com modelos de negócios que estão desmaterializando, desmonetizando e democratizando um sistema caro, ineficiente e baseado na doença e não na saúde.
Os sensores (wearables) combinados com a Inteligência Artificial (IA) nos permitirá sermos gestores da nossa própria saúde. O sequenciamento em larga-escala dos genomas aliado ao aprendizado de máquina permitirá buscar a causa das doenças autoimunes, do câncer, os problemas cardíacos e indicará caminhos para a cura ou prevenção. Os cirurgiões robóticos poderão fazer cirurgias com precisões perfeitas, sem falhas por um custo irrisório (centavos de dólares). Nesta década poderemos refazer/imprimir com células tronca os nossos órgãos como coração, fígado, pulmões ou rins sempre que for necessário.
6 – Realidade virtual e aumentada. Bilhões de dólares estão sendo investidos para criar uma nova geração de telas e interfaces com o usuário por empresas como Facebook (Oculus), Google (Magic Leap), Microsoft (Hololens), Sony, Qualcomm, HTC.
A tela como a conhecemos – no telefone, no computador e na TV – desaparecerá e será substituída outros dispositivos como o óculos, ou lentes. O resultado será uma enorme interrupção em vários setores, que vão do varejo ao consumidor, imobiliário, educação, viagens, entretenimento e as formas fundamentais pelas quais operamos como seres humanos.
7 – A aceleração da Inteligência Artificial. Se você acha que a Siri (Iphone) é útil agora, a geração da Siri da próxima década será muito mais parecida com o JARVIS do Iron Man. Com recursos expandidos para entender e responder. Empresas como IBM Watson, DeepMind e Vicarious continuam desenvolvendo sistemas de IA de próxima geração. Em uma década, será normal você dar acesso à sua IA para ouvir todas as suas conversas, ler seus e-mails e digitalizar seus dados biométricos, porque a vantagem e a conveniência serão imensas.
8 – Blockchain. Você deve ter ouvido falar em bitcoin, que é a criptomoeda descentralizada (global), democratizada e altamente segura com base no blockchain. Mas a verdadeira inovação é o próprio blockchain, um protocolo que permite transferências digitais seguras, diretas (sem intermediárias), digitais de valor e ativos (pense em dinheiro, contratos, ações, IP). Investidores como Marc Andreesen investiram dezenas de milhões no desenvolvimento e acreditam que essa é uma oportunidade tão importante quanto a criação da própria Internet.
Resumo da Ópera: estamos entrando em uma década cuja única constante é a mudança, e a velocidade da mudança está se acelerando.… se o seu mindset for de crescimento, você deve estar vibrando com as infinitas possibilidades que terá pela frente…. porém, para que você consiga PERCEBER as mudanças e criar a SUA VISÃO de futuro é preciso que seu cérebro/corpo estejam atentos e focados.
5 Dicas para trabalhar o seu MINDSET em 2020:
1 – Crie a sua VISÃO e determine os seus objetivos. Se você imaginar claramente o que deseja alcançar e experimentar os sentimentos de prazer e recompensa associados a essa conquista você estará acionando sistemas neurológicos internos, produzindo química que ativa seu sistema de recompensa e ativando seu sistema de atenção que provavelmente irá te auxiliar na conquista dos seus objetivos. Patricia Peyton autora do livro Physical Intelligence acredita que o ato de visualizar objetivos “Aumenta nossa determinação, porque somos atraídos para essa recompensa futura”. “A visualização não apenas ajuda a garantir o sucesso, mas também a criar ritmo – e tira nossa mente do desconforto, dificuldade ou dor associada ao trabalho em direção à meta.”
2 – Crie um novo MINDSET. Faça de 2020 o ano em que você irá romper com o status quo e a zona de conforto. Se arrisque mais, aprenda mais, colabore mais, interaja mais, se inspire mais, se abra mais, erre mais. Seja modelo para seus colaborados inspirando-os, delegando, motivando, engajando e criando mais confiança e conexões entre você e o seu time. Começa se perguntando o que você gostaria de fazer diferente no seu trabalho que fale por você ou para você? E até mesmo, se pergunte: E se eu não fizer nada… quais seriam as consequências?
