IMAGINAR NEWSLETTER: ecossistemas de INOVAÇÃO

As pesquisa mais recentes sobre processos de inovação indicam que para sair das soluções incrementais e ir para as transformacionais é necessário desenvolver um novo MINDSET. Nem sempre se consegue fazer esta mudança dentro da premissa de TEMPO disponível. Este é um dos gargalos do processo de inovação!!!

Por esta razão é importante trabalhar com um ecossistema de inovação. Que ajude não só a mudança do  MINDSET organizacional, mas que também aumente a possibilidade de se pensar  em novos modelos de negócios e entrega de VALOR diferente do modelo de negócio existente.

Da mesma maneira que um ecossistema biológico representa as interações entre componentes os diversos organismos vivos dentro e fora do nosso corpo, o ecossistema de inovação depende de diferentes agentes interagindo de forma colaborativa. Os ecossistemas de inovação são estruturas interconectadas de recursos, conhecimento e oportunidades, que reúnem diversos elementos e participantes. O objetivo principal é impulsionar o desenvolvimento de novas ideias e tecnologias, por meio da colaboração.

No artigo publicado pela SIngularity University   são apresentados alguns dos agentes que interagem no ecossistema de inovação:

  1. empresas e startups: as organizações, tanto as estabelecidas quanto as startups, desempenham um papel crucial nessa colaboração. Elas são responsáveis por desenvolver e implementar novas ideias e tecnologias, bem como por buscar parcerias e colaborações com outras organizações;
  2. universidades e instituições de pesquisa: desempenham um papel fundamental na geração de conhecimento e na formação de profissionais qualificados. Elas promovem a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, além de fornecerem recursos e suporte para startups e empreendedores;
  3. investidores: são responsáveis por fornecer o financiamento necessário para o desenvolvimento e a escalabilidade de ideias e projetos inovadores. Eles identificam oportunidades de investimento e fornecem recursos financeiros e estratégicos para impulsionar o crescimento das empresas;
  4. órgãos governamentais: atuam na criação de políticas e programas que incentivam a inovação e o empreendedorismo. Eles podem oferecer subsídios, incentivos fiscais e apoio regulatório para impulsionar o desenvolvimento desses ecossistemas;
  5. incubadoras e aceleradoras: têm o papel de atuar no apoio e no desenvolvimento de startups. Elas oferecem infraestrutura, mentoria, networking e acesso a recursos para ajudar as empresas a crescerem rapidamente e se tornarem mais competitivas;
  6. comunidade local: ela também desempenha um papel importante no ecossistema. Ela pode fornecer suporte, networking e oportunidades de colaboração para empreendedores e startups, criando um ambiente propício para o crescimento e o sucesso.

No estudo realizado pelo Núcleo de Empreendedorismo e Inovação da FDC foram destacados os principais determinantes de sucesso segundo a OCDE.

A cultura tem um papel fundamental no desenvolvimento de um ecossistema.  Como mencionado no estudo da FDC “…mais importante do que entender se há conhecimento acerca do empreendedorismo sendo veiculado no ensino médio e superior, é investigar o
desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora nos indivíduos desde sua formação
básica.” Do ponto de vista qualitativo,  o brasileiro tem medo de fracassar. o que pode ter um impacto direto na aversão ao risco. O que por sua vez, afeta o acesso a financiamento, fator essencial para as startups.

Do estudo da  FDC observa-se que a o mindset empreendedor é um pilar necessário para influenciar o sucesso dos ecossistemas de inovação. Porém, este fator não está desvinculado dos outros fatores apontados na pesquisa da OCDE.  Pois, o empreendedorismo de alto
impacto – requer dinamismo e rapidez nas decisões, características que precisam ser trabalhadas para aproveitar o momento certo da economia no qual o país está inserido, de forma a maximizar suas vantagens competitivas. E, além do fato que as condições de mercado e os aspectos regulatórios têm papel relevante e imprescindível para o florescimento destes modelos de negócios.

Exemplo prático: Por onde começar?

Em primeiro lugar é preciso entender qual é o  VALOR que as empresas envolvidas no ecossistema irão obter nas sua relação com as startups. Pode ser só com a internalização de novas tecnologias aplicadas para aumentar produtividade nas operações (cadeia de suprimentos, parceiros, clientes, dados ou colaboradores internos).

Isto poderá ser feito de 3 maneiras: buscando a startup como parceira/fornecedora;  criar uma joint-venture  e como terceira opção a empresa pode se tornar somente um potencial investidor, acelerando a startup.

