IMAGINAR NEWSLETTER: exercício ajuda a INOVAR?

Os avanços da tecnologia começam a consolidar conhecimentos que já são lugar comum no cotidiano das pessoas que são fissurados com o esporte. Exercitar faz MUITO BEM! Se o exercício fosse uma droga, diríamos que seus benefícios eram bons demais para ser verdade. Não apenas nos mantém saudáveis ​​e nos ajuda a viver mais, como também nos torna mais inteligentes e felizes. O treino pode melhorar a memória, a cognição, o tempo de reação, melhorar a atenção e aliviar a depressão. Pode até evitar doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer e Parkinson.

Na última década, os cientistas começaram a descobrir que o exercício aumenta os níveis de hormônios e neurotransmissores que ajudam a aumentar as sinapses cerebrais  e a produzir neurogêneses (formação de novos neurônios) na área subcortical do cérebro conhecida como hipocampo –  parte do cérebro que codifica e recupera memórias.

Segundo o pesquisador Fernando Gomez-Pinilla, professor do Departamento de Biologia Integrativa e Fisiologia da UCLA, toda vez que você se exercita, seus músculos, células adiposas e fígado liberam moléculas na corrente sanguínea que circulam pelo corpo e viajam até o cérebro. Dentro do cérebro estas moléculas desencadeiam uma cascata de mudanças benéficas. A mais importante é a  liberação do hormônio do crescimento chamado fator neurotrófico derivado do cérebro, ou BDNF.

O BDNF é um membro da família de proteína homólogas conhecidas como neurotrofinas, e tem um papel central no desenvolvimento, fisiologia e patologia do sistema nervoso; como também em processos relacionados à plasticidade cerebral como a memória e o aprendizado” (Yamada et al., 2002).O BDNF ajuda o cérebro a construir novas conexões, ou sinapses, entre neurônios – um processo chamado plasticidade sináptica que, acredita-se, é a base do aprendizado. As células se comunicam através dessas conexões, tanto dentro como através das áreas do cérebro. Por exemplo, neurônios no hipocampo criam sinapses com células no córtex pré-frontal, outra região que se beneficia significativamente do exercício. É no córtex pré-frontal que muitas das nossas funções executivas – tomada de decisão, planejamento, criatividade, inovação se originam.
O efeito mais notável do BDNF induzido pelo exercício desencadeia o crescimento de novas células cerebrais no hipocampo, um processo chamado neurogênese. Este processo aumenta a função das células-tronco no cérebro, preenchendo o hipocampo com novas células saudáveis ​​que aumentam o poder do cérebro. Isto quer dizer mais INOVAÇÃO!!!!

Fazer exercício eleva neurotransmissores como serotonina, dopamina e opióides endógenos (conhecidos como endorfinas), que são críticos para regular o humor, a motivação e ativar o sistema de recompensa no nosso cérebro.
Qual o melhor tipo de exercício é melhor para o seu cérebro? As pesquisas realizadas têm sido realizadas utilizando a prática de exercícios aeróbicos moderados como corrida, mas evidências recentes sugerem que o levantamento de peso e o treinamento intervalado de alta intensidade também são bons para você. Julia Basso, pesquisadora associada do Departamento de Nutrição Humana, Alimentos e Exercícios da Virginia Tech, sugere que exercícios de maior intensidade proporcionam benefícios cognitivos mais intensos. Porém, o aumento de humor ocorre independentemente da intensidade da atividade. “Quanto mais você aumenta sua frequência cardíaca, mais benefícios cognitivos de longo prazo você terá”.


Dica: times de inovação deveriam incorporar a prática do esporte nas suas rotinas diárias. O esporte produz o BDNF que gera uma série de hormônios benéficos que neutralizam o cortisol no sangue.   Este procedimento aumenta cognição. Como mensurar se de fato o time está preparado para inovar? A neurociência indica dois caminhos:  mensurar a coerência cardíaca do time para se medir o nível de estresse ou fazer um teste de saliva para determinar o nível de cortisol antes de se iniciar um processo de geração de idéias. O Instituo HeartMath desenvolveu sensores que permitem que a coerência cardíaca  seja facilmente aplicada no ambiente corporativo. Os sensores colocados no lóbulo da orelha ou no dedo medem  a variabilidade cardíaca. A variabilidade cardíaca cientificamente representa se o sistema nervoso autônomo (SNA) esta em estado de equilíbrio (coerência) ou em desequilíbrio (incoerência). No caso da incoerência, exercícios respiratórios podem ser usados nas reuniões de design thinking para aumentar a capacidade cognitiva da equipe. Com o SNA equilibrado, o acesso a área pré-frontal é facilitada para se gerar novas conexões e gerar INOVAÇÃO.