IMAGINAR NEWSLETTER: ativando o sistema imunológico…

BOA NOTíCIA: As experiências com droxychloroquine & Azithromycin usados no tratamento da malária e como antibiótico tem mostrado resultados positivos. O gráfico abaixo faz referência ao artigo de Gautret et al. (2020)e mostra os testes realizados.

 

Enquanto as vacinas e as terapias preventivas como a vista no gráfico acima estão em processo de desenvolvimento para combater a pandemia do CV19 duas possibilidades já estão disponíveis: a imunoterapia e o processo natural de ativação do seu sistema imunológico. Vamos pincelar sobre estas duas possibilidades neste artigo.

A imunoterapia tem apresentado resultados positivos no tratamento de outras doenças como cancer e doenças que afetam o sistema imunológico. O processo utiliza células tronco originárias do próprio sistema imunológico, como por exemplo, o uso dos restos de uma placenta pós-parto para destruir as células doentes. A  Celularity fundada pelo cientista pioneiro em medicina celular Bob Hariri, já está em estágio clínico no FDA para tratamentos comerciais de cancer, inflamações e doenças degenerativas.

Um sistema imunológico saudável reduz as chances de uma infeção viral. O que também não é infalível, porém as chances são reduzidas. 4 dicas importantes para ativação natural do sistema imunológico:

  1. Redução do nível de estresse: A Imaginar Solutions trabalha com tecnologia desenvolvida pelo Instituto HeartMath que equilibra o sistema nervoso autonômico – treinando pessoas a atingir nível de coerência cardíaca – aumentando performance cognitiva e ativando sistema imunológico.
  2. Exercícios: Mesmo em tempo de isolamento social é possível criar uma rotina para praticar exercícios em casa.
  3. Sono:Cientificamente 8 horas de sono são fundamentais para fortalecer o sistema imunológico. Se você tem dificuldade em dormir a prática de relaxamento, yoga ou a própria respiração HeartMath pode ajudá-lo a reverter o quadro de poucas horas de sono
  4. Redução do nível de álcool e o uso de multivitaminas A, B6, C, D e E e uma alimentação rica em alimentos vegetais como folhas verde escuras como brócolis, espinafre, couve, etc e gengibre, cúrcuma, abacate, frutas cítricas, e as nozes em geral

 

 

 

IMAGINAR NEWSLETTER: CV19 uma lição a ser apreendida

Impressionante como os impactos do mundo VUCA estão mudando o MINDSET global – forçando a mudança de hábitos e acelerando os avanços tecnológicos para resolver o desafio do CV19.  Algumas das novidades tecnológicas estão abaixo… confira


A china construiu um robô  para ajudar  médicos a combater o COVID-19. Esse ‘robô de coronavírus’ tem um braço robótico móvel  – o mesmo usado nas estações espaciais – que pode executar uma várias tarefas, incluindo testes de ultrassom e cotonetes na boca e ouvir sons emitidos pelos órgãos de um paciente. Evitando contato direto com os pacientes. Foi idealizado pelo Professor Zheng Gangtie da Universidade de Tsinghua quando Wuhan fez o Lockdown (link para a matéria)

Budmen Industries, Syracuse, New York, está imprimindo visores hospitalares usando impressora 3D, já que a pandemia está deixando várias localidades desprovidas de equipamentos necessários para proteção dos enfermeiros e médicos (matéria no link)

 

Moderna poderá fazer teste experimental da vacina contra COVID-19 para os enfermeiros e médicos até o outono americano. A solução sendo testada pela Moderna é uma parceria como o Instituto Nacional de Alergia e doenças infeciosas e a vacina com maior potencial para entrar em fase de teste clínico em humanos. Existem outras vacinas ainda em desenvolvimento em outras localidades, assim como tratamentos imunológicos, porém somente Moderna está na fase de teste clínicos (link para a materia).

IMAGINAR NEWSLETTER: Como funciona o seu cérebro (1)

O assunto da neurociência aplicada aos processos organizacionais está tomando direcionamentos interessantes. Parece que as empresas estão começando a entender que tem barreiras neurológicas que precisam ser endereçadas para a INOVAÇÃO acontecer.

Em Julho/Agosto de 2013 a Harvard Business Review publicou um artigo interessante sobre neurociência aplicada para o ambiente organizacional escrito  Adam Waytz e Malia Mason. Adam é professor de gestão e organização da Kellog  School of Northwestern University, e  Malia Mason é diretora de pesquisas cognitivas da Columbia Business School. Ambos doutores e pesquisadores discutiram vários aspectos da neurociência no processo de inovação e criatividade. Extrai alguns trechos do artigo e neste especificamente vou falar do Default Network. Complementei com descobertas mais recents, pois já se passaram cerca de 7 a 8 anos desde a publicação do artigo e a tecnologia tem avançado rapidamente.

As novas ferramentas e descobertas já indicam com um nível de precisão bem melhor de como a neurobiologia do cérebro pode ser usada para gerar pensamento criativo; entender o processo de recompensa; o papel da emoção na tomada de decisão e as oportunidades e armadilhas da multitarefa.
Uma das descobertas mais emocionantes da neurociência
na última década foi saber que o cérebro nunca descansa. Trabalha dia e noite. Durante períodos de vigília, quando o cérebro não está focado em qualquer pensamento específico (quando você está divagando… por exemplo), uma rede distinta de regiões cerebrais ainda continua ativada. Este sistema é conhecido por Default Network. A simples descoberta desta rede já é uma inovação, pois agora se sabe que o cérebro gasta um tempo considerável processando conhecimento existente. Anteriormente, se pensava que o processamento era destinado apenas para as informações novas captadas pelos cinco sentidos.

O Default Network também é responsável por uma das nossas habilidades mais valorizadas: transcendência. Que é a capacidade de
imaginar. Imaginar como é estar em um lugar diferente, estar em uma hora diferente, pensar com a cabeça de uma pessoa diferente. Durante a transcendência, o cérebro das pessoas “se desloca” do ambiente externo, pára de processar estímulos externos e se internaliza para processar os conhecimentos já existentes na memória de longo-prazo.

As pesquisas dos últimos 20 anos do Instituto HeartMath do qual sou certificada e parceira, mostram que as pessoas que atingem a coerência cardíaca, que é o equilíbrio entre o sistema parassimpático e o simpático, conseguem equilibrar simultaneamente todos os sistemas do corpo: emocional, fisiológico, mental e espiritual. No estado de coerência qualquer pessoas pode acessar o que é chamado de intuição implícita. O termo intuição também pode ser entendido como insight.