3 – Se comprometa com VOCÊ. Seu corpo e sua mente são um único sistema interligado. Para ter sucesso profissional você precisa ter saúde mental e física. Estar estressado inibe sua capacidade física de INOVAR. Você se torna prisioneiro do passado. Sendo controlado pelo seu sistema automático que está sempre simulando que tem um tigre correndo para te devorar. Neste modus operandi seu cérebro não pensa. Usa as memórias do passado para te dar sobrevivência. Além de ter dificuldade para inovar você tem baixa cognição. E, baixo nível de percepção. 5 dicas para você implementar na sua rotina: 1) sono de 7 a 8 horas por dia, durma antes da meia-noite. O sono profundo é que restabelece a nossa fisiologia. 2)Se alimente de coisas frescas, naturais e se possível orgânicas. Evite comidas processadas. 3) Exercite seu corpo. Cientificamente 10 mil passos por dia são suficientes para te dar saúde. 4) Aprenda a respirar pausadamente durante todo o dia. Use as respirações de coerência cardíaca pelo menos 5 vezes por dia, ou invista em mindfulness, ou meditação. Cientificamente todas estas técnicas aliviam o estresse. 5) Aprenda a se desconectar todas as noites. Tenha mais compaixão de si mesmo e dos outros. Seja grata pelas pequenas e pelas grandes conquistas. Pesquisas recentes mostram que gratidão e a compaixão gera coerência cardíaca que diminui o estresse, aumenta a viabilidade e equilibra o seu sistema imunológico.
4 – Repense o significado de poder e sucesso.
Muitas organizações estão se achatando e acabando com a hierarquia. Os comportamentos relacionados com comando-controle estão se desmaterializando. Autonomia e empatia são estados neurológicos que inspiram as pessoas a usarem o seu potencial criativo, a resolver problemas, a entender melhor os desafios e a inovarem. Sucesso em um mundo cada vez mais complexo só é obtido quando executado pela coletividade. O time será sempre melhor do que o indivíduo. Os caminhos estão cada vez mais ambíguos. Por isto, ter perceptivas diferentes, entendimentos diferentes ajudam a decifrar este quebra-cabeça cada vez mais desafiador. O poder e sucesso estão no time e não em você!
Sucesso no século XXI segundo Noal Yuval Harari é ser humilde, agradecido e fazer o melhor de si que se refletirá na coletividade. E, sem dúvida, aprender continuamente.
5 – Aumente as experiências positivas. Assim como saímos de um mundo linear para um mundo não-linear estamos prestes a ver uma mudança muito mais rápida e radical na maneira como ambientes centrados nas pessoas impulsionam exponencialmente o crescimento dos negócios. Novas tecnologias aliadas às ciências mostrarão os benefícios de se criar experiências positivas tanto no trabalho como nas vida pessoal. Busque ter experiências que te façam mais pleno, relaxado e em paz. Aprenda a compartilhar e a colaborar. Viva e crie experiências positivas para si mesmo e para os outros.
Nos ambientes corporativos uma reflexão importante. Empresas com culturas que instigam o mindset de crescimento (Desconstruindo o Mindset e Construindo Inovação) tendem a gerar mais inovação transformacional. Enquanto, empresas que criam ambientes com mindsets fixos tendem a gerar a inovação incremental que já não é suficiente para a longevidade dos negócios no século XXI. O líder é fundamental na geração do mindset organizacional. Abra espaço, aceite e seja modelo para cada colaborador criar suas próprias experiências positivas!!
VIVA 2020!!!
IMAGINAR NEWSLETTER: exercício ajuda a INOVAR?
Os avanços da tecnologia começam a consolidar conhecimentos que já são lugar comum no cotidiano das pessoas que são fissurados com o esporte. Exercitar faz MUITO BEM! Se o exercício fosse uma droga, diríamos que seus benefícios eram bons demais para ser verdade. Não apenas nos mantém saudáveis e nos ajuda a viver mais, como também nos torna mais inteligentes e felizes. O treino pode melhorar a memória, a cognição, o tempo de reação, melhorar a atenção e aliviar a depressão. Pode até evitar doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer e Parkinson.
