Videogame melhora ou não capacidade cerebral???

Uma equipe da Universidade Aberta da Catalunha (Espanha) fez uma meta-análise,  com 116 estudos científicos, 22 dos quais analisaram as mudanças estruturais no cérebro e 100 das quais analisaram mudanças na funcionalidade cerebral e/ou no comportamento.

Jogar videogame pode mudar nosso comportamento, a forma como nossos cérebros funcionam e até mesmo sua estrutura. Eles afetam a atenção, como a atenção sustentada ou a atenção seletiva. As regiões cerebrais envolvidas na atenção também se tornam mais eficientes nos jogadores e exigem menos ativação para manter a atenção em tarefas mais exigentes.

Há evidências de que os videogames podem aumentar o tamanho e a eficiência das regiões cerebrais relacionadas às habilidades visuoespaciais. Por exemplo, o hipocampo direito mostrou-se ampliado entre os gamers e voluntários que seguiram um programa de treinamento em videogames de longo prazo.

Por outro lado, os videojogos também podem ser viciantes. Os pesquisadores encontraram mudanças funcionais e estruturais no sistema neural de recompensas das pessoas viciados em jogos. Essas mudanças neurais são basicamente as mesmas observadas em outros transtornos de vícios.

“É provável que os videojogos tenham tanto efeitos positivos (na atenção e habilidades visuais e motoras) quanto aspectos negativos (risco de dependência), e é essencial que assimilemos essa complexidade.”

Os resultados da meta-análise foram publicados na revista Frontiers in Human Neuroscience.

FlyPi – brasileiro democratizando a ciência

André Maia Chagas, brasileiro, atualmente na Universidade de Tubingen, na Alemanha, acaba de apresentar o “FlyPi” – um sistema de imageamento e microscopia de baixo custo com capacidade suficiente para ser usado em pesquisas científicas, em neurociências e no treinamento de pesquisadores ou no ensino.

O “FlyPi”, que pode ser montado a partir de €100, consegue executar vários protocolos padrão de laboratório, incluindo microscopia de luz e fluorescência, optogenética, termogenética e estudos comportamentais em animais pequenos, como moscas da fruta, larvas de peixe zebra ou vermes C. Elegans.

O projeto é baseado em uma estrutura impressa em 3D que recebe um microcomputador Raspberry Pi, uma câmera, LEDs para iluminação e lentes simples, bem como um circuito de controle óptico e térmico baseado no Arduino, outro microcontrolador de código aberto.

Juntos, esses componentes custam menos de 100 euros  e podem ser modificados de acordo com os objetivos do laboratório. O grupo envolvido no desenvolvimento do FlyPi já ministrou cursos de impressão 3D, programação e montagem de equipamentos de laboratório do tipo faça você mesmo em universidades do Quênia, Uganda, Gana, Nigéria, África do Sul, Sudão e Tanzânia.

Todo o projeto do FlyPi pode ser encontrado no endereço https://open-labware.net/projects/flypi/.

Quem disse que a CHINA só copiava???? UISEE!!

Quem apostou que a China seria somente uma geradora de inovações melhoradas ou pirateadas… apostou errado!!! Com um grande apoio governamental as start-ups chineses estão despontando no horizonte global. Vejam o exemplos da UISEE de Beijing

UISEE criada em 2013 por Gansha Wu, engenheiro veterano e diretor dos laboratórios da Intel na China. Segundo Wu, depois de 16 anos de carreira na Intel, após participar de uma palestra do pesquisador de tecnologia Michael Malone, ele decidiu partir para a sua própria empresa. O que Malone disse foi que empresas que se arriscam moderadamente e se tornam cautelosas aumentam a probabilidade para o fracasso. Ou seja, “to be a leader is to design a future that is unpredictable and which nobody bets on.” Com quatro outros colegas Wu decidiu arriscar e criar o seu próprio futuro, buscando um caminho de incerteza, que está se tornando uma realidade mais presente para vários empreendedores chineses.

UISEE já estará comercializando com a sua versão elétrica de carro autônomo já em 2018. O seu carro é equipado com vários sensores incluindo sensores ultrassônicos. Pode ser operado de forma autônoma ou por controle remoto. Com bateria recarregada por wireless. A proposta é começar os testes em ambientes semi-controlados como parques, universidades, aeroportos, etc.  para coletar dados e fazer ajustes. Abaixo foto do carro e foto de Gansha Wu

 

Comidas 3D

Wen Wang e seus colegas do MIT, nos EUA,  criaram comidas que assumem formatos 3D. Ao contrário dos diversos tipos de macarrão, que são fabricados já em seus formatos definitivos, esses alimentos podem ser produzidos, embalados e transportados na forma de folhas planas, economizando embalagens, frete e espaço nas prateleiras. Basta colocá-los na água que eles se transformam em formatos 3D. O objetivo é economizar espaço (67% da embalagem é ar)

O segredo desses alimentos transformers é uma bactéria (Bacillus natto) usada na culinária japonesa para fazer um disco conhecido como nattô. Em resposta à umidade, a bactéria muda de forma, se contraindo ou se expandindo. Um pouco de gelatina, que se expande naturalmente ao absorver água, compôs o restante da receita.