Quando temos um problema e não conseguimos resolver imediatamente, o cérebro inconsciente se debruça sobre o problema. É comum quando estamos no banho, andando em um parque, fazendo caminhadas ou praticando um esporte, a solução do problema surge inesperadamente na nossa mente. Este tipo de processo implícito  que aciona o Default Network envolve um período de gestação – às vezes longo –  seguido de ativação neurológica para solução do problema antes de repentinamente algo surgir na sua cabeça. Quando se entra em coerência cardíaca que leva ao equilíbrio de todos os sistemas neurológicos e fisiológicos do corpo, a solução do problema aciona o que o HeartMath chama de conhecimento implícita ou insight ou intuição implícita e a solução vem imediatamente a sua mente.

Em artigos anteriores e também no meu livro Desconstruindo o Mindset e Construindo Inovação menciono que captamos através do nossos 5 sentidos algo em torno de 11 bilhões de bits de informações inconscientemente. Deste volume de informações, somente 15 a 50 bits se torna consciente. Grande parte destas informações permanecem armazenadas no longo-prazo, porém, esta matemática já nos mostra que temos muito mais informações armazenadas inconscientes do que consciente. Portanto, quando voce acessa e entra no período de incubação, que ativa o seu Default Network, voce ativa o acesso a esta rede infinita de conhecimento armazenada que você nem sabe que sabe. Por esta razão, a incubação, o ócio criativo é importante para o processo de inovação. A ressalva que é importante ser feita é que para estar em coerência e acessar o Default network precisa de intencionalidade. O que é isto? Não basta simplesmente se desligar, é preciso ter a vontade de entrar em coerência como também se focar na tarefa de se interiorizar. É preciso ter foco, vontade, disciplina e intencionalidade. Para começar é preciso sair de perto do computador, laptops, desligar o celular, desligar o telefone e se conectar internamente por um determinado período. Por exemplo, durante 15 a 20 minutos.  A meditação também é uma ferramenta eficaz para ativar o Default Network.

Dicas para ativar o seu Default Network e entrar em coerência:

  • busque um lugar tranquilo e sem interrupções e se desconecte do trabalho, equipamentos e qualquer interrupções
  • Em uma posição relaxada comece a inspirar e expirar pausadamente no seu tempo, tentando a cada respiração aprofundar e se internalizar
  • Foque a sua atenção na parte central do peito como se a sua respiração estivesse saindo desta região
  • Fique neste estado pelo menos uns 5 a 10 minutos
  • Faça mentalmente uma pergunta e observe os insights que virão como resposta para a sua pergunta
  • Nao julgue, so anote mentalmente

Nos próximos artigos vamos trazer novas abordagens do artigo da Harvard Business Review e como as descobertas da neurociência podem ajudar você e sua empresa a inovarem.

IMAGINAR NEWSLETTER: Inovação não é o que se imagina!

Depois de 23 anos ou mais atuando como CEO, consultora ou professora da disciplina de inovação, posso dizer que existe uma grande gap entre os que os executivos entendem por inovação e o que inovação realmente É!!! Bom… então o que é inovação? Existe um falso entendimento de que a inovação é simplesmente criar algo novo. Existe uma escala de criatividade para criar algo novo. No primeiro nível desta escala voce cria algo novo em cima de algo que já existe. Isto é incremental. No segundo nível você pode criar algo novo ou usando uma alavanca de tecnologia nova ou criando um novo modelo de negócio.  A ultima etapa desta escala é quando se cria algo totalmente novo, sem precedentes anteriores.

A trajetória de desenvolvimento da inovação provou repetidas vezes que este tipo inovação conhecida por inovação transformacional não é simplesmente fazer algo novo, é destruir a ordem existente das coisas e pensar em um novo mercado, com uma nova solução. É por isso que quase todas as organizações estabelecidas falam de inovação incremental ou de modelo de negócio mas, são avessas à inovação transformacional.  Este tipo de  inovação é uma ameaça existencial para os gestores, incluindo os próprios inovadores.  E o pior… é que ela nasce primordialmente FORA da empresa líder de mercado. Ela é oriunda de um MINDSET totalmente diferente do MINDSET atual da empresa.

A inovação transformacional que aconteceu no setor de papel que digitalizou os documentos que eram copiados não foi antecipada pela liderança da Xerox, certamente não na rápida escala de tempo da revolução digital. Se tivesse sido prevista, provavelmente a “empresa de documentos” já teria entrado há muito mais tempo na tecnologia digital.
Quando vejo as empresas pensarem em inovação e falando em inovação disruptiva, na minha experiência, as empresas estão pensando em usar novas tecnologias para aumentar a performance do que já existe, ou mesmo criando uma nova linha de negócios… para o mesmo mercado. Veja por exemplo o caso do agronegócio. Estão investindo em tecnologias para transformar o trator em autônomo. Aumenta performance, cria um novo tipo de valor. Desloca o operador do trator do mercado reduzindo custo e aumentando performance…. porém, a tecnologia está trazendo as fazendas verticais. O que são fazendas verticais? São galpões reformados usando tecnologia LED para crescer folhagens orgânicas dentro dos grandes centros, economizando água, diminuindo a emissão de carbono porque a logística reduz drasticamente. Fazendas verticais são inovações transformacionais.  Provavelmente tornará  obsoleta alguma outra linha de negócios dos fabricantes de tratores!!!

Por que as empresas têm dificuldade com a inovação transformacionais?

É extremamente difícil criar ou entregar algo radicalmente novo sem adotar mudanças organizacionais profundas ao longo do caminho e sacrificar alguns de seus investimentos ou oportunidades existentes. Rejeitar a inovação é sempre mais fácil do que adotá-la. Aceitar a inovação transformacional gera estresse organizacional e requer fundamentalmente estratégia, processo e  cultura. Além da necessidade de alocar recursos que provavelmente será capital de risco!!!

Na verdade, em qualquer organização madura, a inovação tem um custo significativo, e esses custos estão aumentando. Afinal para transformar voce precisa criar ou inventar algo novo. Ou seja, com recursos escassos você precisa dispor de algo – jogar fora algo – processos, canais, produtos ou linhas de produtos, equipamentos de capital ou, no mínimo, tempo e dinheiro que poderiam ser dedicados a outra coisa – para apostar em algo NOVO não comprovado.
Infelizmente, às vezes somos pressionados a inovar por medo, ou tropeçamos em uma nova maneira de fazer as coisas sem pensar nisso, ou corremos para adotar algo novo porque nos apaixonamos por uma ideia ou uma tecnologia. Independentemente da causa, seja por medo ou falta de noção ou exuberância irracional, podemos nos ver mergulhando adiante com um plano incompleto, ou com nenhum plano. Isso normalmente não termina bem. Isto sem mencionar o desafio do MINDSET que permeia por todos os aspectos da inovação independente de ser incremental ou transformacional.