Na última década, os cientistas começaram a descobrir que o exercício aumenta os níveis de hormônios e neurotransmissores que ajudam a aumentar as sinapses cerebrais e a produzir neurogêneses (formação de novos neurônios) na área subcortical do cérebro conhecida como hipocampo – parte do cérebro que codifica e recupera memórias.
Segundo o pesquisador Fernando Gomez-Pinilla, professor do Departamento de Biologia Integrativa e Fisiologia da UCLA, toda vez que você se exercita, seus músculos, células adiposas e fígado liberam moléculas na corrente sanguínea que circulam pelo corpo e viajam até o cérebro. Dentro do cérebro estas moléculas desencadeiam uma cascata de mudanças benéficas. A mais importante é a liberação do hormônio do crescimento chamado fator neurotrófico derivado do cérebro, ou BDNF.
O BDNF é um membro da família de proteína homólogas conhecidas como neurotrofinas, e tem um papel central no desenvolvimento, fisiologia e patologia do sistema nervoso; como também em processos relacionados à plasticidade cerebral como a memória e o aprendizado” (Yamada et al., 2002).O BDNF ajuda o cérebro a construir novas conexões, ou sinapses, entre neurônios – um processo chamado plasticidade sináptica que, acredita-se, é a base do aprendizado. As células se comunicam através dessas conexões, tanto dentro como através das áreas do cérebro. Por exemplo, neurônios no hipocampo criam sinapses com células no córtex pré-frontal, outra região que se beneficia significativamente do exercício. É no córtex pré-frontal que muitas das nossas funções executivas – tomada de decisão, planejamento, criatividade, inovação se originam.
O efeito mais notável do BDNF induzido pelo exercício desencadeia o crescimento de novas células cerebrais no hipocampo, um processo chamado neurogênese. Este processo aumenta a função das células-tronco no cérebro, preenchendo o hipocampo com novas células saudáveis que aumentam o poder do cérebro. Isto quer dizer mais INOVAÇÃO!!!!
Fazer exercício eleva neurotransmissores como serotonina, dopamina e opióides endógenos (conhecidos como endorfinas), que são críticos para regular o humor, a motivação e ativar o sistema de recompensa no nosso cérebro.
Qual o melhor tipo de exercício é melhor para o seu cérebro? As pesquisas realizadas têm sido realizadas utilizando a prática de exercícios aeróbicos moderados como corrida, mas evidências recentes sugerem que o levantamento de peso e o treinamento intervalado de alta intensidade também são bons para você. Julia Basso, pesquisadora associada do Departamento de Nutrição Humana, Alimentos e Exercícios da Virginia Tech, sugere que exercícios de maior intensidade proporcionam benefícios cognitivos mais intensos. Porém, o aumento de humor ocorre independentemente da intensidade da atividade. “Quanto mais você aumenta sua frequência cardíaca, mais benefícios cognitivos de longo prazo você terá”.
Dica: times de inovação deveriam incorporar a prática do esporte nas suas rotinas diárias. O esporte produz o BDNF que gera uma série de hormônios benéficos que neutralizam o cortisol no sangue. Este procedimento aumenta cognição. Como mensurar se de fato o time está preparado para inovar? A neurociência indica dois caminhos: mensurar a coerência cardíaca do time para se medir o nível de estresse ou fazer um teste de saliva para determinar o nível de cortisol antes de se iniciar um processo de geração de idéias. O Instituo HeartMath desenvolveu sensores que permitem que a coerência cardíaca seja facilmente aplicada no ambiente corporativo. Os sensores colocados no lóbulo da orelha ou no dedo medem a variabilidade cardíaca. A variabilidade cardíaca cientificamente representa se o sistema nervoso autônomo (SNA) esta em estado de equilíbrio (coerência) ou em desequilíbrio (incoerência). No caso da incoerência, exercícios respiratórios podem ser usados nas reuniões de design thinking para aumentar a capacidade cognitiva da equipe. Com o SNA equilibrado, o acesso a área pré-frontal é facilitada para se gerar novas conexões e gerar INOVAÇÃO.
IMAGINAR NEWSLETTER: Diversidade e Inovação (2)
Este é o segundo post sobre o tema da diversidade. Neste post, vamos aprofundar o tema da diversidade trazendo indicadores e resultados de pesquisas realizadas nos últimos anos que comprovam que a homogeneidade das empresa pode ser uma grande barreira para os desafios do mundo VUCA. Século passado tínhamos problemas, que eram resolvidos com agilidade, inteligência de mercado, análise, benchmarking, gestão de processos, etc… para minimizar os impactos da incerteza e da volatilidade. Agora, os desafios são na verdade paradoxos, para os quais as soluções aparentemente são o oposto do que alguém pensa ser a verdade”. O mais desafiador é que os problemas e os paradoxos se confundem e se entrelaçam dentro do ambiente organizacional. Quem define e dá a palavra final é a percepção do gestor. Que pode ser enviesada em função do seu MINDSET. Mindset fixo são sempre gestores mais resistentes e com mais dificuldade de olhar o novo como uma oportunidade de aprendizado Portanto, estes gestores têm mais dificuldades de lidar com os paradoxos organizacionais. Enquanto os gestores de mindset de crescimento estão mais preparados para perceber que existem possibilidades diferentes para se resolver desafios novos. Estes gestores têm uma percepção mais ampliada do desafio e portanto maior capacidade de perceber a diferença entre um problema e um paradoxo. O primeiro grande desafio atual do gestor é : como distinguir um problema de um paradoxo?
Barry Johnson autor da gestão de paradoxo define paradoxo como elementos contraditórios, inter-relacionados que co-existem dentro de uma organização simultaneamente e resistem ao longo do tempo. As tensões paradoxais são formadas por meio de diferentes fontes , entre elas as mensagens ambíguas, os ciclos recursivos e as contradições do sistema. São forças que coexistem ao mesmo tempo como por exemplo: eficiência e inovação; controle e autonomia; qualidade e custo; incremental e radical; curto prazo e longo-prazo. As reações a essas tensões podem causar ciclos viciosos de resistências que decorrem de forças organizacionais como inércia, mindset que geram estresse e ansiedade. Estes ciclos viciosos prejudicam desempenho e a INOVAÇÃO. Por outro lado, quando a empresa aprende a lidar com os paradoxos as respostas se tornam mais efetivas e possibilitam desencadear a criatividade, o aprendizado contínuo, a colaboração que levam ao crescimento e a prosperidade organizacional.
Diversidade tem sido apontada como um mecanismo eficaz para lidar com os paradoxos do mundo VUCA. Pois, os times diversos cientificamente tem correlação positiva com o resultado da INOVAÇÃO. O Boston Consulting Group – BCG – entrevistou mais de 1700 empresas em oito países diferentes como (Austria, Brasil, China, França, Alemanha, India, Suíça, e os EUA) em vários setores industriais diferentes em 2017, examinando a diversidade em seis dimensões—gênero, idade, nacionalidade, carreira, experiência profissional em determinada indústrias e educação. Para avaliar a inovação foi identificado o percentual de receita de novos produtos e serviços nos últimos três anos. As empresas que tiveram o nível de diversidade do seu nível de gestores acima da média tiveram a receita de inovação 19 pontos percentuais acima das outras empresas que tiveram o nível de diversidade abaixo da média ( 45% do percentual de receitas de novos produtos em comparação com 26% do receitas). Das seis dimensões analisadas as que menos impactaram o nível de inovação foram idade e educação.
A pesquisa realizada pela McKinsey com 366 empresas públicas (2015 McKinsey report) mostrou que as empresas que privilegiavam a etnia e a diversidade racial no seu quadro de gestores tinham 35% mais probabilidade de apresentar resultados financeiros acima da média da indústria. Além disso, um outro estudo realizado pelo BCG (study) em parceria com a Technical University of Munich mostrou que as empresas que apresentam 20% de mulheres nos níveis de gestão apresentam 10% a mais de receitas de inovação. Estas pesquisas reforçam que a diversidade amplia a percepção dos gestores aumentando a capacidade organizacional de solução de problemas e principalmente, aumenta a resiliência organizacional para conviver com os paradoxos do século XXI.
Por outro lado, a entrega de valor para o consumidor requer um profundo entendimento da jornada do cliente para possibilitar uma experiência diferenciada da solução em relação à concorrência. A menos que a base de consumidores da empresa seja homogênea, a diversidade aumenta a habilidade de enxergar as perspectivas do consumidor com perspectivas totalmente diferentes. Aumentando a possibilidade de maximizar a jornada do consumidor. Se no time de inovação não tiver um representante do mercado a ser atendido, ou que tenha o mesmo background, ou formação, ou interesse ou necessidades semelhantes, muito provável que o time de inovação tenha um ponto cego para identificar as necessidades não-atendidas.
Frans Johansson, em seu livro o Efeito Médici, descreve o fenômeno do renascimento como resultado do investimento feito pela família de Médica ao trazer de toda a Europa para a região de Florença, escultores, pintores, filósofos, inventores e arquitetos. Juntos todas estas mentes desencadearam uma explosão de ideias – uma das eras mais criativas da história da Europa.
Howard Gardner, professor de cognição e educação da Havard Business School, define diversidade em tipos de mindset que serão importantes para construir uma organização bem-sucedida. O primeiro é o mindset disciplinado. Alguém mestre em história, matemática, ciências, direito, medicina, administração ou qualquer outra disciplina, e pela sua dedicação e disciplina atingiu o auge da formação e conhecimento. O segundo é o mindset sintetizador. Alguém adequado para adaptar e melhorar. Avalia e processa informações de uma maneira que faça sentido para todos. O terceiro é o mindset criador. Aquele que abre novos caminhos para o seu negócio. Oferecem novas formas de pensar que impulsionam a produção criativa do seu negócio. O quarto é o mindset social. Aquele com uma sociabilidade intrínseca aprendida com seus pais, amigos e na escola. Alguém que pode ter sido exposto a várias culturas desde tenra idade. Essa pessoa é a cola que mantém o local de trabalho unido e permite que todos trabalhem efetivamente entre si, interna e externamente. Por fim, o quinto é o mindset ético. O altruísta. Diferente da mente respeitosa, o mindset ético é “o espectador imparcial da equipe”. Seu foco está na comunidade. A maioria das pessoas não diria nada se visse um gerente fazendo algo errado ou injusto, porque se preocuparia com a segurança de seu trabalho, certo? Esse tipo de mindset garante que o gerente pague pelas consequências. Ele ou ela age eticamente, independentemente de seu relacionamento com uma pessoa. Você precisa dessa pessoa para manter seus negócios em um estado saudável, equilibrado e justo.
É importante observar que esses mindsets podem ter qualquer tipo de função. Você pode encontrar um contador que tenha um mindset criador ou um gerente de operações que tenha uma mente ética. O tipo de mindset não se aplica apenas ao tipo de função. Do mesmo modo, a diversidade não se aplica apenas às cores da pele, raça, gênero ou formação. O modo como nos desenvolvemos mentalmente tem muito a ver com as experiências e como formamos as nossas memórias que são os filtros que usamos para criar as nossas realidades.
Cinco competências essenciais o mindset do mundo VUCA:
Auto- conhecimento: invista tempo para perceber como VOCÊ pensa. Perceba em que momentos as suas emoções são mais fortes ou quando as suas emoções te impulsionam para reações impulsivas.
Auto-controle – escute mais e seja paciente. Controle a sua vontade de dar uma opinião precipitada. Respire fundo antes de emitir uma opinião que seja emocional.
Curiosidade – interesse pelo diferente, desigual e novo. Abertura a diferentes perspectivas e experiências.
Humildade – reconhecer que existem maneira diferentes de ver o mundo e que todas têm pontos positivos e lições a serem aprendidas.
Resiliência – Errar, aprender e recomeçar continuamente. Saber lidar com o desconforto, conflitos, dilemas e paradoxos que surgem do mundo VUCA.