Faltava então programar o formato 3D da comida, o que foi feito aplicando tiras de celulose comestível sobre a camada de gelatina, exatamente nos pontos onde as dobras devem surgir. As tiras de celulose absorvem naturalmente muito pouca água, funcionando como uma barreira que controla a quantidade de água à qual a camada superior de gelatina é exposta. Aplicando a celulose em vários padrões sobre a gelatina, é possível prever a resposta da estrutura à água e definir as formas que ela irá assumir. (Site Inovação Tecnológica –  31/05/2017)

Trens de carga autônomos e independentes viajando a 400Km/h

Vagões autônomos e com motores próprios

Os engenheiros da Agência Espacial Alemã (DLR) estão envolvidos no projeto NGT Cargo (Next Generation Train, ou trens da próxima geração) para projetar um sistema de transporte ferroviário de cargas completo, incluindo os vagões e as locomotivas,  os sistemas de carregamento e descarregamento e toda a logística da operação do sistema.

Cada vagão funcionará como uma espécie de “contêiner ambulante”, que vá até a fábrica ou armazém, onde é carregado ou descarregado, e depois automaticamente se juntará a uma composição que irá até o destino final sem a intervenção humana.  Cada vagão terá seu próprio conjunto de propulsão elétrica e sistema de navegação autônoma, individual e inteligente podendo ir diretamente do cliente ou ao seu terminal logístico separadamente.

Trens do futuro terão vagões autônomos e inteligentes

Atualmente, para acoplar e desacoplar vagões responde por algo entre 30 e 40% do custo do frete, o que faz com que os vagões tenham uma velocidade média de 18 km/h entre a origem e o destino. A intenção dos projetistas é que as linhas principais de carga possam ter comboios viajando a até 400 km/h – eles esperam que os novos trens possam viajar nas linhas atuais entre 160 e 200 km/h.

Para isso,  os vagões do trem do futuro serão fechados e recobertos aerodinamicamente. E não haverá lacunas entre os vagões individuais, reduzindo a resistência do vento e gerando menos ruído.

Trens do futuro terão vagões autônomos e inteligentes
O sistema está sendo preparado para ser compatível com os trens de passageiros. “Várias locomotivas podem ser combinadas virtualmente durante o curso, no chamado acoplamento dinâmico. Com isso, elas formam um bloco de trem, embora não estejam fisicamente acopladas umas às outras.  (Site Inovação Tecnológica –  02/06/2017)

Espírito Santo mobiliza empresários para INOVAR

Em 2013, por iniciativa do Governo de Estado, foi feito um planejamento estratégico 2030, criando uma visão compartilhada do futuro com objetivos definidos em vários campos de atuação. Entre eles o de competitividade e inovação. Foi criado um comitê, entitulado  Espírito Santo em Ação  formado por empresários com o objetivo de tornar o estado competitivo tanto nacionalmente como mundialmente. Em busca de ideias inovadoras, novos produtos, investimento em energias renováveis, e investindo na capacidade de mudança e adaptação diante de crises. A reunião envolveu vários participantes e envolveu a participação das cooperativas que participam do projeto PAEX da Fundação Don Cabral. Uma grande mobilização do empresário Vinícius Ribeiro de Freitas da DVF. Parabéns para o estado pela iniciativa

Plasticidade do cérebro

Mito: seu cérebro  envelhece com a idade… ou seja se torna menos flexível – menos plástico – e que a aprendizagem pode, portanto, tornar-se mais difícil conforme os anos passam, já que o aprendizado induz alterações no cérebro. Verdade: a plasticidade ocorreu em uma parte do cérebro diferente daquela onde ocorre em pessoas mais jovens.

Pesquisa demonstrou que quando os voluntários da terceira idade aprenderam uma nova tarefa visual, eles simultaneamente apresentaram uma mudança significativa na matéria branca do cérebro. A substância branca é considerada a “fiação” do cérebro, formada por axônios, revestidos de um material chamado mielina, que torna a transmissão de sinais mais eficiente. Quando  os voluntários mais jovens apresentaram a plasticidade no córtex.

“Nós acreditamos que o grau de plasticidade no córtex fica mais e mais limitado conforme as pessoas envelhecem. No entanto, elas mantêm a capacidade de aprender, ao menos visualmente, alterando a estrutura da substância branca,” disse o Dr. Takeo Watanabe, coautor do estudo.