Quando se fala de estratégia para inovação que irá delinear o processo e formar a cultura no médio e longo prazo, pode-se dizer que a empresa pode ser ofensiva ou defensiva. A estratégia defensiva acontece porque algo está indo mal. As vendas caindo, os distribuidores reclamando, o nível de reclamação aumentando… Já a estratégia ofensiva você sai na frente de onde você e o resto do mercado ou setor estão. Ela cria mercados inteiramente novos, que molda o futuro das indústrias ou cria novos mercados. E embora a nova tecnologia muitas vezes contribua para a inovação ofensiva bem-sucedida, ela normalmente não é a principal. As inovações em design, engenharia de sistemas, marketing, mudança regulatória ou modelo de negócios são pelo menos tão propensas a impulsionar a inovação quanto a inovação tecnológica em inovações ofensivas bem-sucedidas. Como é o caso do Ipad.  Aos olhos de muitos o mercado de tablets foi “inventado” pela Apple . Porém, antes do iPad, havia o Newton que foi malsucedido e antes do Newton era o Psion Organizer verdadeiramente revolucionário – uma maravilha técnica dos anos 80 que não conseguiu ganhar força no mercado. A Apple conseguiu integrar os recursos técnicos e funcionais existentes ao design e marketing que criaram um produto atraente com apelo de massa. Ou seja, a principal inovação do iPad foi engenharia de sistemas, design e marketing, não tecnologia.

Quando não existe uma estratégia de inovação clara ela pode acontecer acidentalmente ou ser simplesmente ser algo reativo.  Se a Kodak tivesse realmente pensado nas implicações da fotografia digital para os negócios de filmes, eles poderiam ter matado o projeto ou se antecipado às tendências que destruiriam seus negócios principais. O que estrategicamente leva a uma reflexão de que a inovação pode ser algo que destrói para construir longevidade ou algo que melhora e se transforma em novos mercados. Porém, no segundo caso, o tempo pode ser crítico e os avanços tecnológicos devastadores.

Afinal o que é inovação para você e sua empresa? incremental, de modelo de negócio ou transformacional? Ou as três simultaneamente?

IMAGINAR NEWSLETTER: Como barrar a INOVAÇÃO na empresa?


Imagine que a sua tarefa fosse projetar uma empresa que barrasse todo e qualquer tipo de INOVAÇÃO, desencorajando qualquer tipo de iniciativa que pudesse levar a uma transformação inovadora. Já imaginou o tipo de empresa?  Como seriam os processos, valores e os recursos nesta empresa?

Pois é, foi nessa viagem imaginativa que resolvi simular quais seriam as principais iniciativas e prioridades desta empresa fictícia.  Veja se alguns… ou todos os itens fariam parte da sua escolha….

1 – Ter uma estratégia focada no modelo de negócio atual e com muita ênfase nos produtos e soluções atuais

2 – Foco excessivo no curto prazo desprezando o futuro

3 – Colocar foco excessivo em produtos em detrimento do foco no consumidor

4 – Colocar o planejamento estratégico como ferramenta central da estratégia

5 –  KPI’s por departamento focado em resultado a curto prazo

6 – Reforçar a cultura de silos funcionais com baixo nível de colaboração entre departamentos

7 – Reduzir  o orçamento para projetos de risco e aumentar  o orçamento para a operação atual, dando prioridade para a manutenção do status quo em detrimento dos projetos de média e longa duração

8 – Criar processos burocráticos com vários níveis de aprovação para as novas ideias

9 – A aprovação dos projetos de inovação está vinculada ao resultado no curto prazo

10 – Centralizar a inovação a um único departamento

11 – Valorizar o conceito de time que está ganhando não se mexe….

12 – Reforçar a cultura do MINDSET FIXO para obter resultados rápidos e melhores em detrimento do MINDSET DE CRESCIMENTO que busca novos aprendizados para a recriar continuamente o negócio.

Esta lista tem alguma coisa parecida com a sua empresa atual? 

 Por que tantas empresas desejam criar culturas inovadoras e, de alguma forma, acabam criando o oposto do que pretendem?

Achei interessante um artigo que li recentemente do  Jake Wilder que coloca as barreiras da inovação centradas nos GESTORES!!! E alguns dos fatores que o Jake Wilder menciona são: 

1 – Bons gestores estão focados nos consumidores ATUAIS.  O LEMA DOS BONS GESTORES É : Para obter resultados  é preciso ter foco nas necessidade dos clientes. Porém, Clientes ATUAIS!!! Antes dos gestores decidirem investir em uma nova tecnologia ou uma nova solução, eles consideram em primeiro lugar seus consumidores e perguntam: Será que eles querem isso? Será que será rentável? Qual é o tamanho do mercado potencial? Quanto mais perguntas desta natureza os gestores fizerem, maior o alinhamento com os os interesses e necessidades dos consumidores ATUAIS. E as pesquisas e resultados demonstram que dedicar só alinhado com o negócio atual maior a probabilidade de pensar somente nas  melhorias incrementais. Elas são importantes!! Ninguém está dizendo que não são! Mas as melhorias já não são suficientes para levar a empresa para o próxima patamar de longevidade.
Para pensar em inovações – do tipo 10x – transformacionais – é preciso incentivar e gerar perspectivas completamente novas.  É preciso dar mais gás no mindset de crescimento. Não é focando somente nas necessidade dos clientes atuais que a empresa inova. Ou seja,  parafraseando Henry Ford….

Os processos organizacionais que mantêm os negócios funcionando são projetados especificamente para alinhar processos às necessidades atuais do cliente. Como se o negócio atual tivesse chances de permanecer lucrativo e crescendo por mais cem anos do mesmo jeito que ele está hoje!!
A mudança de MINDSET organizacional é fundamental para mudar o entendimento das mudanças que estão acontecendo do lado de fora da empresa e que estão mudando rapidamente a natureza de qualquer tipo de negócio.  Inovação transformacional nem sempre é lucrativa no curto prazo, porém,  se ela não existir não haverá futuro para o negócio.  Outro ponto que precisa ser revisto é entender que os clientes no futuro poderão ser diferentes ou poderão ter outras necessidades. É preciso antecipar… antever o futuro. E entender que os clientes de hoje poderão não existir amanhã!

E para fazer isso, você precisa separar isso dos negócios tradicionais Criar o que se chama de ambidestria organizacional. Ter equipes que gerem o dia-a-dia e que continuam focados nos clientes atuais e ter equipes – separadas, menores, dedicadas – a pensarem na inovação transformacional.  Estas equipes dedicadas na maioria das vezes são pessoas que trabalham preferencialmente com um mindset de crescimento. Correm risco, sabem ligar informações e conhecimentos de universos e campos diferentes para gerar novas soluções. Trabalham em redes e envolvem o eco-sistema na busca de soluções totalmente novas para desafios que irão acontecer.

