IMAGINAR NEWSLETTER: EXAPTAÇÃO no transporte

Nao está dando mais tempo de acompanhar o que está acontecendo em todos os setores e em todos os lugares. Os avanços se multiplicam… vale a pena dar uma parada e relembrar que um dos fenômenos por trás desta avalanche de novas aplicações está na EXAPTAÇÃO.  Não há erros de digitação. É isto mesmo!!! Esse é o termo usado em biologia para explicar a adaptação do organismo a determinadas condições. Algo que existia para uma função é adaptada ao longo da sua evolução para outra aplicação.   Como foi o caso do botox. O ácido botulínica foi criado para o estrabismo e foi exaltado para vários setores como cosmético, herpes, sudorese, dores musculares …etc.  Este fenômeno está linearizando e exponencializando as aplicações da tecnologia. Uma mesma tecnologia poderá ser exapatada para inúmeros setores diferentes.

 

Isto significa que já não basta se concentrar somente no seu setor de atuação, a INOVAÇÃO poderá vir com a entrada de  novos players de lugares e setores TOTALMENTE inesperados

 

Neste post reuni alguns avanços que estão acontecendo na área de transporte. Hidrogênio avançando e acelerando … parece que sem retorno!!!

1 – Carros a base de hidrogênio

 

Desde o final de 1990, tem havido um grande investimento nesta tecnologia por parte dos fabricantes de automóveis, mas apenas Honda, Hyundai e Toyota fabricam carros com células de combustível que você pode comprar hoje. A barreira é custo e a rede de distribuição de postos de abastecimento. Isso está prestes a mudar!!!  Graças aos planos internacionais para que o hidrogênio se torne um componente importante dos sistemas de energia em toda a linha. Não apenas para carros, mas também para aquecimento e energia doméstica e industrial, para abastecer caminhões, trens e navios e, talvez o mais importante, para armazenar e estocar energia elétrica excedente.

No ano passado, o Reino Unido se tornou o primeiro país a legislar para emissões líquidas de carbono zero até 2050, um passo à frente da lei anterior que exigia uma redução de 80% em relação aos níveis de 1990.

Isso fez uma grande diferença, explica o gerente de combustíveis alternativos da Toyota GB, John Hunt: “Os 80% permitiram que todas as coisas difíceis fossem estacionadas e escondidas nos 20% como coisas que você não precisava fazer. Uma vez que o líquido zero foi colocado na mesa, as pessoas tiveram que repensar, e ‘difícil de fazer’ veio à mente. ”

Uma dessas coisas é o hidrogênio. Hunt diz, em seu relatório de Cenários de Energia do Futuro de julho, “National Grid deixa claro que o hidrogênio é essencial; não há dúvida alguma. ”

O hidrogênio verde é produzido a partir da eletricidade pela eletrólise da água. Uma vez que a energia foi convertida em hidrogênio, ela pode ser armazenada indefinidamente, fazendo uso de campos de petróleo esgotados e cavernas de sal, para as quais Hunt diz que o Reino Unido tem “excelente geologia”. Trinta cavernas de sal no Reino Unido já são usadas para armazenar gás natural e petróleo. Os dutos, antes usados para transportar gás natural, podem ser usados para gerar hidrogênio e desempenhar uma função dupla de armazenamento de energia.

A atual rede de gasodutos na União Europeia não só transporta gás, mas, ao fazê-lo, também armazena 1500 TWh de energia na forma de gás. E, ao contrário da eletricidade, a energia transportada no hidrogênio não diminui conforme ele se move. Um consórcio de fornecedores europeus de gás planeja construir mais 14.000 milhas de dutos para formar uma espinha dorsal de distribuição de hidrogênio em toda a Europa.

2 – Canadá/Toronto shuttles autônomos para aliviar o trânsito

A cidade de Toronto fechou um acordo com a Local Motors para usar a versão mais recente de seus ônibus autônomo Olli como parte de um teste de transporte automatizado na primavera de 2021. O teste de 6 a 12 meses avaliará  se os veículos autônomos melhorarão o Sistema de transporte de massa de Toronto conectando o bairro West Rouge com a estação de trem Go local.

Os Olli 2.0 têm espaço para até oito passageiros. Os passageiros não estarão completamente sozinhos, no entanto – dois funcionários (um da Pacific Western Transportation e um da TTC ou Metrolinx) estarão a bordo para estudar cada viagem.

Os ônibus podem eventualmente preencher lacunas na extensa rede de transporte público de Toronto, criando um sistema mais justo que não pune você por morar muito longe de um ponto de ônibus ou trem. Alem de no futuro evitar a posse de um carro.

3 – Toyota testando caminhões com emissão zero de carbono

 

A Toyota anunciou que está testando caminhões pesados ​​com células de combustível com zero emissões de carbono. O teste começará na primavera de 2022. Esse tipo de caminhão pesado ​​é responsável ​​por 70% das emissões dos veículos comerciais no Japão.

Acredita-se que os sistemas de células de combustível, que são movidos por hidrogênio de alta densidade de energia, sejam eficazes para a eletrificação de caminhões pesados que deverão ter um alcance de aproximadamente 600 km. O objetivo é atender a elevados padrões de desempenho ambiental e praticidade como veículo comercial.

4 – Paris testando Volocopters: taxis elétricos

Volocopter, a startup alemã de aviação especializada em mobilidade aérea urbana, será a primeira empresa a testar seus táxis aéreos elétricos em grande escala perto de Paris – depois de passar quase uma década em desenvolvimento. Organizada em parceria com o Groupe ADP e RATP Groupe, a empresa espera revolucionar o transporte com foco específico em veículos elétricos de decolagem e pouso vertical.

“Estamos extremamente entusiasmados por ser o fabricante de eVTOL preferido no projeto de Mobilidade Aérea Urbana da região de Paris”, disse o CEO da Volocopter, Florian Reuter, em um comunicado à imprensa. “Abriremos nossas primeiras rotas de táxi aéreo comercial nos próximos 2-3 anos e estamos entusiasmados por ter um parceiro de lançamento potencial aqui na Europa. . .O crescimento desta indústria contribuirá para o desenvolvimento de soluções industriais ecológicas e oferecerá à Região de Paris uma combinação única de sistemas de transporte multimodal urbano. ”

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