No grupo dos idosos verificou-se – um incremento de 20% ou mais nos resultados – os voluntários apresentaram uma associação positiva entre as alterações na substância branca e uma melhor aprendizagem. Mas entre o grupo de “aprendizes fracos” – incremento abaixo dos 20% – a tendência foi que a melhoria no aprendizado diminuiu com uma maior mudança da substância branca.

Os pesquisadores afirmam não saber o que faz uma pessoa idosa cair num ou noutro grupo, mas decididamente não é a falta de plasticidade cerebral, uma vez que ela ocorreu em ambosPlasticidade cerebral continua ocorrendo na terceira idade

O cérebro cria uma sinfonia para guardar informações

Lila Davachi e Andrew Heusser da Universidade de Nova York  em  estudo recente descobriram que os neurônios do cérebro funcionam de forma coordenada, semelhante a uma orquestra usando vários instrumentos para tocar uma sinfonia. Ou seja,  os pesquisadores constataram que  há um ritmo entre os neurônios para guardarem um sequência de informações.

No experimento,  os participantes foram monitorados usando magnetoencefalografia (MEG) que captura medições dos minúsculos campos magnéticos gerados pelos neurônios. Os voluntários viam uma série de seis objetos comuns – como uma borboleta, um fone de ouvido etc. -, um de cada vez, na tela do computador. Alguns momentos depois, eles tinham que tentar lembrar a ordem dos objetos.

Quando a ordem dos objetos foi “corretamente codificada no cérebro”, a atividade gama – ondas cerebrais de alta frequência – associada com cada objeto foi temporalmente ordenada ao longo de uma oscilação teta – ondas cerebrais de baixa frequência, mais lentas – de modo que a atividade gama para o objeto 1 precedia a atividade relativa ao objeto 2, e assim por diante.

Cérebro usa

Por outro lado, quando os voluntários lembravam a ordem dos objetos de forma incorreta, a atividade gama não apresentava nenhum padrão discernível, ainda que alcançasse a mesma frequência.

“Quando oscilações específicas estão em sintonia umas com as outras, nós lembramos a ordem. Mas quando elas não estão, nós não nos lembramos da sequência temporal,” resumiu Lila.

Os resultados foram publicados na revista Nature Neuroscience

Space X lançando satélites por $200K

Space Exploration Technologies Corporation, ou simplesmente SpaceX,  foi criada em 2002 pelo Elon Musk com o objetivo de criar tecnologias capazes de reduzir os custos do transporte espacial. Recentemente a SpaceX fez 2 lançamentos no mesmo final de semana. O primeiro foi um satélite lançado na Flórida,  reaproveitando um Falcon 9. O segundo, foram 10 satélites lançados na Califórnia usando uma versão mais recente do Falcon 9. A Space X já aterrizou com sucesso 13 dos seus foguetes. Segundo seu presidente Gwynn Shotwell, o reuso dos boosters pode reduzir pela metade o custo de lançamento de foguetes.

O futuro: foquetes recusáveis podem desmaterializar e desmonetizar os voos espaciais. Se a SpaceX usar os seus foguetes de forma regular, o custo de uma missão espacial que hoje está em torno de 16 milhões de dólares (custo de um Falcon 9 novo)  poderá cair para 200 mil dólares

Exercício cognitivos melhora capacidade para INOVAR

Diferentes tipos de exercícios fazem bem ao cérebro: o treinamento cognitivo melhora a função executiva do cérebro, enquanto a atividade física aeróbica melhora a memória.

Experimentos realizados com adultos saudáveis comprovaram que exercícios mentais – o treinamento cognitivo – geraram mudanças positivas na função executiva cerebral, bem como um aumento de 7,9% no fluxo cerebral global, em comparação com os adultos que participaram de um programa de exercícios aeróbicos. Porém, a memória só melhorou para aqueles que praticaram exercícios físicos.

 

O grupo de exercício aeróbico registrou melhorias na memória, tanto imediata quanto de longo prazo, que não foram vistas no grupo de treinamento cognitivo.

O grupo dos exercícios mentais e de raciocínio apresentou melhoras em funções executivas do cérebro, como atenção, raciocínio integrativo e solução de problemas (INOVAÇÃO!!!!).

“Nós podemos perder de 1 a 2 por cento do fluxo sanguíneo cerebral global a cada década, a partir dos 20 anos. Ver um aumento de quase 8% no fluxo sanguíneo cerebral no grupo de treinamento cognitivo pode ser visto como recuperar décadas de saúde do cérebro, já que o fluxo de sangue está associado à saúde neural,” disse a Dra. Sandra Bond Chapman, da Universidade do Texas em Dallas (EUA), principal autora do estudo.

O estudo foi publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience.