Imaginar Newsletter: Inteligência híbrida – a nova fronteira para INOVAÇÃO?

Estamos prestes a aumentar exponencialmente capacidade humana. Primeiro identificando e conectando os supercapacitados que ainda não possuem acesso às ferramentas de desenvolvimento. Segundo, conectando o córtex humano à nuvem, para amplificar a inteligência humana amplificando a inteligência humana com as interfaces de banda larga conhecidas como Brain-Computer Interfaces (BCI).

Tudo indica que as previsões do futurista, cientista e diretor de tecnologia do Google, Ray Kurtzweil estão cada dia mais próximas de se tornarem realidade. Durante uma Conferência em Nova York (02/06/2015), Kurtzweil  explicou que o cérebro humano irá se ligar diretamente à nuvem com milhares de computadores, via nanobots, minúsculos robôs de escala manométrica, feitos de cadeias de DNA. Isto irá aumentar drasticamente a inteligência. Quanto maior e mais complexa essa nuvem, mais avançado será o nosso pensamento, o qual será um híbrido de biológico e não biológico. Em 2040, Kurzweil acredita que o pensamento será predominantemente não-biológico.

Examinando com mais detalhes as redes de cérebros superdotados vemos que seguindo as métricas de Stanford-Binet que medem o QI das pessoas, somente 1% da população se qualifica entre os superdotados. ou seja poderíamos admitir que temos perto de 75 milhões de pessoas que se qualificariam. A pergunta correta é quantos destes poderiam causar um impacto global?

O que o mundo da inteligência híbrida está prevendo, é que nos próximos 6 anos, com a entrada da 5G e as redes de satélites, teremos 4 bilhões de novas mentes se conectando globalmente. Aqui vale o parêntese para lembrar o fenômeno provocado pelo surgimento das casas de café do século 17, que como Peter Diamandis descreve no seu livro The future is faster than you Think está prestes a se repetir com o advento da conexão em rede de cérebros. A primeira casa de café surgiu em Londres em 1652 – Pasquá-Rosée  Dez anos mais tarde já existiam 80 casas de café e no século 18 já e contavam mais de 500 casas de café, que eram  recintos onde somente os homens podiam frequentar. Nestes ambientes eram discutidos os assuntos intelectuais que visavam a razão e o individualismo em oposição à tradição. E foram destes ambientes reservados é que surgiram as raízes do Iluminismo que foi o hub de inovação que impulsionou o progresso tecnológico da época.

As grandes metrópoles seguem o mesmo modelo com concentrações de pessoas que se unem para fazer troca de informações. Fenômeno conhecido como polinização cruzada nos processos de inovação.  Imagine quando todo o globo tiver conectado!!! O tamanho, a densidade e fluidez desta rede irão criar com a entrada de pelo menos mais 4 bilhões de pessoas o MAIOR LABORATÓRIO de INOVAÇÃO que já existiu.

O segundo fator de impulsionamento será a ligação do córtex humano às nuvens. O avanço e aprofundamento da neurociência está permitindo que se entenda cada vez mais como se pode atingir o nível de FLOW. Que segundo Mihaly Csikszentmihalyi, cientista e pesquisador que em 1975, definiu como FLOW o estado mental no qual se atinge criatividade, aprendizado, motivação e conciência plena. Estes conhecimentos permitirão amplificar enormemente as capacidades humanas.

Empreendedores como Elon Musk, com a empresa Neuralink,  ou Bryan Johnson com a Braintree, estão investindo centenas de milhões de dólares para desenvolver os implantes cerebrais. O objetivo destes investimentos não é a competição entre o homem e a máquina. E sim, expandir a inteligência humana fundindo as duas capacidades.

A última fronteira a ser ultrapassada é a memória. As experiências bem sucedidas com implantes em pacientes de epilepsia, feitas pelos pesquisadores Dong Song and Theodore W. Berger da USC e pelos pesquisadores Robert Hampson and Sam Deadwyler da Wake Forest University, para expandir a capacidade de cognição e retenção já mostram resultados animadores. Song  e seu time desenvolveram um modelo matemático que emula o funcionamento do hipocampo, que é o banco de dado do nosso cérebro responsável pela formação de memórias de longo prazo. O experimento realizado em centenas de vezes em 20 pacientes com epilepsia resultou em um aumento de 30% nas funções de memórias. Este resultado  abre novas fronteiras para cura de doenças como Alzheimer assim como caminha na expansão da capacidade cognitiva humana.  Resultado: mais INOVAÇÃO acessível para empresas e desafios globais….

IMAGINAR Newsletter: Algumas verdades sobre a nossa memória

Você já reparou que um mesmo evento pode ser contado por duas pessoas de maneira totalmente diferente. Talvez não a essência, porém os detalhes.