Start-up como parceira/fornecedora

Uma das empresas que venho trabalhando em um processo de mudança de MINDSET para inovação nestes últimos 2 anos é o ISQ Brasil. Empresa multinacional portuguesa na área de inspeção e monitoramento de ativos. A aproximação com o ecosistema de startups começou com o programa M-start do Mining Hub. O projeto foi lançado no final do ano passado, patrocinado pela Jaguar Mining que tem minas subterrâneas em Minas Gerais. A 1a fase do M-Start, era a apresentação de uma prova de conceito  de uma nova tecnologia, que só poderia ser feito por uma start-up. O ISQ foi ao mercado e descobriu o ITQ – start-up – que trabalhava com sensores óticos. O desafio do projeto era para  gerar um sistema de anti-coalisão em minas subterrâneas.

Veja o desenho abaixo.

Esta junção entre empresa consolidada e startup é profícua e benéfica para ambas as partes. Enquanto o ISQ detém o conhecimento e experiência do mercado e clientes, o ITQ tem a tecnologia em processo de desenvolvimento. Esta união de valores diferentes e diferenciados em prol de um objetivo comum possibilitou um aprendizado acelerado para resolver um problema real. Nesta fase atual do projeto, começam a surgir possibilidades de escalar a tecnologia do ITQ em aplicações para outros clientes. Talvez com uma possibilidade de uma Joint Venture.

Criar uma joint-venture

Quando se fala em Joint Venture que é outra possibilidade de explorar o ecosistema, pode-se citar o exemplo da Fintec chamada Welab sediada em Hong Kong. A startup oferece serviços financeiros por aplicativos. Com cinco anos de vida, a Welab tinha crescido principalmente na China e já estava com mais de 10 milhões de usuários, quando fez uma Joint Venture com a Astra Internacional, um conglomerado automotivo da Indonésia. Neste exemplo, de novo, a união das 2 empresa, faz com que a experiência e conhecimento de mercado de uma empresa estabelecida adquira agilidade em usar a tecnologia que não está dentro de casa para resolver os problemas dos seus clientes. A Joint Venture foi assinada em final de 2018 e em 2 anos ela já contribuiu com mais de 1,5 milhões de novos usuários.

Acelerando a start-up

A terceira opção é investir no desenvolvimento de start-ups, criando pequenas aceleradoras ou investindo nas fases de desenvolvimento de start-ups que tenham potencial. A Astra – o conglomerado automotivo da Indonésia , por exemplo, também usa a estratégia de acelerar pequenas start-ups. Este é o caso da  Gojek  que juntamente com a Astra criaram a GoFleet, que é um marketplace de aluguel automotivo online. A Gojek entrou com a plataforma de clientes e serviços enquanto a Astra tem os ativos como carros, caminhões, manutenção e seguro. Para a Astra, é uma oportunidade de participar do crescimento de um novo mercado para o qual levaria algum tempo para desenvolver as capacidade necessárias internamente.

Em termos de INOVAÇÃO, pode-se dizer que buscar a inovação dentro do negócio atual – dentro do core business da empresa – pode levar a empresa a focar somente no negócio atual. Super válido!!! Mas pode também indicar que a empresa pode estar perdendo oportunidades em explorar novos mercados que no futuro significa LONGEVIDADE DO NEGÓCIO.Neste caso,   as startups serão simplesmente fornecedores de tecnologias para automatizar processos, entender os clientes e crescer no entendimento dos dados. OU SEJA, é buscar produtividade com redução de custo ou aumento da receita atual.

Quando se usa as Joint ventures, os projetos tendem a estar mais perto do consumidor final, com plataformas que já tenham inteligência de dados para rapidamente se conhecer e acompanhar as mudanças de hábitos dos consumidores finais ou dos clientes.  Ampliando o olhar para o FUTURO. Quando se pensa em investimento no ecossistema de startups a visão já tem um horizonte de médio prazo – 3 a 5 anos – mas significa estar perto de avanços tecnológicos que se estivessem somente dentro da empresa , não teriam a velocidade necessária para se desenvolver.

A IMAGINAR SOLUTIONS, já trabalha com empresas há mais de 25 anos atuando nas 3 estratégias para acelerar o processo de inovação ao mesmo tempo que envolve as start-ups como parceiros essenciais para gerar mudanças de MINDSET e de resultados.

O esquema abaixo resume o processo de INOVAÇÃO AGIL de 90 dias criado pela IMAGINAR SOLUTIONS.

Em aproximadamente 90 dias, todos os times envolvidos no processo, além de serem capacitados  sano os responsáveis pela investigação e escolha de parcerias no ecossistemas de startups. A mudança de MINDSET que prevalece neste espaço de tempo é profunda, e o processo internamente é escalável. Pois, assim que os primeiros projetos são entregues em 90 dias, e passam para a implementação, uma segunda leva de mentores é formada para gerar novos projetos “hands on”.

QUER SABER MAIS???? ….sobre o processo de INOVAÇÃO ÁGIL de 90 dias???É só entrar em contato com IMAGINAR SOLUTIONS pelo email Solange@imaginarsolutions.com.br

Até breve!!