Gestores tradicionais – sem julgamento de valor – estão habituados a tomarem decisões importantes para obterem resultados para o negócio atual.   Por exemplo, se perguntasse para um gestor tradicional qual seria a escolha estratégica entre estas duas opções abaixo, o que você imagina que seria a resposta?
Opção A: Resultado de um milhão de dólares no final do ano sem risco.
Opção B: Resultado de bilhão de dólares com risco de um em cem.

O Dr. Astro Teller, Capitão da Moonshots (CEO)  da fábrica de moonshot da Alphabet, fez esta mesma pergunta aos seus colaboradores.  A maioria dos colaboradores escolheu arriscar e buscar o resultado de um bilhão de dólares. No entanto, quando a mesma pergunta foi feita para os gestores, a maioria deles disse que não – pois preferem resultados seguros.

Uma conclusão e uma pergunta. Será que as pessoas querem correr riscos? Querem que a inovação aconteça em larga escala? Eu acredito que sim!!! Ter empregabilidade em todos os níveis está associado com a inovação. Mas então por que somente os gestores estão restringindo a inovação nas empresas?
Enquanto as empresas não mudarem o seu MINDSET e entenderem que futuro é sinônimo de sobrevivência e ele só irá acontecer quando todos estiverem sintonizados com o aprendizado contínuo e a transformação contínua. Se não houver agilidade, colaboração e inovação em todos os níveis da empresa não haverá o futuro. A primeira ação necessária e imprescindível é a mudança de  MINDSET que começa com o gestor. Só então a INOVAÇÃO poderá florescer. Leia mais

IMAGINAR NEWSLETTER: 20 metatendências da Singularity University (2)

Continuando as metatências da  Universidade da Singularidade (Peter Diamandis) para a década que se inicia…

(11) O setor de seguros se transforma de “recuperação após risco” em “prevenção de risco”. Hoje, o seguro contra incêndio paga após a queima de sua casa; o seguro de vida paga seus familiares depois que você morre; e o seguro de saúde (que é realmente seguro de doença) paga somente depois que você fica doente. Na próxima década, uma nova geração de provedores de seguros alavancará a convergência de aprendizado de máquina, sensores onipresentes, sequenciamento de genoma de baixo custo e robótica para detectar riscos, evitar desastres e garantir a segurança antes que ocorram custos.

(12) Veículos autônomos e carros voadores redefinirão as viagens humanas (em breve será muito mais rápido e mais barato): veículos totalmente autônomos, frotas de carros como serviço e compartilhamento de viagens aéreas (carros voadores) estarão totalmente operacionais na maioria das grandes cidades metropolitanas na próxima década. O custo do transporte cairá 3-4X, transformando imóveis, finanças, seguros, economia de materiais e planejamento urbano. Onde você mora e trabalha, e como gasta seu tempo, todos serão fundamentalmente remodelados por esse futuro das viagens humanas. Seus filhos e pais idosos nunca mais dirigirão. Essa metatendência será impulsionada pela convergência de: aprendizado de máquina, sensores, ciência de materiais, melhorias no armazenamento de baterias e conexões onipresentes de gigabits.

(13) A produção sob demanda e a entrega sob demanda darão origem a uma “economia instantânea das coisas”: os moradores urbanos aprenderão a esperar o “cumprimento instantâneo” de seus pedidos de varejo, à medida que os serviços de entrega da última milha será feita por drone e robótica que transportarão produtos dos depósitos locais  diretamente à sua porta. Além disso, surgirão a fabricação digital regional sob demanda (fazendas de impressão 3D), produtos individualizados podem ser obtidos em poucas horas, em qualquer lugar, a qualquer hora. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: redes, impressão 3D, robótica e inteligência artificial.

(14) Capacidade de sentir e saber qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar: estamos nos aproximando rapidamente da era em que 100 bilhões de sensores (a Internet de Tudo) estará monitorando e sentindo (imagens, escutas, medições) todas as facetas de nossos ambientes, o tempo todo. Satélites globais de imagem, drones, LIDARs de carros autônomos e câmeras de realidade aumentada (AR) voltadas para o futuro fazem parte de uma matriz global de sensores, permitindo que saibamos qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: sensores terrestres, atmosféricos e espaciais, vastas redes de dados e aprendizado de máquina. Neste futuro, não é “o que você sabe”, mas “a qualidade das perguntas que você faz” que será mais importante.

(15) Interrupção da publicidade: à medida que a IA se torna cada vez mais incorporada à vida cotidiana, sua IA personalizada logo entenderá o que você deseja, melhor do que você!!! Portanto, começaremos a confiar e a depender das nossas IAs  para a maior parte de nossas decisões de compra. Sua IA pode fazer compras com base em seus desejos passados, necessidade atual, conversas que você permitiu que a IA escutasse ou rastrear onde seus seguidores se concentram em uma interface virtual (ou seja, o que chama sua atenção). Como resultado, o setor de publicidade – que normalmente compete por sua atenção (seja no Superbowl ou nos mecanismos de busca) – terá muita dificuldade em influenciar sua IA. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: aprendizado de máquina, sensores, realidade aumentada e redes 5G.

16) A agricultura celular muda do laboratório para as cidades do interior, fornecendo proteínas de alta qualidade, mais baratas e saudáveis: nesta próxima década testemunharemos o nascimento do sistema de produção de proteínas mais ético, nutritivo e ambientalmente sustentável desenvolvido pela humanidade. A ‘agricultura celular’ baseada em células-tronco permitirá a produção de carne bovina, frango e peixe em qualquer lugar, sob demanda, com conteúdo nutricional muito mais alto e uma pegada ambiental muito menor do que as opções tradicionais de gado. Essa metatendência é possibilitada pela convergência de: biotecnologia, ciência de materiais, aprendizado de máquina e AgTech.

(17) As interfaces cérebro-computador (BCI) de banda larga serão disponibilizadas para uso público: o tecnólogo e futurista Ray Kurzweil previu que, em meados da década de 2030, começaremos a conectar o neocórtex humano à nuvem. Nesta próxima década, haverá um tremendo progresso nessa direção, atendendo primeiro as pessoas com lesões na medula espinhal, nas quais os pacientes recuperarão a capacidade sensorial e o controle motor. Além de ajudar as pessoas com perda de função motora, vários pioneiros da BCI estão agora tentando suplementar suas habilidades cognitivas básicas, com pesquisas que visam  aumentar a base sensórial, memória e até inteligência. Essa metatendência é alimentada pela convergência de: ciência dos materiais, aprendizado de máquina e robótica.

(18) A Realidade Virtual (RV) de alta resolução transformará as compras no varejo e no setor imobiliário: os fones de ouvido de realidade virtual leves e de alta resolução permitirão que as pessoas em casa comprem tudo, de roupas a imóveis, a partir da conveniência de sua sala de estar. Precisa de uma roupa nova? Sua IA conhece suas medidas corporais detalhadas e pode criar um desfile de moda com seu avatar usando os últimos 20 modelos na passarela. Deseja ver como seus móveis podem ficar dentro de uma casa que você está vendo on-line? Sem problemas! Sua IA pode preencher a propriedade com seu inventário virtualizado e fazer um tour guiado. Essa metatendência é ativada pela convergência de: VR, aprendizado de máquina e redes de alta largura de banda.

(19) Maior foco na sustentabilidade e no meio ambiente: um aumento da conscientização ambiental global e a preocupação com o aquecimento global levarão as empresas a investir em sustentabilidade, tanto do ponto de vista da necessidade quanto para fins de marketing. Os avanços na ciência dos materiais, possibilitados pela IA, permitirão que as empresas conduzam tremendas reduções no desperdício e na contaminação ambiental. O desperdício de uma empresa se tornará o centro de lucro de outra empresa. Essa metatendência é possibilitada pela convergência de: ciência dos materiais, inteligência artificial e redes de banda larga.

(20) O CRISPR e as terapias gênicas minimizarão as doenças: hoje, uma grande variedade de doenças infecciosas, que variam da AIDS ao Ebola, já é curável. Além disso, as tecnologias de edição de genes continuam avançando em precisão e facilidade de uso, permitindo que as famílias tratem e, finalmente, curem centenas de doenças genéticas hereditárias. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: várias biotecnologias (CRISPR, terapia gênica), seqüenciamento de genoma e inteligência artificial.

IMAGINAR NEWSLETTER: 20 metatendências da Singularity University

A Universidade da Singularidade (Peter Diamandis) lançou as 20 principais metatendências para a década que se inicia… neste artigo serão listadas as 10 primeiras meta-tendências. As outras seguirão no artigo que se seguirá!!

(1) Aumento da abundância global: O número de indivíduos em extrema pobreza continua a cair, à medida que a população de renda média continua a aumentar. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de comunicação de banda larga com custos cada vez menores, Inteligência Artificial (IA) onipresente na nuvem, crescente acesso à educação auxiliada por IA e assistência médica orientada por IA. Bens e serviços cotidianos (finanças, seguros, educação e entretenimento) estão sendo digitalizados e totalmente desmonetizados, disponíveis para o crescente bilhão em dispositivos móveis.

(2) A conectividade global de 5G (gigabite) conectará tudo e todos, em qualquer lugar, a um custo ultra baixo: a implantação de 5G licenciados e não licenciados, além do lançamento de uma infinidade de redes globais de satélites (OneWeb, Starlink, etc.), permite comunicações onipresentes e de baixo custo para todos, em todos os lugares – sem mencionar a conexão de trilhões de dispositivos. O aumento disparado da conectividade  está trazendo on-line mais 3 bilhões de indivíduos, direcionando dezenas de trilhões de dólares para a economia global. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: lançamentos espaciais de baixo custo, avanços de hardware, redes 5G, inteligência artificial, ciência de materiais e capacidade computacional crescente.

(3) A duração média da saúde humana aumentará em mais de 10 anos: uma dúzia de soluções biotecnológicas e farmacêuticas inovadoras (atualmente nas fases 1, 2 ou 3 de ensaios clínicos) chegarão aos consumidores nesta década, adicionando 10 anos adicionais à duração da saúde humana. As tecnologias incluem restauração do crescimento de células-tronco, manipulação de vias sem tratamento, medicamentos senolíticos, uma nova geração de vacinas Endo, GDF-11, suplementação de NMD / NAD +, entre várias outras. E, à medida que o aprendizado de máquina continua a amadurecer, a IA deve liberar inúmeros novos candidatos a medicamentos, prontos para testes clínicos. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: sequenciamento de genoma, tecnologias CRISPR, IA, computação quântica e medicina celular.

(4) Uma era de abundância de capital verá um acesso crescente ao capital em todos os lugares: de 2016 a 2018 (e provavelmente em 2019), a humanidade atingiu o nível mais alto de todos os tempos no fluxo global de seed money, capital de risco e investimentos em fundos soberanos. Embora essa tendência testemunhe alguns altos e baixos na sequência de recessões futuras, espera-se que continue sua trajetória ascendente geral. A abundância de capital leva ao financiamento e ao teste de idéias empreendedoras ‘loucas’, que por sua vez aceleram a inovação. Já são previstos US $ 300 bilhões em crowdfunding até 2025, democratizando o acesso ao capital para empreendedores em todo o mundo. Essa metatendência é impulsionada pela convergência de: conectividade global, desmaterialização, desmonetização e democratização.

(5) Realidade Aumentada e a Web Espacial alcançarão uma implantação onipresente: A combinação de Realidade Aumentada (produzindo a Web 3.0 ou a Web Espacial) e redes 5G (oferecendo velocidades de conexão de 100Mb / s – 10Gb / s) transformarão a maneira como vivemos nossa vida cotidiana, impactando todos os setores, desde varejo e publicidade até educação e entretenimento. Os consumidores brincam, aprendem e compram ao longo do dia em um mundo recém inteligente e virtualmente conectado. Essa meta-tendência será impulsionada pela convergência de: avanços de hardware, redes 5G, inteligência artificial, ciência de materiais e poder computacional crescente.

 

 

(6) Tudo é inteligente e embasados com tecnologia inteligente: o preço dos chips de aprendizado de máquina especializados está caindo rapidamente com o aumento da demanda global. Combinado com a explosão de sensores microscópicos de baixo custo e a implantação de redes de banda muito larga, impulsiona para uma década em que cada dispositivo se tornará inteligente. O brinquedo do seu filho lembrará o rosto e o nome dele. O drone de seus filhos seguirá com segurança e diligência e filmará todas as crianças na festa de aniversário. Os aparelhos responderão a comandos de voz e anteciparão suas necessidades.

(7) A IA alcançará o nível humano de inteligência: como previsto pelo tecnólogo e futurista Ray Kurzweil, a inteligência artificial atingirá o desempenho no nível humano nesta década (até 2030). Nos anos 2020, os algoritmos de IA e as ferramentas de aprendizado de máquina serão cada vez mais abertos, disponíveis na nuvem, permitindo que qualquer pessoa com conexão à Internet complemente sua capacidade cognitiva, aumente sua capacidade de resolução de problemas e construa novos empreendimentos por uma fração do custo atual. Essa metatendência será impulsionada pela convergência de: conectividade global de alta largura de banda, redes neurais e computação em nuvem. Todos os setores, abrangendo design industrial, saúde, educação e entretenimento, serão impactados.

(8) A colaboração AI-Humana disparará em todas as profissões: a ascensão das plataformas “AI como serviço” (AIaaS) permitirá que os humanos façam parceria com a IA em todos os aspectos de seu trabalho, em todos os níveis, em todos os setores. As IAs se tornarão parte das operações comerciais diárias, servindo como colaboradores cognitivos para os funcionários – apoiando tarefas criativas, gerando novas idéias e combatendo inovações anteriormente inatingíveis. Em alguns campos, a parceria com a IA se tornará um requisito imprescindível. Por exemplo: no futuro, fazer certos diagnósticos sem a consulta da IA poderá ser considerado negligência.

(9) A maioria das pessoas se adaptará a um  tipo de JARVIS  “shell de software”  para melhorar sua qualidade de vida: à medida que serviços como Alexa, Google Home e Apple Homepod se expandem em funcionalidade, esses serviços acabam migrando para fora de casa e se tornando sua prótese cognitiva 24/7 . Imagine um shell de software tipo JARVIS seguro, que você dê permissão para ouvir todas as suas conversas, ler seus e-mails, monitorar sua biologia química no sangue, etc. Com acesso a esses dados, esses shells de software habilitados para IA aprenderão suas preferências, anteciparão suas necessidades e comportamento, fará suas compras , monitorará sua saúde e ajudará a resolver problemas em apoio às suas metas e desejos de médio e longo prazo.

(10) Energia renovável barata e abundante em todo o mundo: os contínuos avanços nas redes solar, eólica, geotérmica, hidrelétrica, nuclear e localizada conduzirão a humanidade a energia renovável barata, abundante e onipresente. O preço por quilowatt-hora cairá abaixo de 1 centavo por quilowatt-hora para as energias renováveis, assim como o armazenamento cairá abaixo de  3 centavos de dólar por quilowatt-hora, resultando em um profundo deslocamento dos combustíveis fósseis no mundo. Como os países mais pobres do mundo também são os mais ensolarados, a democratização das tecnologias de armazenamento novas e tradicionais garantirá abundância de energia para aqueles que já estão banhados pela luz solar.

 

IMAGINAR NEWSLETTER: BCI (Brain Computer Interface): MITO OU REALIDADE?

Segundo o  Gartner Inc. , Brain Computer Interface – BCI – abrirá até  2021 o equivalente a 2,9 trilhões de dólares à economia global e aumentará o equivalente a 6,2 bilhões de horas de produtividade do trabalhador global.  Afinal o que BCI? Mito ou realidade?  Por incrível que pareça BCI hoje já é um realidade que está captando bilhões de dólares dos investidores mundiais. A capa da revista Time  de fevereiro de 2011 questionava se com o avanço da tecnologia o homem se tornaria imortal, e previa que em 2045 a inteligência aumentada do homem já seria realizada. Apenas uma década depois, a previsão é que em 2035, segundo Ray Kurtzweil, o super homem já será realidade.

 

Afinal o que é BCI? De forma bem simples pode-se dizer que BCI é um tipo de interface na qual o usuário gera voluntariamente padrões cerebrais distintos que são interpretados pelo computador como comandos que estão ligados a um aplicativo ou dispositivo.

As primeiras pesquisas em BCI tiveram início na década de 1970, na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), suportadas por concessões da Fundação Nacional da Ciência, seguido de um contrato com a DARPA. Os documentos publicados depois da pesquisa marcam a primeira aparição da expressão interface cérebro-computador na literatura científica.

Historicamente, os neuroprostéticos tem sido o motivo principal para a pesquisa BCI. Isso inclui membros artificiais para amputados, implantes  para surdos e estimulação cerebral profunda para indivíduos que sofrem de convulsões. Esses dispositivos já melhoraram a vida de milhões de pessoas e seu amplo uso demonstra os benefícios de se obter uma comunicação bilateral direta entre o cérebro e os dispositivos eletrônicos. No entanto, as possíveis aplicações da tecnologia vão muito além da assistência médica. Mesmo no campo da neuro-prótese, podemos imaginar ir além.  Ou seja, podemos  aumentar nossas habilidades além dos níveis cognitivos normais. Como por exemplo, criar olhos artificiais que são capazes de resolução muito maior do que os olhos humanos, uma capacidade de aumentar ou diminuir o zoom e ver no espectro UV (ultravioleta)  ou IR (infravermelho).

As possibilidades ficam ainda mais interessantes quando se considera a cognição e a formação de habilidades. Um estudo recente demonstra que estimular certas partes do cérebro melhora a formação e a recuperação da memória. Outras experiências conseguiram implantar artificialmente memórias em animais. Como exemplo, pode ser possível aplicar os métodos desses estudos para melhorar sua capacidade de aprender rapidamente um instrumento. Ou talvez, seja possível, combinar vários neuroestimuladores e sensores para desenvolver uma “unidade de processamento aritmético” que possa detectar quando determinadas áreas do cérebro associadas ao raciocínio matemático ou lógico são ativadas e se comunica com elas para aprimorar as habilidades.
É em busca desse aumento cognitivo que Elon Musk e Neuralink desejam seguir. De acordo com Musk e muitos dos principais teóricos da IA, uma barreira fundamental no progresso intelectual da humanidade em relação à IA é o problema da largura de banda: embora os computadores e a IA estejam se tornando cada vez mais rápidos e capazes de processar e gerar conhecimento, enfrentamos limitações imediatas e fundamentais em nossa capacidade para fazer o mesmo. Adquirimos informações principalmente por meio de nossos sentidos e da nossa capacidade de interpretar a linguagem. No tempo em que seus olhos e o córtex visual levam para ler e entender uma única frase, um computador pode digitalizar milhares de páginas de texto. É concebível que, em algumas décadas, possamos ter IA avançada rodando em hardware neuromórfico especializado, com modelos incrivelmente precisos de como o mundo funciona e uma capacidade de analisar e entender milhões de documentos em minutos, tomando decisões e inferências que estão muito além da humana compreensão.

Em um mundo cada vez mais dependente da tomada de decisões conduzida pela IA, os humanos podem se tornar obsoletos em todas as partes do processo de tomada de decisões empresariais, científicas e políticas. Nossos cérebros não evoluíram para jogar xadrez com trilhões de peças ou compreender estratégias calculadas que planejam milhões de movimentos à frente. É o medo dessa caixa preta super-inteligente que motiva grande parte do trabalho atual da Neuralink, Kernel e várias outras organizações relacionadas.

A maioria das pesquisas de ponta em tecnologia BCI busca maximizar a largura de banda de informações, geralmente por meio de métodos invasivos que implantam eletrodos diretamente no cérebro ou nos nervos. No entanto, métodos não invasivos, especificamente eletroencefalografia (EEG) e eletromiografia (EMG), são rotineiramente utilizados com considerável sucesso.

Isso envolve a colocação de eletrodos na superfície da cabeça (EEG) ou na pele acima dos músculos (EMG) para medir a atividade elétrica cumulativa por baixo. A granularidade desses dados é baixa e está muito distante do nível de precisão e largura de banda que serão necessários para alcançar os objetivos mais ambiciosos da pesquisa da BCI. No entanto, os BCIs habilitados para EEG / EMG alcançaram feitos incríveis, como controlar drones, videogames e teclados com o pensamento, e fornecem uma pequena visão das possibilidades que novas pesquisas podem desbloquear.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, em colaboração com a Universidade de Minnesota, fez um avanço no campo do controle não invasivo de dispositivos robóticos. Usando uma interface não invasiva cérebro-computador (BCI), os pesquisadores desenvolveram o primeiro braço robótico controlado pela mente, bem-sucedido, exibindo a capacidade de rastrear e seguir continuamente o cursor do computador.

IMAGINAR NEWLETTER: COMO MELHORAR SUA MEMÓRIA


No mundo que vivemos, informação e conhecimento estão alterando a natureza daquilo que conhecemos. São milhares de informações por segundo atualizadas pelos cliques do bilhões de celulares interconectados. O mundo acontece a cada segundo. Basta abrir o Twitter ou Instagran, ou qualquer rede social, que você saberá o que está acontecendo AGORA.  Quem está na ativa e quer continuar na ativa, ou almeja atingir novos patamares, sabe que o sucesso é amplamente baseado no que você sabe. Saber pode te aproximar ou te afastar dos seus objetivos de vida.  Mas como garantir que estas milhões de informações  processadas poderão ser usadas quando for necessário?

Muitas pessoas querem aprender melhor e mais rapidamente, reter mais informações e poder aplicar esse conhecimento no momento certo. A realidade é que esquecemos mais do  que  aprendemos. No final do século XIX, Herman Ebbinghaus, psicólogo alemão, foi o primeiro a abordar sistematicamente a análise da memória. Ebbinghaus disse uma vez: “Com um número considerável de repetições, um espaçamento no tempo de um determinado aprendizado  é decididamente mais vantajoso para retenção do que um conteúdo intensivo ao mesmo tempo”. O que Ebbinghaus queria dizer era que o esquecimento dependia de uma série de fatores tais como o grau de dificuldade do conteúdo a ser aprendido, os fatores fisiológicos como o estresse e o sono. Além disso, o cientista também identificou que o fator de esquecimento variava pouco entre as pessoas. E, concluiu que a retenção dependia de habilidades mnemônica de cada pessoa. Estas habilidades poderiam ser treinadas para minimizar as diferenças em parte, pois, a melhor forma de memorizar era: 1) aumentar as representações na memória aprendendo as técnicas mnemônicas, e 2) repetição, repetição, repetição, especialmente  com espacejamento de tempo. A revisão do aprendizado nas 24 horas após a primeiro contato com o conteúdo reduz o nível de esquecimento. A curva de esquecimento de Ebbinghaus, explica o declínio da retenção de memória no tempo e contribuiu para o campo da ciência da memória, registrando como o cérebro armazena informações.

 

O esquecimento humano segue um padrão. De fato, pesquisas mostram que em apenas uma hora, se nada for feito com novas informações, a maioria das pessoas terá esquecido cerca de 50% do que aprendeu. Após 24 horas, esse valor aumenta para 70% e, se passar uma semana  sem que essas informações sejam usadas, até 90% delas poderão ser perdidas.
Para melhorar a aquisição e retenção de conhecimento, novas informações devem ser consolidadas e armazenadas com segurança na memória de longo prazo.
De acordo com Robert Bjork, PhD, professor de psicologia cognitiva da UCLA que trabalhou em uma teoria do esquecimento junto com Piotr Wozniak, pesquisador polonês mais conhecido por seu trabalho no SuperMemo (um sistema de aprendizado baseado na repetição espaçada), a memória de longo prazo pode ser caracterizada por dois componentes: capacidade de  recuperação e capacidade de armazenamento. A capacidade de recuperação mede a probabilidade de você se lembrar de algo agora ou saber o quanto esta memória esta perto da superfície da sua mente. A capacidade de armazenamento mede a profundidade da raiz da memória.

Se queremos que nosso aprendizado continue, precisamos fazer mais do que apenas ler um livro toda semana ou ouvir passivamente um audiolivro ou podcast. Em vez disso, releia os capítulos que você não compreendeu pela primeira vez, escreva ou pratique o que aprendeu na semana anterior antes de continuar no próximo capítulo ou lição ou faça anotações, ou busque práticas que funcionem para você. Se você está se esforçando para lembrar, volte nas suas anotações para consultar. Este esforço de se lembrar das informações passadas, consolida o novo conhecimento em sua mente.

Pesquisas indicam que quando uma memória é registrada pela primeira vez no cérebro – especificamente no hipocampo – ela ainda é “frágil” e facilmente esquecida. Além disso, nosso cérebro está constantemente gravando informações temporariamente para separar informações vitais da confusão – trechos de conversas que você ouve no caminho para o trabalho, coisas que vê, o que a pessoa à sua frente estava usando, discussões no trabalho etc. o cérebro descarta tudo o que não é necessário o mais rápido possível para abrir caminho para novas informações. Se você quiser se lembrar ou usar novas informações no futuro, precisará deliberadamente armazená-las em sua memória de longo prazo.

 

Armazenar conhecimento na memória de longo-prazo se chama CODIFICAÇÃO. Sem a codificação adequada, não há nada para armazenar e as tentativas de recuperar a memória posteriormente falharão. Em um relatório da Universidade de Waterloo que analisa como esquecemos, os autores argumentam que, quando você se lembra deliberadamente de algo que aprendeu ou viu há pouco tempo, aumenta a intensidade de determinados hormônios no hipocampo, sinalizando para esta área do cérebro que a informação é importante.  Quando a mesma informação é repetida, seu cérebro diz: ‘Ah, aí está novamente, é melhor eu manter isso.’ Quando você é exposto à mesma informação repetidamente, leva cada vez menos tempo para ‘ativar’ as informações na memória de longo prazo e fica mais fácil recuperar as informações quando você precisar. ”

Algumas técnicas para melhorar o grau de aprendizado e retenção:

1 – A repetição espaçada

Para estudar para uma prova aguardada a melhor forma de reter as informações é aprender um pouquinho sobre a matéria todos os dias. De preferência, revendo o que estudou anteriormente sempre que for estudar novamente. A repetição espaçada aproveita  um fenômeno da memória que diz que o cérebro retém melhor as informações  quando separamos as informações ao longo do tempo. Aprender algo novo expulsa informações antigas, e é necessário tempo para permitir para que a nova conexão neural se solidifique.

2 – A regra 50/50

Dedique 50% do seu tempo para aprender algo novo e 50% para compartilhar ou explicar o que aprendeu para alguém ou seu público.Pesquisas mostram que explicar um conceito para outra pessoa é a melhor maneira de aprendê-lo. Por exemplo, em vez de concluir um livro, tente ler somente a metade e tente se recordar, compartilhar ou escrever as ideias principais antes de prosseguir. Ou melhor ainda, compartilhe esse novo conhecimento com alguém.
Você pode até aplicar a regra 50/50 a capítulos individuais, em vez de ao livro inteiro. Esse método de aprendizado funciona muito bem se você deseja reter a maior parte do que está aprendendo. O teste final do seu conhecimento é a sua capacidade de transferi-lo para outra pessoa.

3 – Demonstrações 
Ao contrário de simplesmente ler ou ouvir uma explicação, as demonstrações práticas mostram como algo funciona e ajudam a visualizar o conceito ou o aprendizado. Ao aprender fotografia, design, falar em público, negociação ou uma nova tecnologia útil, assistir a vídeos instrutivos que demonstram o que você está tentando aprender pode melhorar sua taxa de retenção.

4 -Sono
Por fim, use o sono como uma ajuda poderosa entre as sessões de aprendizado. Dormir depois de aprender é uma parte crítica do processo de criação de memória e dormir antes de aprender fortalece sua capacidade. As pesquisas científicas mostram que os cochilos ajudam a reforçar as conexões neurais. Durante o sono são realizadas os processos de consolidação, que, uma vez acionados, permanecem eficazes mesmo que o sono seja interrompido logo após. Cochilos mais longos (mais de 60 minutos) também são ótimos para armazenar novas informações em nossa memória longo-prazo. Uma boa noite de sono é ainda melhor para recuperar a memória e pensar com clareza.
Quanto mais a mente é usada, mais robusta ela pode se tornar. Assumir o controle do armazenamento de informações não apenas ajudará a reter novas informações, mas também reforçará e aperfeiçoará o conhecimento que você já possui.

Mindset: crenças e descrenças…


Robert Dilts (2014), em seu artigo sobre os níveis neurológicos inspirado em Gregory Bateson (Steps to an Ecology of Mind), define um modelo de como as nossas crenças influenciam e modelam nossas relações e interações com o mundo ao nosso redor. Com o modelo de Dilts começamos a entender como esse intricado mecanismo cérebro, corpo e capacidades funciona e abrimos novas fronteiras para o autoconhecimento, que é o passo inicial da mudança de mindset. Gregory Bateson identificou cinco níveis lógicos de aprendizado ou de autoconhecimento.

Nível 0 – Reação reflexiva comportamental a um estímulo ambiental.

Nível I – Ajuste ou melhora em um comportamento devido a um refinamento de uma representação interna.

Nível II – Mudança em uma abordagem comportamental por causa de uma reinterpretação do contexto.

Nível III – Mudanças em todo o sistema de crenças e valores.

Nível IV – Sair do sistema e migrar para um sistema de sistemas. É necessária uma mudança de identidade.

 

A identidade de uma pessoa é moldada e está refletida no conjunto de crenças e valores. Cada crença e valor, por sua vez, está relacionado com um grupo particular de capacidades. As capacidades estão associadas com determinados comportamentos e, os comportamentos são ligados a um conjunto de condições ambientais.

Neurologicamente, nossas percepções são formadas a partir dos estímulos  que recebemos do AMBIENTE e que são captadas pelos nossos órgãos sensoriais e pelo sistema nervoso periférico. É graças a este sistema que o cérebro e a medula espinhal recebem e enviam as informações permitindo-nos reagir às diferentes situações que têm origem no meio externo ou interno. O COMPORTAMENTO está relacionado especificamente com ações e reações que temos quando nos relacionamos com pessoas e o ambiente. As CAPACIDADES  são as estratégias mentais que possibilitam desenvolver comportamentos específicos. Enquanto alguns comportamentos são respostas reflexivas aos estímulos externos, outras ações não são. VALORES e CRENÇAS estão relacionados com julgamentos e avaliações de nós mesmos, dos outros e do mundo ao nosso redor. É a nossa essência. O porquê. Neurologicamente, as crenças estão ligadas ao sistema límbico e ao hipotálamo.  O sistema límbico está associado com as emoções e a nossa memória de longo-prazo.  Por serem estruturas mais primitivas e mais profundas no nosso cérebro, elas são responsáveis por respostas inconscientes. A IDENTIDADE está relacionada com o nosso sentido de ser. É a percepção de quem somos que organiza as nossas crenças, capacidades e  comportamentos em um único sistema. O nível ESPIRITUAL nos dá o sentido de fazer parte de algo muito maior, mais profundo e que está  além da nossa compreensão

Este sistema intrincado e integrado entre cérebro e corpo indica a dimensão e a intensidade de esforço necessário para fazer mudanças de hábitos mentais. Mudar mindset.   Dói profundamente fazer mudanças na forma como pensamos. Se as crenças que temos sobre nós mesmos e sobre o mundo não forem alteradas não conseguimos mudar capacidades e comportamentos. Pois, segundo a hierarquia de Dilts são as crenças que motivam ou inibem as nossas capacidades e comportamentos.

Como neurologicamente, as nossas crenças estão ligadas ao sistema límbico que é inconsciente, temos um desafio grande. Podemos  perceber o sentimento decorrente da nossa emoção. Porém, não temos controle sobre as emoções.  Para mudar o nosso mindset temos que ter consciência sobre as nossas crenças. O que não é fácil! Para isto, precisamos nos autoconhecer, perceber como pensamos, como nos comportamos e como reagimos a determinados estímulos externos e internos.

O neurobiologist Bruce Lipton compare o nosso inconsciente com um computador. Tudo aquilo que tiver sido gravado pode ser repetido continuamente assim que você apertar uma tecla. E esta tecla, assim como vimos nos níveis de Dilts é acionado pelo estímulo que vem do ambiente. Por exemplo, se estamos esperando por uma pessoa e ela se atrasa, automaticamente acionamos o botão de cenas anteriores, como por exemplo, “ela não virá!”. Algumas pessoas não conseguem perceber estes programas do nosso computador inconsciente. Estas memórias inconscientes foram gravadas ainda muito cedo em nossos vidas. Algumas até durante o período fetal, relativas as experiências que a sua mãe vivenciou durante a gravidez.

Até aproximadamente os cinco ou seis anos de idade, as gravações inconscientes são feitas sem análise ou questionamento, e são oriundas das experiências vivenciadas com os pais, comunidade e dos ambientes onde frequenta. para se ter uma idéia da capacidade do nosso inconsciente, Dr. Bruce Lipton em seu livro a Biologia da Crença, afirma que a memória insconsciente processa algo em torno de 20.000.000 bits de informação por segundo. Enquanto o consciente, processa algo em torno de 40 bits por segundo. Ou seja, o inconsciente tem a capacidade de processar 500.000 vezes mais que o nosso consciente. Esta conta matemática já demonstra claramente a origem do nosso pensamento, ou a origem de quem realmente somos: seres inconsciente com pretensão de sermos consciente!!!