Por exemplo: você se lembra do vestido que a irmã de uma amiga estava usando no casamento da sua prima? O quê!!! Nem me lembrava que tinha ido a este casamento! Pois é, é assim que nossa memória funciona. Eu, por exemplo, apaguei um monte de informação dos meus 18 a 19 anos. Vira e mexe, meu irmão me cobra detalhes que eu nem me lembrava mais, como por exemplo um carro chevette alaranjado que eu tinha. Só me deu trabalho. Vivia estragando… o pior é que meu irmão depois comprou o carro de mim!!! Talvez por isto ele se lembre e eu não deste carro que só dava trabalho.!!

Nossa memória não é exatamente igual a um computador. O que você salvou na CPU certamente ficará guardado e poderá ser recuperado integralmente em qualquer momento. Conscientemente não conseguimos fazer a mesma coisa com a nossa memória. O nosso cérebro codifica os estímulos em pequenas combinações de neurônios no córtex e no hipocampo e guarda na memória de longo-prazo  que fica na amígdala e no gânglio basal. Para em algum momento futuro poder recuperar. Porém, cada recuperação feita na memória, neurônios são agrupados e recodificados por semelhança, não por igualdade. Grupos de neurônios, não exatamente idênticos aos originais, serão ativados, o que pode ocasionar mudanças, má informação ou interferência, quando recuperamos memórias de algum evento do passado. Especialmente se o cérebro perde o detalhe inicial do evento. Neste caso, ele preenche por semelhança com as informações existentes na memória, para dar sentido ao evento que se deseja lembrar.

Na verdade, nunca conseguimos acessar a memória se não prestarmos atenção. O cérebro tem uma capacidade de guardar cerca de 2,5 petabytes de informação – cerca de 1 milhão de Gigabytes!!!. Suficiente para toda uma vida. Para usar este potencial é preciso engajar ativamente e manter o cérebro saudável e em crescimento.

Em estudo recente feito por pesquisadores ingleses foi identificado que 38,6% dos 6.641 participantes conseguiram lembrar de memórias quando tinham 2 anos ou menos. Para investigar as memórias, os pesquisadores pediram que as informações pudessem ser validadas com fatos investigáveis, como fotos ou estórias de famílias com datas, ou qualquer outra fonte fidedigna. A grande maioria das lembranças não pode ser comprovada. Isto porque, a nossa consciência começa a ser formada por volta dos 6 ou 7 anos.  Uma verdade inquestionável é que nossas memórias só são reais desde a última vez que nos lembramos. Pois, todas as vezes que recorremos ao passado, reconfiguramos ou reconsolidamos   a estrutura neural da memória., transformado as memórias existentes.

Em 1968, Richard Atkinnson e  Shiffrin desenvolveram um modelo de 3 estágios de memorização. O registro sensorial, o processamento de curto-prazo na memória executiva no córtex pré-frontal e memorização de longo prazo.

A informação que entra pelos sentidos  – principalmente visual e auditiva – é guardada somente por alguns segundos: entre 0,25 a 05 segundos, apesar de existir uma grande capacidade de obtenção de informação.  Somente uma pequena parte destes estímulos sensoriais chegam até a memória executiva que guarda de 7 a 8 itens de informações por 18 segundos. Memória de longo-prazo tem uma capacidade infinita. As informações guardadas permanecem por toda vida. O que não quer dizer que podemos recuperar a qualquer momento. É necessário que o neurônio certo seja ativado com as mesmas conexões para restabelecer as mesmas memórias.

Memória não é uma questão de tentar lembrar. É para fazer melhor da próxima vez,” afirmam Jeff Zacks (Universidade de Washington em St. Louis) e Chris Wahlheim (Universidade da Carolina do Norte).

Eles chegaram a essa conclusão depois de reunir e analisar várias teorias emergentes das funções cerebrais que sugerem que a capacidade de detectar mudanças no ambiente e nas pessoas desempenha um papel crítico na forma como vivenciamos e aprendemos com o mundo ao nosso redor.

O resultado é um modelo, batizado de “Teoria da Comparação e Recuperação de Eventos pela Memória”, que sugere que o cérebro compara continuamente informações sensoriais de experiências em andamento com modelos de trabalho de eventos semelhantes no passado, que ele constrói a partir das memórias relacionadas ao que está acontecendo agora.

Quando a vida real não bate com o “modelo de evento”, os erros de previsão tornam-se mais prováveis e a detecção de uma mudança desencadeia uma cascata de processamento cognitivo que reconecta o cérebro para ajustar as memórias. Neste caso estamos sujeitos aos viéses cognitivos, que estão presente no nosso dia-a-dia e na nossa vida profissional

 

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Mindset para Inovação

Neurologicamente temos uma capacidade cognitiva infinita. O sistema sensorial humano capta cerca de 11 milhões de bits de informação por segundo. Porém, somente 16 a 50 bits de informação se tornam consciente. Se tentássemos processar toda essa informação enviada pelo sistema sensorial conscientemente daríamos um curto-circuito no nosso cérebro.  Por questões energética  usamos preferencialmente as informações que já estão armazenadas. É como se o cérebro fosse uma máquina preditiva de curto-prazo. O que está armazenado é um recurso que não consome energia para ser usado. Desta maneira, posso rapidamente tomar uma decisão. Neste processo de predição contínua, que representa mais de 95% da forma como pensamos,  fazemos um trade-offentre velocidade e precisão. Porém, estamos direcionando as milhares de decisões que tomamos a todo momento para a mente inconsciente, que responde automaticamente com o conhecimento já armazenado.

 

Chamamos de mindsetas crenças armazenadasno cérebro ao longo da vida. Cientificamente sabemos que a intensidade emocional define a longevidade de uma crença no nosso cérebro. E, as crenças emocionais negativas são as que mais perduram quando comparadas com as crenças emocionais positivas. Esta informação tem um significado importante quando estamos dentro do ambiente corporativo.  Pois, estamos vivendo em um mundo em transformação.  Cada dia mais não – linear. Os estímulos captados do ambiente estão sendo interpretados como incertos e inseguros. Acionando no nosso cérebros os mecanismos de sobrevivência que priorizam a velocidade e usam majoritariamente aquilo que já está armazenado – nossas crenças e aprendizados armazenados ao longo da vida. que fundamentalmente vieram do passado.

 

Na pesquisa com alunos de graduação de ciência da computação da UFMG foi testado o impacto do mindsetdos alunos na geração de projetos de inovação usando tecnologia de inteligência artificial.  Os resultados desta pesquisa mostraram que os alunos que usam preferencialmente as informações já armazenadas no cérebro, entitulados de mindset fixo– tendem a gerar projetos de inovação incrementais. Ou seja, melhoram aquilo que já sabem, porém têm mais dificuldade de transformar conhecimento em projetos  radicalmente mais inovadores. Entretanto, os projetos radicalmente inovadores foram gerados pelos alunos que desenvolveram predominante mindsetde crescimento.

 

Quer saber um pouco mais sobre este assunto e como ele pode impactar os resultados da inovação na sua empresa? Use um dos links abaixo

 

Link para o livro  Desconstruindo o Mindset e Construindo Inovação: Usando a neurociência para alavancar resultados por ser uma escolha mais direta

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Entre em contato: https://imaginarsolutions.com.br/contato/

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CRISPR biotecnologia de editar o DNA

O sistema CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats), tecnologia que permite aos pesquisadores alterar facilmente as sequencias de DNA e modificar a função genética.

CRISPR tem o potencial para se tornar uma força importante na ecologia e na conservação ambiental, especialmente quando combinada com outras ferramentas de biologia molecular. Como por exemplo, na criação de genes que retardem a disseminação de espécies invasoras como ervas daninhas. A identificação de genes responsáveis por um dado fenótipo de interesse é facilitada pelo sistema CRISPR/Cas9, devido a sua habilidade de alterar diferentes alvos, individualmente ou mesmo simultaneamente. A proteína Cas9 é uma enzima que corta DNA estranho. Aplicações baseadas em Cas9 na indústria agrícola e em setores da saúde humana encontram-se em crescimento acelerado. 

Pesquisadores da Universidade de Chicago acabaram de usar o CRISPR para criar resistência genética em ratos para a cocaína.  Depois de receberem o tratamento CRISPR, os ratos tiveram menor propensão para buscar a droga. Ou seja, os ratos se tornaram imunes a overdose de cocaína que poderia matá-los.

Esta pesquisa representa um grande progresso na biotecnologia. O avanço de CRISPR tem sido exponencial e este ano já foi editado o gem para erradicação da malária nos mosquitos transmissores. Mitigar os efeitos da cocaína será um poderoso instrumento para combater o vício da cocaína em pessoas. O uso desse sistema tem destaque especial na terapia de HIV através do bloqueio da proliferação do vírus assim como vem sendo amplamente estudada como ferramenta na cura de doenças genéticas como a  falha genética causadora da catarata foi corrigida e  a distrofia muscular.

As pesquisadoras que primeiramente desvendaram o mecanismo de funcionamento do sistema CRISPR, duas da Universidade da Califórnia em Berkeley, Jenifer Doudna e Jill Banfield, e a francesa Emmanuelle Charpentier, patentearam o sistema pensando no potencial para testes diagnósticos de vírus. Publicaram seus achados na Science em 2012, e seguiram-se uma enxurrada de premiações, milhões de dólares captados para as empresas de biotecnologia que fundaram e sua inclusão na lista das 100 pessoas mais influentes no mundo pela revista Time. Enquanto isso, a DuPont anuncia que alimentos editados com CRISPR estarão em nossas mesas em menos de cinco anos. Eles também patentearam usos do sistema para modificar sementes e probióticos.

Apesar do otimismo despertado pelo desenvolvimento na utilização desta nova ferramenta da biotecnologia, os riscos envolvidos na manipulação genética indiscriminada de organismos não devem ser minimizados em prol de interesses de mercado.

CRISPR tecnologia para editar o DNA

Quebra dos vícios cerebrais

Neurocientistas da Universidade Duke (EUA) identificaram um único tipo de neurônio no cérebro que serve como um “controlador mestre” dos nossos hábitos. Eles afirmam que a formação de um hábito aumenta a atividade dessa célula, e que desativá-la é suficiente para quebrar hábitos inúteis – ao menos em camundongos viciados em açúcar. Os cientistas dizem que esse “neurônio mestre” exerce seu controle através de uma rede de conexões com neurônios mais numerosos e associados com o comportamento associado a hábitos arraigados.

Se puder ser confirmado por outros pesquisadores, isto pode abrir o caminho para novos tratamentos para os vícios e para os comportamentos compulsivos em seres humanos.

Como o hábitos e vícios são formados?

O pesquisador Justin O’Hare, membro da equipe, treinou animais de laboratório saudáveis para receber um alimento saboroso sempre que pressionavam uma alavanca. Vários deles desenvolveram o hábito de pressionar a alavanca mesmo quando ela deixou de liberar o alimento e mesmo depois de terem tido a oportunidade de comer a quantidade que quisessem daquele alimento.

Foi identificada uma ativação, nos camundongos, em uma área profunda do cérebro chamada corpo estriado, que contém dois conjuntos de caminhos neurais: uma via “iniciar” (via direta), que incita uma ação, e uma via “pare” (via indireta), que inibe a ação. As duas vias mostraram–se mais fortes nos ratos com hábito. A formação do hábito também mudou a temporização relativa das duas rotas, fazendo a via “iniciar” disparar antes da via “parar”, levando à ação habitual.

Os pesquisadores encontraram a explicação para esse comportamento em um único tipo de neurônio raro no estriado, chamado interneurônio de disparo rápido (FSI: fast-spiking interneuron), que serve como um comando mestre para as mudanças generalizadas na atividade dos neurônios de saída.

“Compreender os mecanismos neurológicos subjacentes aos nossos hábitos pode inspirar novas maneiras de tratar essas condições.”

Fonte:Diário da Saúde 20/09/2017

Sinal cerebral para reter informação

Aprender por toda a vida 

Cientistas afirmam ter descoberto um possível biomarcador cerebral que poderá indicar se o aluno aprendeu o que foi ministrado durante o curso. A pesquisa foi feita com alunos de anatomia do primeiro ano de graduação. Foram medidas as respostas cerebrais dos alunos sobre o aprendizado de anatomia usando eletroencefalografia (EEG) antes de iniciar o curso, imediatamente após o curso e seis meses após a conclusão do curso.

“Descobrimos que um pico no componente positivo tardio (CPT) da onda cerebral está correlacionado com a capacidade de reter informações anatômicas a longo prazo,” disse a professora Katherine Turk, da Escola de Medicina da Universidade de Boston (EUA).

Esse biomarcador de ondas cerebrais poderá permitir que os educadores experimentem diferentes técnicas educacionais para melhorar o aprendizado de longa duração, medindo os resultados usando testes relacionados a eventos especiais de EEG (eletroencefalografia).

O sinal cerebral, se confirmado por estudos com uma população mais ampla, poderá permitir o desenvolvimento de técnicas para o ensino na sala de aula que produzam o maior CPT. O uso dessas técnicas de ensino comprovadas por biomarcadores poderia facilitar a educação que se poderá aproveitar por toda a vida, dizem os pesquisadores.

Os resultados foram publicados no Journal of Cognitive Neuroscience.

Mindset para o mundo exponencial

 

Internet das coisas emocional

Yihyun Lim, diretora do MIT Lab apresentou esta semana em SP novidades na area da internet das coisas. Um abajur em um hall de hotel que se comunica com seus visitantes. Assista ao vídeo para entender melhor do que se trata